20/03/2018 20h04
Especial ?gua: 7 rios monitorados em Minas est?o no limite dos padr?es
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Na semana em que o Brasil sedia o Fórum Mundial da Água, a Fundação SOS Mata Atlântica apresenta o estudo “Observando os Rios 2018 – O retrato da qualidade da água nas bacias da Mata Atlântica“, com um panorama sobre a qualidade da água de 7 rios, córregos e lagos do bioma no estado de Minas Gerais. 62,5% (5) dos 8 pontos de coleta avaliados possuem qualidade de água regular, enquanto 37,5% (3) estão em situação ruim – ou seja, estão longe do que a sociedade quer para os rios.</p>
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O levantamento foi realizado em 4 municípios (Belo Horizonte, Jequitibá, Rio Acima e Sete Lagoas), entre março de 2017 e fevereiro de 2018. Os dados foram obtidos por meio de coletas e análises mensais de água realizadas por 7 grupos de voluntários do programa “Observando os Rios”, com supervisão técnica da Fundação SOS Mata Atlântica. O projeto tem patrocínio da Ypê e Coca-Cola Brasil e o estudo completo, com a lista dos rios avaliados, está disponível em: https://www.sosma.org.br/quem-somos/publicacoes.</p>
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<strong>Comparativo 2017-2018</strong></p>
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Os indicadores de qualidade da água medidos apontam comprometimento da qualidade de água neste ciclo. “Apenas um ponto monitorado, localizado no rio das Velhas, no município de</p>
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Jequitibá, apresentou indicadores positivos que, na média dos dados avaliados, permitiram que a água saísse da condição ruim para regular“, afirma Tiago Félix, educador ambiental da Fundação SOS Mata Atlântica.</p>
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<strong>Cenário nacional</strong></p>
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Neste ciclo, foram avaliados 230 rios, córregos e lagos de bacias hidrográficas do bioma. Apenas 4,1% (12) dos 294 pontos de coleta avaliados possuem qualidade de água boa, enquanto 75,5% (222) estão em situação regular e 20,4% (60) com qualidade ruim ou péssima. O levantamento foi realizado em 102 municípios dos 17 estados da Mata Atlântica, além do Distrito Federal, entre março de 2017 e fevereiro de 2018.</p>
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Para Marcia Hirota, diretora executiva da Fundação SOS Mata Atlântica, esse levantamento é uma contribuição da sociedade, representada pelos voluntários do projeto engajados pela melhora dos rios de onde vivem e ao aprimoramento de políticas públicas que impactam na gestão da água limpa para todos. “Ao reconhecer os rios como espelhos da qualidade ambiental das cidades, regiões hidrográficas e países, conseguimos identificar rapidamente os valores da sua comunidade, a condição de saúde na bacia e de desenvolvimento“, completa.</p>
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“Para que os indicadores reunidos nesse estudo possam se traduzir em metas progressivas de qualidade da água nos milhares de rios e mananciais das nossas bacias hidrográficas, é fundamental que a Política Nacional de Recursos Hídricos seja implementada em todo território nacional, de forma descentralizada e participativa, e que a norma que trata do enquadramento dos corpos d’água seja aprimorada, excluindo os rios de classe 4 da legislação brasileira“, conclui Malu Ribeiro, coordenadora do estudo e especialista em Água da Fundação SOS Mata Atlântica. A classe 4 na prática permite a existência de rios mortos por ser extremamente permissiva em relação a poluentes e mantém muitos em condição de qualidade péssima ou ruim, indisponíveis para usos.</p>
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A mais recente edição do estudo “Observando os Rios“ será um dos destaques da participação da SOS Mata Atlântica no Fórum Mundial da Água. Veja a programação completa da organização no evento em: http://bit.ly/2GDeP6N.</p>
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Waldir Beira Júnior, Presidente Executivo da Ypê, celebra a parceria com a Fundação SOS Mata Atlântica na realização do Projeto Observando os Rios, que completa três anos. "A parceria permite ecoar o cuidado e o respeito de nossa empresa ao meio ambiente a cada um dos 230 rios monitorados pelos engajados voluntários. A Ypê oferece a seus consumidores produtos de alta qualidade e que possuem, ao mesmo tempo, uma ótima relação custo x benefício, além de uma pegada sustentável, gerando transformação positiva enquanto cuida. Em todos os seus processos a Ypê se preocupa e trabalha com inúmeras iniciativas que visam a evitar a geração de efluentes e desperdícios”, afirma ele.</p>
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<strong>Sobre o Observando os Rios</strong></p>
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O programa surgiu em 1991, com uma campanha que reuniu 1,2 milhão de assinaturas em prol da recuperação do Rio Tietê e originou o primeiro projeto de monitoramento da qualidade da água por voluntários, o “Observando o Tietê”. Para agregar outras bacias hidrográficas, a iniciativa foi ampliada e passou a se chamar “Observando os Rios”. Nessa fase, com o patrocínio da Ypê e Coca-Cola Brasil, o projeto conta com 3,5 mil voluntários que monitoram 230 rios nos 17 estados da Mata Atlântica 17 estados do bioma Mata Atlântica – Alagoas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Sergipe e São Paulo –, e Distrito Federal.</p>
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<strong>Sobre a Fundação SOS Mata Atlântica</strong></p>
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A Fundação SOS Mata Atlântica é uma ONG ambiental brasileira. Atua na promoção de políticas públicas para a conservação da Mata Atlântica por meio do monitoramento do bioma, produção de estudos, projetos demonstrativos, diálogo com setores públicos e privados, aprimoramento da legislação ambiental, comunicação e engajamento da sociedade em prol da recuperação da floresta, da valorização dos parques e reservas, de água limpa e da proteção do mar. Os projetos e campanhas da ONG dependem da ajuda de pessoas e empresas para continuar a existir. Saiba como você pode ajudar em www.sosma.org.br.</p>