04/02/2019 18h57
Justi?a manda parar Brucutu
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Justiça exige que a mineradora Vale pare de lançar rejeitos em oito barragens e deixe de praticar qualquer atividade que aumente os riscos das estruturas. A ordem inclui a desativação da barragem Laranjeiras, da Mina de Brucutu, em São Gonçalo do Rio Abaixo, na Região Central de Minas, considerada um dos maiores complexos minerários do mundo.</p>
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A decisão é da 22ª Vara Cível da Comarca de Belo Horizonte e atende pedido do Ministério Público do Estado de Minas Gerais (MPMG). Como o processo corre em segredo de Justiça, o Ministério Público nem o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) deram detalhes sobre o caso. A Vale informou que vai recorrer do pedido.</p>
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<strong>Confira as barragens proibidas de receber rejeitos pela Justiça</strong></p>
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<strong>Aterro Compactado</strong></p>
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Laranjeiras – Mina do Brucutu, São Gonçalo do Rio Abaixo</p>
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Capitão do Mato – Nova Lima</p>
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Dique B – Complexo Vargem Grande, Nova Lima</p>
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Taquaras – Mina Mar Azul Velhas, Nova Lima</p>
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Menezes II – Mina Córrego do Feijão, Brumadinho</p>
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<strong>A montante</strong></p>
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Forquilha I – Mina do Fábrica, Complexo Itabiritos, Itabira</p>
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Forquilha II – Mina do Fábrica, Complexo Itabiritos, Itabira</p>
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Forquilha II – Mina do Fábrica, Complexo Itabiritos, Itabira</p>
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Somente o impacto estimado da paralisação temporária da barragem de Laranjeiras, na mina de Brucutu, é de aproximadamente 30 milhões de toneladas de minério de ferro por ano. Isso representa 7,5% da produção total estimada pela Vale para este ano, que é de cerca de 400 milhões de toneladas.</p>
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Segundo a mineradora, três das barragens – Forquilha I, Forquilha II e Forquilha III –, todas na Mina do Fábrica, em Itabira, na Região Central, estavam inoperantes. As três usam o método chamado alteamento a montante, o mais inseguro e o mesmo adotado na barragem I da Mina Córrego do Feijão, que rompeu em Brumadinho, na Grande BH. Até agora, são 134 mortes confirmadas e 199 pessoas desaparecidas.</p>
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Mas a Justiça também pediu que a empresa se abstenha de usar outras cinco barragens, uma em São Gonçalo do Rio Abaixo, três em Nova Lima, na Grande BH, e uma também na Mina Córrego do Feijão, em Brumadinho. Elas usam outro método, chamado de aterro compactado. “As estruturas convencionais têm propósito exclusivo de contenção de sedimentos e não de disposição de rejeitos, à exceção da barragem de Laranjeiras”, explicou a Vale.</p>
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“Todas as barragens estão devidamente licenciadas e possuem seus respectivos atestados de estabilidade vigentes. A Vale entende, assim, que não existe fundamento técnico ou avaliação de risco que justifique uma decisão para suspender a operação de qualquer dessas barragens”, informou, em nota, a empresa.</p>
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<strong>Falta dos PAEBM´s</strong></p>
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Especulações dão conta que o fato dos Planos de Ação de Emergência para Barragens de Mineração – PAEBM´s não terem sido implantados até o momento nas localidades que vivem abaixo das estruturas de barragens da empresa, somados à informação falsa da empresa que chegou a alegar que esses planos estariam implantados, levou a justiça a pedir a paralização das operações da Vale: “Eles informam uma coisa e na prática é totalmente diferente, muito grave isso, como no caso dos PAEBM´s; na maioria das cidades e ou localidades esses planos não foram concluídos”, comentou uma fonte que pediu sigilo.</p>
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<strong>Jornal vem denunciando descaso</strong></p>
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O jornal Tribuna do Piracicaba – A Voz do Rio, que cobre a Bacia Hidrográfica do Piracicaba vem desde julho de 2017 denunciando a falta de empenho e agilidade na implantação dos planos de ação de emergência.</p>
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Em pelo menos 4 edições entre 2017 e 2018 o periódico trouxe em suas capas destaques sobre o tema.</p>
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Segundo as matérias, disponíveis na página do jornal no facebook, a empresa “vinha empurrando com a barriga a implantação do plano”, vital para a segurança das populações que ficam a mercê da própria sorte.</p>
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<em>Com informaçoes EM</em></p>