11/10/2021 09h25
Consultas e exames preventivos do c?ncer de mama diminu?ram na pandemia
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<span style="font-size:11.0pt;font-family:"Calibri","sans-serif"">O câncer de mama é o tipo que mais acomete mulheres em todo o mundo, tanto em países em desenvolvimento quanto em países desenvolvidos. Para o Brasil, o Instituto Nacional do Câncer (Inca) estimou 66.280 casos novos de câncer de mama em 2021, com um risco estimado de 61,61 casos a cada 100 mil mulheres. A pandemia afetou o cuidado das mulheres com a saúde. Uma das medidas mais importantes para a detecção precoce da doença, a mamografia para mulheres com idade entre 50 e 69 anos, foi diretamente afetada.<o:p></o:p></span></p>
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<span style="font-size:11.0pt;font-family:"Calibri","sans-serif""> </span><span style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 11pt;">Conforme mostra um levantamento recente, publicado em abril na Revista de Saúde Pública, o número de mamografias realizadas na rede pública nesta faixa etária diminuiu 42% em 2020 na comparação com o ano anterior, caindo de 1.948.471 em 2019 para 1.126.688 no ano em que a pandemia começou. A diferença de 800 mil exames não realizados no ano passado deve significar algo em torno de 4 mil casos de câncer de mama não diagnosticados em 2020, considerando estimativas da taxa de detecção da doença nas mamografias digitais (em média de cinco casos detectados para 1000 exames).</span></p>
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<span style="font-size:11.0pt;font-family:"Calibri","sans-serif""> </span><span style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 11pt;">Por tudo isso, a campanha Outubro Rosa deste ano busca reforçar a importância da detecção precoce do câncer de mama e de seguir com as consultas e exames de rotina. “Considerando o contexto da pandemia o recado desse 2021 é ‘Volte a se cuidar’, para que tanto as mulheres como os homens, fiquem atentos aos exames preconizados para detecção de tumores malignos, pois temos ótimos exames de rastreamento já disponíveis e subutilizados”, ressalta a oncologista Eloise Allen Marques de Oliveira (CRM 13574).</span></p>
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<span style="font-size:11.0pt;font-family:"Calibri","sans-serif""> </span><span style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 11pt;">A médica, que atende no Núcleo de Oncologia Oncore, localizado no centro clínico do Órion Complex, em Goiânia, percebeu na prática o que as pesquisas acima indicam, a queda de consultas e, consequentemente, realização de exames. Segundo ela, os atendimentos não voltaram ao normal. “Este ano a busca pela consulta com o especialista ainda não retomou o usual, o absenteísmo tem sido bem prevalente por receio, principalmente nas pacientes dos considerados grupos de risco para complicações da Covid-19. O volume tem aumentado aos poucos, às vezes as pacientes até vão ao consultório, mas demoram para realizar os exames”, afirma.</span></p>
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<span style="font-size:11.0pt;font-family:"Calibri","sans-serif""> </span><strong><span style="font-size:11.0pt;font-family:
"Calibri","sans-serif"">Autoexame</span></strong></p>
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<span style="font-size:11.0pt;font-family:"Calibri","sans-serif"">Eloise Allen destaca que o autoexame da mama é importante, mas não dispensa a realização da mamografia. “O autoexame nos remete à importância do autocuidado com o corpo e que precisamos fazer os exames de rastreamento, mas a maioria das mulheres não o realiza ou sequer sabe como fazê-lo, apesar de a maioria já ter ouvido falar. Por isso é importante a mamografia, grande parte dos cânceres de mama precoces não são palpáveis e, portanto, o autoexame não os identificaria”, detalha a especialista.<o:p></o:p></span></p>
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<span style="font-size:11.0pt;font-family:"Calibri","sans-serif""> </span><span style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 11pt;">De acordo com a oncologista, a idade é o principal fator de risco para a doença. “O câncer é, em sua maioria, uma doença do envelhecimento celular e a perda dessa célula da capacidade de reparação e eliminação das células defeituosas. Outros fatores de risco seriam o tempo de exposição ao estrogênio, a menarca (primeira menstruação) precoce ou menopausa tardia, a primeira gestação após os 30 anos, o uso de contraceptivos orais, reposição hormonal na menopausa, tabagismo, etilismo, poluentes, entre outros”, revela.</span></p>
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<span style="font-size:11.0pt;font-family:"Calibri","sans-serif""> </span><span style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 11pt;">A médica explica que o mais importante no combate à doença é a detecção prematura. “Não há uma vacina contra o câncer de mama, o que temos hoje seria o diagnóstico precoce. A situação ideal seria a prevenção primária com uma dieta e hábitos de vida saudáveis, sem agrotóxicos, menor exposição a hormônios e derivados do benzeno e a prevenção secundária com a realização da mamografia anualmente a partir dos 40 anos e até os 69 anos”, salienta Eloise Allen.</span></p>