Bom Dia - O Diário do Médio Piracicaba

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17/06/2014 15h00

Prefeitos de cidades mineradoras amea?am manifestar-se por c?digo de minera??o

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<p> Os prefeitos de cidades mineradoras de Minas Gerais amea&ccedil;am a presidente Dilma Rousseff com uma medida radical: um piquete de duas a tr&ecirc;s horas em estradas e ferrovias, caso o projeto que atualiza o c&oacute;digo de minera&ccedil;&atilde;o continue parado no Congresso. O governo Dilma anunciou o projeto exatamente h&aacute; um ano, mas o texto est&aacute; abandonado e, a rigor, o setor continua regulado pelo c&oacute;digo em vigor desde 1967.</p> <p> &quot;J&aacute; tivemos reuni&otilde;es com a Vale e com deputados mineiros envolvidos no assunto, e est&atilde;o todos a par. O governo abandonou o projeto de sua autoria, e os Estados que contam com a minera&ccedil;&atilde;o forte est&atilde;o sofrendo com as regras antigas&quot;, disse ao jornal O Estado de S. Paulo o consultor de assuntos institucionais da Associa&ccedil;&atilde;o dos Munic&iacute;pios Mineradores de Minas Gerais (Amig), Waldir Salvador. Segundo a Amig, o novo c&oacute;digo, se aprovado, deve ampliar em R$ 1,2 bilh&atilde;o anuais a arrecada&ccedil;&atilde;o do Estado e dos munic&iacute;pios mineiros.</p> <p> A manifesta&ccedil;&atilde;o, ou piquete, foi combinada entre os mais de 40 prefeitos associados da Amig, e est&aacute; marcada para o in&iacute;cio de agosto. Ser&atilde;o dois trechos fundamentais para o escoamento de gr&atilde;os a serem parados por tr&ecirc;s horas: os terminais Drummond, em Itabira (MG), e Costa Lacerda, em Santa B&aacute;rbara (MG). Eles aguardam uma manifesta&ccedil;&atilde;o pol&iacute;tica do Pal&aacute;cio do Planalto, que aponte para a aprova&ccedil;&atilde;o do c&oacute;digo, ainda que n&atilde;o de forma integral, porque tanto empresas como prefeitos questionam pontos do texto original.</p> <p> <strong>Atualiza&ccedil;&atilde;o</strong></p> <p> A &quot;moderniza&ccedil;&atilde;o&quot; das regras de minera&ccedil;&atilde;o no Brasil, como chamou Dilma no ano passado, envolvia tr&ecirc;s pontos principais. O primeiro era a eleva&ccedil;&atilde;o da tributa&ccedil;&atilde;o sobre as empresas - o governo quer elevar as al&iacute;quotas da Contribui&ccedil;&atilde;o Financeira sobre Explora&ccedil;&atilde;o Mineral (CFEM). O segundo ponto &eacute; a transforma&ccedil;&atilde;o do Departamento Nacional de Pesquisa Mineral (DNPM) em &oacute;rg&atilde;o regulador, a Ag&ecirc;ncia Nacional de Regula&ccedil;&atilde;o Mineral (ANRM). E o terceiro ponto era a licita&ccedil;&atilde;o de blocos de minas e jazidas, que seriam concedidas pelo governo por 40 anos, com contrato unificado de pesquisa e lavra (explora&ccedil;&atilde;o).</p> <p> &quot;Fizemos discuss&otilde;es com todas as empresas, os sindicatos, os prefeitos de munic&iacute;pios mineradores e tamb&eacute;m especialistas. O novo c&oacute;digo precisava de altera&ccedil;&otilde;es e uma delas era que as al&iacute;quotas da CFEM deveriam ser previstas em lei, e n&atilde;o definidas por decreto. Isso ningu&eacute;m aceita, e o governo n&atilde;o abriu m&atilde;o&quot;, disse o deputado Leonardo Quint&atilde;o (PMDB-MG), relator do projeto.</p> <p> Na cerim&ocirc;nia no Planalto, o ministro de Minas e Energia, Edison Lob&atilde;o, afirmou que a CFEM que incide sobre o min&eacute;rio de ferro passaria de 2% sobre o faturamento l&iacute;quido para 4% sobre o faturamento bruto. Mas n&atilde;o deu mais pistas: o imposto seria definido por decreto. De imediato, o setor reclamou e a discuss&atilde;o travou.</p> <p> <strong>Impasse</strong></p> <p> &quot;Est&aacute;vamos prontos para votar o texto, com mudan&ccedil;as, em dezembro do ano passado. Agora n&atilde;o h&aacute; clima&quot;, disse o deputado Colbert Martins (PMDB-PA), que apontou como outro impasse a transforma&ccedil;&atilde;o do DNPM em ag&ecirc;ncia reguladora. O governo apenas alterava a estrutura, mas mantinha o or&ccedil;amento igual, de R$ 70 milh&otilde;es anuais.</p> <p> Procurados, o DNPM e a Vale informaram que n&atilde;o comentariam o assunto. O Instituto Brasileiro de Minera&ccedil;&atilde;o (Ibram) e o Minist&eacute;rio de Minas e Energia n&atilde;o responderam at&eacute; o fechamento desta edi&ccedil;&atilde;o. As informa&ccedil;&otilde;es s&atilde;o do jornal O Estado de S. Paulo.</p>

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