Bom Dia - O Diário do Médio Piracicaba

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02/02/2014 21h07

Pesquisas eleitorais podem definir novo Presidente da Rep?blica

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<p> A nove meses do brasileiro ir &agrave;s urnas para decidir quem ocupar&aacute; o Pal&aacute;cio do Planalto, as pesquisas eleitorais s&atilde;o cada vez mais frequentes. Reconhecidos pela credibilidade, institutos de pesquisa de opini&atilde;o &mdash; como Ibope (Instituto Brasileiro de Opini&atilde;o P&uacute;blica e Estat&iacute;stica), DataFolha e MDA Pesquisas &mdash; apontam os pol&iacute;ticos preferidos dos eleitores.</p> <p> Embora parte do eleitorado e mesmo os pr&oacute;prios pol&iacute;ticos coloquem as pesquisas eleitorais sob suspeita, especialistas ouvidos pelo R7 garantem que elas influenciam e podem at&eacute; definir uma elei&ccedil;&atilde;o. Isso porque, quando publicadas, os candidatos ganham visibilidade em todo o Pa&iacute;s, j&aacute; que o nome fica em evid&ecirc;ncia e pode direcionar o olhar do eleitor.</p> <p> Os marqueteiros pol&iacute;ticos explicam que tanto os candidatos como os partidos que est&atilde;o no governo acabam, pela exposi&ccedil;&atilde;o maior na m&iacute;dia, abrindo vantagem sobre os advers&aacute;rios, que t&ecirc;m que se manter em evid&ecirc;ncia por outros meios &mdash; indo &agrave;s ruas, usando as redes sociais ou aparecendo em eventos e lugares que chamem a aten&ccedil;&atilde;o na imprensa para serem &ldquo;lembrados&rdquo; pelo povo.</p> <p> O professor e coordenador do curso de ci&ecirc;ncias sociais da Ulbra (Universidade Luterana do Brasil) e especialista do Instituto Millenium, Paulo Moura, garante que o que define a pesquisa &eacute; o notici&aacute;rio. Quem est&aacute; na m&iacute;dia est&aacute; em pauta e sempre ser&aacute; mais lembrado do que quem sofre para virar not&iacute;cia.</p> <p> &mdash; N&oacute;s estamos muito longe das elei&ccedil;&otilde;es e a maioria das pessoas n&atilde;o est&aacute; prestando aten&ccedil;&atilde;o na pol&iacute;tica, mas acompanha o notici&aacute;rio. Quando questionados, percebe-se a diferen&ccedil;a nos n&uacute;meros na pesquisa de inten&ccedil;&atilde;o de voto, quando os nomes s&atilde;o apresentados, na chamada [pesquisa] estimulada, e na espont&acirc;nea, aquela em que perguntam apenas em quem votariam, sem sugerir nomes. Veja o resultado da &uacute;ltima pesquisa CNT/MDA de novembro de 2013 no cen&aacute;rio &quot;estimulado&quot; e &quot;espont&acirc;neo&quot;.</p> <p> O abismo entre os pr&eacute;-candidatos nas pesquisas eleitorais s&oacute; passa a ficar equilibrado no in&iacute;cio das campanhas oficiais, tr&ecirc;s meses antes da elei&ccedil;&atilde;o, quando os advers&aacute;rios v&atilde;o a campo e o governo &eacute; proibido de fazer propaganda.</p> <p> Para o coordenador do curso de marketing pol&iacute;tico da USP (Universidade de S&atilde;o Paulo), Victor Aquino, isso explica por que os candidatos que n&atilde;o est&atilde;o bem colocados nos levantamentos com eleitores sempre minimizam seu valor.</p> <p> &mdash; A pesquisa s&oacute; &eacute; boa para quem aparece em primeiro lugar. Quem est&aacute; em segundo lugar sai sempre em desvantagem e repete a mesma coisa: &quot;essa pesquisa s&oacute; abordou isso, s&oacute; abordou aquilo&quot;. Sempre relativista.</p> <p> <strong>Voto &ldquo;&uacute;til&rdquo; x &ldquo;alienado&rdquo;</strong></p> <p> Os especialistas afirmam que as pesquisas tamb&eacute;m ilustram o que eles chamm de &quot;voto &uacute;til&quot;, aquele em que o eleitor elimina o candidato que n&atilde;o quer que ven&ccedil;a votando em seu concorrente.</p> <p> Para Moura, &ldquo;criamos um mecanismo de voto &uacute;til condicionado pela pesquisa, ela influencia a opini&atilde;o e isso tem um peso importante&quot;.</p> <p> &mdash; Com o segundo turno, muitos acabam votando para for&ccedil;ar uma segunda disputa e tentam tirar da jogada aquele candidato que ele n&atilde;o quer passando para a segunda vota&ccedil;&atilde;o.</p> <p> J&aacute; o voto do eleitor chamado, &quot;no mal sentido, de alienado&quot;, segundo Aquino, &quot;&eacute; aquele em que o eleitor indeciso, que n&atilde;o sabe em quem votar, n&atilde;o tem opini&atilde;o nenhuma sobre nada, para ele tanto faz ter ou n&atilde;o manifesta&ccedil;&otilde;es, e na hora de votar, ele acompanha a maioria&quot;.</p> <p> &mdash; [Ele] conversa com a vizinhan&ccedil;a e vota em quem est&aacute; mais bem colocado nas pesquisas. Uma coisa leva &agrave; outra, o candidato est&aacute; bem na pesquisa, a avalia&ccedil;&atilde;o do governo est&aacute; subindo,ent&atilde;o, a escolha est&aacute; feita.</p> <p> <strong>Outro lado</strong></p> <p> N&atilde;o s&oacute; os eleitores, mas tamb&eacute;m os partidos e os pol&iacute;ticos tamb&eacute;m sofrem influ&ecirc;ncia das pesquisas. No caso dos partidos, a campanha pol&iacute;tica &eacute; toda baseada em pesquisa de comportamento, que n&atilde;o s&atilde;o iguais &agrave;s pesquisas de inten&ccedil;&atilde;o de voto que, como explica Moura.</p> <p> A pesquisa publicada &eacute; a que &eacute; divulgada na imprensa, mas existe outro tipo, encomendada pelos partidos para orientar estrat&eacute;gias, diz o professor da Ulbra. S&atilde;o essas pesquisas que orientam as campanhas, e que testam argumentos com t&eacute;cnicas criadas a partir dessas informa&ccedil;&otilde;es.</p> <p> Segundo Moura, as pesquisas publicadas, as que aparecem na m&iacute;dia, s&atilde;o importantes, mas as pesquisas pr&oacute;prias dos partidos pol&iacute;ticos s&atilde;o essenciais. Para o professor, existem tr&ecirc;s elementos importantes para o sucesso de uma campanha eleitoral.</p> <p> &mdash; Pesquisa, pesquisa e pesquisa. S&oacute; depois vem a publicidade e a estrutura de marketing.</p> <p> <strong>Votos brancos, nulos e a taxa de rejei&ccedil;&atilde;o</strong></p> <p> Os votos brancos e nulos deveriam ser motivo de preocupa&ccedil;&atilde;o dos pol&iacute;ticos. Para o professor Aquino, &ldquo;os brancos e nulos d&atilde;o evid&ecirc;ncia do amadurecimento da consci&ecirc;ncia, ou seja, com elei&ccedil;&otilde;es de quatro em quatro anos, se o eleitor anula o voto &eacute; porque n&atilde;o est&aacute; contente com a situa&ccedil;&atilde;o&quot;.</p> <p> &mdash; Ele n&atilde;o est&aacute; jogando o voto fora, mas indo contra a situa&ccedil;&atilde;o atual. S&atilde;o neles tamb&eacute;m que os partidos deveriam focar.</p> <p> Outro fator que aparece nas pesquisas &eacute; a taxa de rejei&ccedil;&atilde;o do candidato. Quem aparece com alto &iacute;ndice de rejei&ccedil;&atilde;o j&aacute; entra no jogo perdendo. De acordo com Paulo Moura, o impacto da recusa do eleitor em votar em determinado candidato influencia tanto o primeiro como o segundo turno.</p> <p> &mdash; A rejei&ccedil;&atilde;o &eacute; muito relevante em uma elei&ccedil;&atilde;o de dois turnos. No primeiro turno, as pessoas tendem a votar no seu candidato de prefer&ecirc;ncia. No segundo, as pessoas que n&atilde;o tiveram o seu candidato levado ao segundo turno votar&atilde;o prioritariamente contra quem eles n&atilde;o querem. Da&iacute; a rejei&ccedil;&atilde;o pesa. Se for alta, empurra esse eleitor para o outro candidato.</p> <p> O cientista social da Ulbra explica que &quot;&iacute;ndices de rejei&ccedil;&atilde;o superiores a 40%, por exemplo, praticamente inviabilizam um candidato&quot;.</p> <p> &mdash; Quer dizer, que ele larga disputando com apenas 60% de chance.</p> <p style="text-align: right;"> <em>Fonte: Topnews</em></p>

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