19/02/2019 08h49
S?o Gon?alo corre risco com barragem e plano de emerg?ncia n?o foi totalmente implantado
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Apesar do risco eminente que os são gonçalenses correm diante a situação da barragem Laranjeiras, da mineradora Vale, que se encontra entre os barramentos no estado classificadas com “severo risco de rompimento”, a empresa não concluiu o Plano de Ação de Emergência de Barragens de Mineração – o PAEBM.</p>
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Segundo a assessoria de comunicação da prefeitura, o PAEBM em São Gonçalo já estaria pronto: “no entanto não foram realizados os simulados”.</p>
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O Bom Dia questionou ainda sobre a instalação da sinalização que contempla as rotas de fuga, pontos de encontros e locais de segurança, mas até o fechamento dessa edição não havia obtido resposta.</p>
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<strong>A barragem de Laranjeiras</strong></p>
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A barragem Laranjeiras que tem 5,8 milhões de metros cúbicos de rejeito, está localizada em Barão de Cocais mas recebe rejeitos da Mina de Brucutu que fica em São Gonçalo do Rio Abaixo e caso ocorra um rompimento a onda de lama desceria em direção ao rio Una e chegaria ao rio Santa Bárbara, atingindo a cidade.</p>
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Um documento da própria empresa que informa sobre a situação dos reservatórios, obtido pelo Ministério Público de Minas Gerais, relata que o barramento em questão apresentava uma “erosão interna na ombreira esquerda da estrutura”.</p>
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Diante do risco a justiça suspendeu as atividades na Mina de Brucutu, conforme informou em edição anterior o Bom Dia.</p>
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Após a ação da justiça a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) cancelou a autorização de funcionamento da barragem de Laranjeiras.</p>
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O MPMG exige que a Vale coloque o plano de ações emergenciais que contemple o cenário mais crítico e que as populações próximas da zona de auto salvamento sejam avisadas caso haja risco eminente.</p>
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<strong>Produção</strong></p>
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Com a ação da justiça, Brucutu deixa de produzir cerca de 30 milhões de toneladas de minério de ferro por ano.</p>
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<strong>Região atingida</strong></p>
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Apesar da distância do empreendimento, caso a barragem Laranjeiras rompesse, a lama atingiria aproximadamente 183 Km abaixo da estrutura.</p>
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A primeira cidade a sofrer o impacto mais pesado seria São Gonçalo do Rio Abaixo e em sequência João Monlevade, Bela Vista de Minas, Nova Era, Antônio Dias, Timóteo, Coronel Fabriciano e Ipatinga e mais uma vez o Rio Doce seria atingido.</p>
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<strong>Displicência </strong></p>
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Segundo o Ministério Público de Minas Gerais a Vale tem sido displicente, não garantindo a segurança de seus empreendimentos, o que coloca em risco a vida humana e o meio ambiente.</p>
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Segundo o órgão, todas essas barragens em risco iminente estão “próximas a núcleos urbanos, havendo pessoas residentes ou transitando na zona de autos salvamento – o que corresponde a uma distância e ou a um tempo de chegada da onda de lama igual a 30 minutos ou 10 quilômetros”.</p>