Fiquei muito feliz ao receber um telefonema do grande Tó Vilela, um ícone da cultura, principalmente da música em João Monlevade. Seu telefonema se devia a duas questões, dois temas que tem preocupado a mente do grande professor e músico. Ele me falou: Martino, eu estive com a Jacqueline, da República Literária e ela me falou que talvez você pudesse propor essa reflexões no grupo PENSANDO MONLEVADE. Eu falei pra ele, meu caro Tó, vou publicar onde puder, afinal, são mesmo temas de vital importância. Vamos aos temas.

TESTES VOCACIONAIS NA ESCOLAS

Como educador, Tó Vilela está muito sensibilizado com a falta de perspectivas de nossa juventude. Ele tem percebido uma desesperança muito grande, falta de perspectivas, falta de apetite pelo sonho de ser alguma coisa no futuro. Ele sugere que seja inserido na grade curricular algum tipo de abordagem vocacional, para ajudar nossos jovens a encontrarem seus dons e desenvolverem suas habilidades, sem a qual, corremos o risco de perdermos nossos talentos. Eu não sei como a secretaria de educação trata dessa questão, se existe esse tipo de preocupação. De qualquer maneira, acho que vale à pena pensar nessa reflexão do Tó.

PRECISAMOS MELHORAR NOSSAS ESCOLHAS POLÍTICAS

Segundo o amigo Tó, precisamos qualificar melhor os nossos votos e escolher pessoas que tenham realmente algo mais a oferecer. As pessoas tem votado nos mais populares e nos que oferecem pequenas vantagens pessoais e não nos mais competentes. Enquanto o Brasil tiver esse tipo de atitude, teremos ineficiência tanto no legislativo como no executivo. Esse papel de convencer as pessoas a votar nos mais esclarecidos e capazes, tem de partir de todos nós, numa campanha ininterrupta. Não é um trabalho rápido, pode demorar, mas precisa ser feito.

OUTRAS CONVERSAS

Ainda conversamos um pouco sobre a atual fase da música, que valoriza mais a imagem do que a própria música e a capacidade das pessoas em piorar o que já é ruim. Quando a gente pensa que chegamos no fundo do poço, arrumam um jeito de descer mais um pouco. Outro dilema em nossa conversa foi essa: como convencer as pessoas a consumir música de qualidade? Por que as pessoas optam por uma qualidade tão ruim?

NA FOTO

Na foto, Tó com outro amigo que gosto demais, o memorialista Francisco Barcelona.