Bom Dia - O Diário do Médio Piracicaba

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03/11/2014 09h17

Dano causado por aquecimento global pode ser

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<p> O Painel Intergovernamental sobre Mudan&ccedil;as Clim&aacute;ticas da ONU (IPCC, na sigla em ingl&ecirc;s) divulgou neste domingo em Copenhague, na Dinamarca, o mais recente relat&oacute;rio sobre mudan&ccedil;a clim&aacute;tica e alertou que os danos causados por estas mudan&ccedil;as poder&atilde;o ser irrevers&iacute;veis, mas ainda h&aacute; formas de evit&aacute;-los.</p> <p> O relat&oacute;rio foi publicado depois de uma semana de debates intensos entre cientistas e autoridades de governos de todo o mundo.</p> <p> &quot;A influ&ecirc;ncia humana no sistema clim&aacute;tico &eacute; clara, quanto mais perturbamos nosso clima, mais riscos temos de impactos graves, amplos e irrevers&iacute;veis&quot;, disse o diretor do IPCC, Rajendra Pachauri.</p> <p> E, de acordo com Pachauri, o mundo todo ser&aacute; afetado por estes danos.</p> <p> &quot;Quero destacar o fato de que a mudan&ccedil;a clim&aacute;tica n&atilde;o deixar&aacute; nenhuma parte do mundo intocada pelos impactos que estamos vendo diante de nossos olhos e que, obviamente, ter&atilde;o uma relev&acirc;ncia crescente no futuro.&quot;</p> <p> O diretor do IPCC afirmou que &quot;agora a comunidade cient&iacute;fica se pronunciou&quot; e est&aacute; &quot;passando o bast&atilde;o para os pol&iacute;ticos, para a comunidade que toma as decis&otilde;es&quot;. No entanto, Pachauri afirmou que ainda h&aacute; esperan&ccedil;a, pois &quot;felizmente n&oacute;s temos os meios para limitar a mudan&ccedil;a clim&aacute;tica e construir um futuro mais pr&oacute;spero e sustent&aacute;vel&quot;.</p> <p> Segundo o documento, o uso sem restri&ccedil;&otilde;es de combust&iacute;veis f&oacute;sseis (carv&atilde;o, petr&oacute;leo, g&aacute;s), deve ser suspenso at&eacute; o ano de 2100 se o mundo quiser evitar uma mudan&ccedil;a clim&aacute;tica perigosa.</p> <p> O relat&oacute;rio tamb&eacute;m sugere que o uso dos combust&iacute;veis renov&aacute;veis dever&aacute; subir da atual fatia de 30% para 80% do setor de energia at&eacute; 2050.</p> <p> O secret&aacute;rio-geral da ONU, Ban Ki-moon, tamb&eacute;m comentou os pontos principais do relat&oacute;rio.</p> <p> &quot;Primeiro: a influ&ecirc;ncia humana no sistema clim&aacute;tico &eacute; clara e crescente. Segundo: temos que agir rapidamente e de forma decisiva se quisermos evitar resultados cada vez mais perturbadores. Terceiro: temos os meios para limitar a mudan&ccedil;a clim&aacute;tica e construir um futuro melhor.&quot;</p> <p> &quot;H&aacute; um mito de que a a&ccedil;&atilde;o para o clima custa muito, mas a falta de a&ccedil;&atilde;o vai custar muito mais&quot;, disse Ban Ki-moon.</p> <p> &quot;O relat&oacute;rio mostra que o mundo est&aacute; muito mal preparado para os riscos das mudan&ccedil;as no clima, especialmente os pobres e mais vulner&aacute;veis, que contribu&iacute;ram menos para este problema&quot;, acrescentou.</p> <p> <strong>&#39;Novo modelo&#39;</strong></p> <p> Rajendra Pachauri afirmou que este &uacute;ltimo relat&oacute;rio &eacute; a mais forte e detalhada declara&ccedil;&atilde;o a respeito da escala do problema da mudan&ccedil;a clim&aacute;tica e das solu&ccedil;&otilde;es para isto.</p> <p> &quot;Este relat&oacute;rio realmente estabelece um novo modelo em avalia&ccedil;&atilde;o cient&iacute;fica. Por um lado, o relat&oacute;rio traz todos os elementos do quebra-cabe&ccedil;a que constitui os v&aacute;rios aspectos da mudan&ccedil;a clim&aacute;tica, desde a base cient&iacute;fica subjacente dos impactos, adapta&ccedil;&atilde;o e vulnerabilidade e os tipos de op&ccedil;&otilde;es de abrandamento que temos dispon&iacute;veis.&quot;</p> <p> Pachauri destacou o fato de o relat&oacute;rio ter envolvido mais de 800 autores diretamente e milhares de outros revisores que analisaram cerca de 30 mil publica&ccedil;&otilde;es para a elabora&ccedil;&atilde;o do documento.</p> <p> &quot;N&atilde;o podemos queimar todos os combust&iacute;veis f&oacute;sseis que temos sem lidar com o res&iacute;duo resultante, que &eacute; o CO2, e sem despejar isto na atmosfera. Se n&atilde;o conseguirmos desenvolver (um sistema de) captura de carbono, teremos que parar de usar combust&iacute;veis f&oacute;sseis se quisermos parar a perigosa mudan&ccedil;a clim&aacute;tica&quot;, disse Myles Allen, professor da Universidade de Oxford, na Gr&atilde;-Bretanha, e um dos membros do IPCC que participou da elabora&ccedil;&atilde;o do documento.</p> <p> Para David Shukman, editor de ci&ecirc;ncia da BBC, este relat&oacute;rio &quot;mostra as op&ccedil;&otilde;es de uma forma mais direta do que nunca&quot;.</p> <p> &quot;O IPCC tentou tornar (o relat&oacute;rio) mais aceit&aacute;vel afirmando que os combust&iacute;veis f&oacute;sseis podem continuar sendo usados se as emiss&otilde;es de carbono forem capturadas e guardadas. Mas, at&eacute; agora o mundo apenas tem uma usina operante comercialmente deste tipo, no Canad&aacute;, e o progresso no desenvolvimento da tecnologia &eacute; muito mais lento do que muitos esperavam&quot;, disse.</p> <p> Shukman afirma que a conclus&atilde;o do relat&oacute;rio, de que n&atilde;o podemos continuar queimando estes combust&iacute;veis como sempre fizemos e que a queima destes combust&iacute;veis deve ser suspensa at&eacute; o fim do s&eacute;culo, apresenta aos governos do mundo uma escolha dif&iacute;cil.</p> <p> O secret&aacute;rio de Estado americano, John Kerry, descreveu o documento do IPCC como &quot;mais um can&aacute;rio na mina de carv&atilde;o&quot;.</p> <p> &quot;Aqueles que escolhem ignorar ou questionar o que a ci&ecirc;ncia mostrou t&atilde;o claramente neste relat&oacute;rio, o fazem colocando em grande risco todos n&oacute;s, nossos filhos e netos&quot;, afirmou Kerry em uma declara&ccedil;&atilde;o.</p> <p> Ativistas aprovaram a linguagem clara do documento.</p> <p> &quot;O que eles disseram &eacute; que temos que chegar &agrave; emiss&atilde;o zero e isto &eacute; novo&quot;, disse Samantha Smith, do organiza&ccedil;&atilde;o World Wildlife Fund.</p> <p> &quot;A segunda coisa (destacada pelo relat&oacute;rio) &eacute; que (a solu&ccedil;&atilde;o) &eacute; acess&iacute;vel, n&atilde;o vai incapacitar as economias&quot;, acrescentou.</p>

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