Bom Dia - O Diário do Médio Piracicaba

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14/09/2023 11h01

VAI MALANDRA...

Entrevista com Anitta no Serginho pode indicar caminhos...

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<div id="/uploads/imagem_arquivo/39695_whatsappimage20230913at09.21.34.jpeg" style="float:left; margin-top:10px; margin-bottom:5px; width:645px;"> <img alt="n" class="3" height="430" name="39695_whatsappimage20230913at09.21.34.jpeg" src="/uploads/imagem_arquivo/39695_whatsappimage20230913at09.21.34.jpeg" style="float:left;" title="n" width="645" /></div> <div style="float: left; margin-top: 10px; margin-bottom: 5px; width: 645px; text-align: justify;"> <span style="font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: 14px; text-align: justify;">Entrevista da nossa artista mais bem sucedida e famosa desde Carmem Miranda, nos leva a uma reflex&atilde;o. N&atilde;o sei se voc&ecirc;s viram entrevista da &quot;diva&quot; no Altas Horas. Num certo momento o apresentador perguntou pra ela o que ela achava da tend&ecirc;ncia de redu&ccedil;&atilde;o do tamanho das m&uacute;sicas. E ela de certa forma atirou contra o pr&oacute;prio mundo a que pertence. H&aacute; tempos atr&aacute;s as m&uacute;sicas tinham em m&eacute;dia 4 minutos. Tinham introdu&ccedil;&atilde;o, duas estrofes, refr&atilde;o, solo, voltava no refr&atilde;o e fechava. De uns tempos pra c&aacute; foram suprimindo as introdu&ccedil;&otilde;es, muitas vezes caindo direto no refr&atilde;o e sem necessidade tamb&eacute;m dos solos. Agora imaginem Satisfaction dos Stones sem introdu&ccedil;&atilde;o. Imaginem Smoke on the whater e Perfect Strangers do Deep Purple sem introdu&ccedil;&atilde;o. Imaginem Sultans of Swing do Dire Straits sem solo. Sacril&eacute;gio n&eacute;? H&aacute; pouco tempo um amigo m&uacute;sico me falou isso. Que tava compondo tentando eliminar introdu&ccedil;&atilde;o, solo pra entrar na moda. Quem sou eu pra dar conselhos pra marmanjo. Mas sinceramente? Acho que os riffs s&atilde;o a alma da m&uacute;sica. Mas enfim, d&aacute; pra fazer m&uacute;sica de todo jeito. Os jingles tem em m&eacute;dia 30 segundos. Mas j&aacute; vi jingles de 15 segundos, ou seja, d&aacute; pra desenvolver um racioc&iacute;nio musical de 20 segundos. Eu, como um bom dinossauro, n&atilde;o me contento em fazer m&uacute;sicas pra me adaptar a esse formato do mercado. Mas voltando &agrave; entrevista da Anitta, tinha ali uma cr&iacute;tica velada tamb&eacute;m. Quando ela diz que dali &eacute; ladeira abaixo, diminuindo cada vez mais os tamanhos das m&uacute;sicas, quando ela fala que as letras todas falavam de senta, senta, senta, taka, taka, taka e toma toma, toma, ela tava falando com seus parceiros e parceiras compositores que v&atilde;o repetindo a f&oacute;rmula, que tem claro conota&ccedil;&atilde;o sexual e toda refer&ecirc;ncia sexual tem imediada assimila&ccedil;&atilde;o pelo p&uacute;blico, que sensualiza de forma radical e muitas vezes vai mesmo &agrave;s vias de fato. Mas n&atilde;o sei se o fen&ocirc;meno &eacute; mundial. As m&uacute;sicas que a Anitta consegue emplacar l&aacute; fora n&atilde;o tem um minuto. S&atilde;o can&ccedil;&otilde;es pro formata&ccedil;&atilde;o internacional que tem de ter um tempo apropriado para as pistas.Talvez esse recado chegue aos compositores, aos produtores, aos consumidores, afinal, Anitta &eacute; hoje uma refer&ecirc;ncia. N&atilde;o, n&atilde;o ou&ccedil;o suas m&uacute;sicas em casa. Mas n&atilde;o d&aacute; pra ignorar seu talento para o showbusiness, sua vis&atilde;o e ousadia. Ela chegou no topo saindo l&aacute; de baixo, ralou e rala muito. Merece o sucesso que tem. Ela deu a entrevista tomando cuidado pra n&atilde;o entrar em conflito com o p&uacute;blico, mas pra quem sabe ler, tem uma mensagem impl&iacute;cita de um certo descontentamento com a mediocridade do takataka. Tomara que a mensagem subliminar chegue at&eacute; o alvo...</span></div>

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