21/07/2017 07h25
Os Sinos Anunciam - Os patos pagam mais impostos
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Com a arrecadação baixa, refletindo a crise na economia, o governo confirmou o aumento de tributos para arrecadar R$ 10,4 bilhões e cumprir a meta de déficit primário de R$ 139 bilhões. O PIS e a Cofins sobre a gasolina, o diesel e o etanol praticamente dobrarão. A medida entrará em vigor imediatamente. O litro da gasolina para o consumidor deve subir R$ 0,41, e o do diesel, R$ 0,21.</p>
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O governo também contingenciará mais R$ 5,9 bilhões de despesas não obrigatórias do Orçamento. Os novos cortes serão detalhados nesta sexta. O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, reco-nheceu que “isso ocorreu pela queda da arrecadação e em função da recessão”.</p>
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O presidente da Fiesp, Paulo Skaf, que liderou o movimento “Chega de pagar o pato”, contra o aumento de impostos, mas também contra a presidente Dilma Rousseff, não conseguiu esconder que os empresários estão fazendo o papel de pato. (Muito sem alarde, como fez no processo do golpe, inclusive bancando alimentação para manifestantes - os das panelas).</p>
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Em nota com o título “O que é isso, ministro? Mais imposto?”, Skaf diz que o aumento não vai resolver a crise, pelo contrário, irá agravá-la. “Aumento de imposto recai sobre a sociedade, que já está sufocada, com 14 milhões de desempregados, falta de crédito e sem condições gerais de consumo”, destacou.</p>
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Já a Firjan afirmou que, no Rio de Janeiro, será atingido um novo recorde de fechamento de empresas em 2017. O aumento de tributos pode resultar em queda “e não em aumento da arrecadação, simplesmente porque o próprio fisco está expulsando os contribuintes da base de arrecadação tributária”.</p>
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A CNI endossa as críticas: “A elevação dos tributos drena recursos do setor privado para o setor público. Provoca o aumento dos custos das empresas e reduz o poder de compra das famílias, o que prejudica o crescimento da economia”, comentou.</p>