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26/02/2014 07h58

Serra da Gandarela: Projeto Apolo ? barrado em Rio Acima

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<p> O primeiro semestre de 2014 j&aacute; esteve na agenda da Vale como a data de in&iacute;cio de produ&ccedil;&atilde;o do projeto Apolo, or&ccedil;ado em R$ 4 bilh&otilde;es, para uma mina com capacidade de 24 milh&otilde;es de toneladas de min&eacute;rio de ferro ao ano, em uma &aacute;rea que abrange cinco munic&iacute;pios mineiros. No entanto, al&eacute;m de persistir a indefini&ccedil;&atilde;o sobre a cria&ccedil;&atilde;o ou n&atilde;o do Parque Nacional da Serra do Gandarela, em an&aacute;lise pelo governo federal, este m&ecirc;s a prefeitura de Rio Acima revogou a Carta de Conformidade &ndash; uma anu&ecirc;ncia obrigat&oacute;ria para que o empreendimento seja licenciado.</p> <p> O documento havia sido emitido em 2009 e atestava que o projeto se enquadrava na legisla&ccedil;&atilde;o municipal. Uma audi&ecirc;ncia p&uacute;blica para tratar do projeto chegou a ocorrer no munic&iacute;pio. Al&eacute;m de Rio Acima, Santa B&aacute;rbara, Caet&eacute;, Raposos e Nova Lima tamb&eacute;m est&atilde;o ma &aacute;rea de abrang&ecirc;ncia do projeto. &ldquo;A &aacute;rea respons&aacute;vel pelo patrim&ocirc;nio hist&oacute;rico do munic&iacute;pio deve finalizar em 30 dias o processo de tombamento definitivo da parte da Serra do Gandarela dentro de Rio Acima. Com o tombamento, n&atilde;o cabe mais atividade mineradora nessa &aacute;rea&rdquo;, afirmou o prefeito de Rio Acima, Ant&ocirc;nio C&eacute;sar Pires de Miranda J&uacute;nior (PR).</p> <p> Ele descartou a possibilidade de a cidade deixar de arrecadar mais ou gerar mais empregos com o projeto da Vale. &ldquo;No caso de Rio Acima, o projeto previa apenas a parte ruim, como as barragens de rejeito. N&atilde;o haveria aumento de arrecada&ccedil;&atilde;o ou de empregos. Estamos defendendo o que &eacute; melhor para o munic&iacute;pio, que s&atilde;o as nascentes de rios que abastecem a cidade&rdquo;, disse.</p> <p> Em nota, a Vale informou que ainda n&atilde;o foi notificada oficialmente. &ldquo;A Vale n&atilde;o recebeu nenhum comunicado oficial sobre o assunto, nem por parte da prefeitura municipal, nem dos &oacute;rg&atilde;os ambientais competentes. Sobre Apolo, o projeto continua aguardando licenciamento ambiental&rdquo;, diz a nota.</p> <p> Situada entre as serras do Cara&ccedil;a e da Piedade, a Serra do Gandarela faz parte da Serra do Espinha&ccedil;o, declarada reserva da Biosfera pela Unesco. O Gandarela tamb&eacute;m est&aacute; inserido no Quadril&aacute;tero Ferr&iacute;fero, onde estima-se que existam reservas de 5 bilh&otilde;es de metros c&uacute;bicos de &aacute;gua, sendo 4 bilh&otilde;es associados &agrave;s forma&ccedil;&otilde;es ferr&iacute;feras. Somente a Serra do Gandarela &eacute; respons&aacute;vel pelo abastecimento h&iacute;drico de 40% da Regi&atilde;o Metropolitana de Belo Horizonte.</p> <p> <strong>Parque</strong></p> <p> A cria&ccedil;&atilde;o do Parque Nacional da Serra do Gandarela &eacute; outro obst&aacute;culo &agrave; implanta&ccedil;&atilde;o do projeto Apolo. A Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustent&aacute;vel (Semad), o Instituto Chico Mendes de Conserva&ccedil;&atilde;o da Biodiversidade (ICMBio) e representantes de mineradores com atua&ccedil;&atilde;o no Gandarela fecharam um acordo que permitia a cria&ccedil;&atilde;o do Parque e a manuten&ccedil;&atilde;o das atividades miner&aacute;rias j&aacute; existentes ou em licenciamento.</p> <p> Apenas a Vale n&atilde;o aceitou o acordo por entender que precisaria de uma &aacute;rea mais extensa que a prevista na proposta. O licenciamento ambiental do projeto Apolo ficar&aacute; paralisado enquanto n&atilde;o houver defini&ccedil;&atilde;o sobre o parque, segundo a Semad.</p> <p> <strong>Vale defende necessidade de expans&otilde;es futuras</strong></p> <p> A proposta que o ICMBio fechou com a Secretaria Estadual de Meio Ambiente e outras institui&ccedil;&otilde;es, ap&oacute;s v&aacute;rias reuni&otilde;es, era a de uma &aacute;rea 34,3 mil hectares para o Parque Nacional da Serra do Gandarela. Inicialmente seriam mais de 38 mil hectares. Para o projeto Apolo foram destinados 1,7 mil hectares, o que para a Vale inviabiliza o investimento.</p> <p> A &aacute;rea seria o suficiente para implantar o projeto, mas a Vale exige 5,3 mil hectares, alegando a necessidade de &aacute;reas para futuras expans&otilde;es. Um relat&oacute;rio final foi enviado ao Minist&eacute;rio de Meio Ambiente sem um acordo consensual. A cria&ccedil;&atilde;o do Parque depende de um decreto presidencial.</p> <p style="text-align: right;"> <em>Fonte: Hoje em Dia</em></p>

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