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23/04/2021 08h18

BASTA!!!QUEM AMA RESPEITA!

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<div id="/uploads/imagem_arquivo/597559_b6a6615faeabc9e1dbfb7021f7.jpg" style="float:left; margin-top:10px; margin-bottom:5px; width:645px;"> <img alt="HELP" class="3" height="338.625" name="597559_b6a6615faeabc9e1dbfb7021f7.jpg" src="/uploads/imagem_arquivo/597559_b6a6615faeabc9e1dbfb7021f7.jpg" style="float:left;" title="HELP" width="645" /></div> <div style="float: left; margin-top: 10px; margin-bottom: 5px; width: 645px; text-align: justify;"> “Aplaudo de pé as Mulheres Fortes que sustentam seu desejo no âmbito social e fazem um baita trabalho por todas nós. Existe ainda uma grande construção a ser feita, principalmente no que diz respeito ao nosso desejo. Não somente sexual, mas aquele que possibilita que algo de mais íntimo possa surgir nas escolhas de nossasvidas.”  Fernanda Gambera</div> DICA: Quando você mulher estiver sofrendo violência física ou doméstica, grite bem alto: FOGO...FOGO...FOGO... muitas e muitas vezes. Li essa dica acima há bem tempo, nem me lembro quando, em um artigo falando sobre violência doméstica. E porque gritar fogo? Porque infelizmente, ainda prevalece aquela velha máxima: “em briga de marido e mulher, ninguém mete a colher”, dessa forma quando as pessoas presenciam uma briga de casal, poucos são os que se arriscam a “meter a colher”, e quando gritamos fogo as pessoas saem para ajudar e assim, a mulher pode ser socorrida. Começo a escrever com o coração triste, afinal uma pessoa querida, uma Mulher que tinha muitos sonhos a conquistar foi calada... Infelizmente, crescemos e somos educadas em uma sociedade machista, onde somos ensinadas que devemos nos calar quando as coisas no relacionamento não estão bem, aceitando muitas vezes atitudes dos nossos parceiros que acabam minando com nosso amor próprio e principalmente conosco, seja no emocional, quanto no físico. Não estou aqui para julgar ou condenar ninguém, não tenho essa pretensão, pois sei que as famílias das vítimas estão dilaceradas, arrasadas e ainda tentando entender tudo que aconteceu. Respeito e entendo suas dores. Venho nesse espaço falar para nós Mulheres, como estudiosa do comportamento humano e principalmente da área da sexualidade. Quero mostrar como infelizmente, as mulheres acabam se calando e deixando outros interesses falarem mais alto na hora de denunciarem, tomarem atitudes e principalmente buscarem ajuda dos órgãos competentes. Os dados são alarmantes e um estudo realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) divulgado dia 04/03/21 mostrou que, em 2019, 30,4% dos homicídios contra mulheres ocorreram dentro de casa, a proporção para os homens foi de 11,2%. A pesquisa analisou o ano de 2019, pré-pandemia. Em 2020, o cenário foi ainda mais assustador. Com a pandemia e a imposição do lockdown para algumas regiões do Brasil, vítima e agressor passaram a conviver por um período maior. De acordo com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) houve um aumento de 22% nos casos de feminicídios entre março e abril do ano passado, período da quarentena imposta no país. Em nossa cultura, somos induzidas a acreditar que “ciúmes” é bom, é normal, e principalmente que é amor ...claro, que quando amamos alguém temos sim, o medo de perder, do termino do relacionamento e nos sentimos inseguros com essas possibilidades e pode surgir o medo, os ciúmes, a insegurança. Mas, quando o ciúme começa a ser exagerado, demasiado, fugindo do controle da pessoa, e acaba afetando negativamente o relacionamento, deve-se procurar ajuda de um psicólogo(a). E nesse momento, vem junto o sentimento de posse, de ser dono, de ser proprietário do outro, dos seus sentimentos e desejos. Queremos dominar o ser amado, pensar que o outro ou a outra, possa viver e ter uma vida sem a nossa presença machuca e infelizmente, muitas vezes pode levar a atos e atitudes que acabam fugindo do controle. E lamento informar, ninguém é de ninguém, não somos donos e nem donas de ninguém, devemos ensinar nossos filhos e filhas a respeitarem a vontade da pessoa com quem estamos relacionando. Temos a mera ilusão que o outro nos pertence, que tem que fazer sempre o que e como queremos. Infelizmente não funciona assim as coisas. Cada um de nós veio de uma educação diferente, de uma religião diferente, de uma cultura diferente e esse é o grande barato dos relacionamentos: somos únicos, e assim, cada pessoa tem uma visão e uma percepção diferente das coisas. Devemos aprender a respeitar a individualidade de cada um. Queremos o amor, o carinho, o respeito dos outros, mas cada vez mais percebo que nós mesmos esquecemos de termos amor, carinho e respeito com a pessoa mais importante da nossa Vida: nós mesmos! Antes de amar alguém, se ame muito, se respeite, se valorize e acima de tudo aprenda a perceber e observar sinais e atitudes da pessoa com quem você está se relacionando, como: notar a maneira com que o parceiro se comporta em relação às decisões, é uma pessoa que compartilha ou controla tudo? Observe também se ele sente raiva com facilidade, principalmente em questões que poderiam ser resolvidas em uma simples conversa, e se ele consegue respeitar os limites, se ele fica insistindo ou respeita o seu espaço. Com essas simples observações você irá conhecendo melhor o seu parceiro e caso algo aconteça que não seja como você quer, tome uma atitude, por você e para você. Basta!!! Quem ama respeita! Por favor, não se cale! Sua vida vale mais! Nádia Guimarães Sexóloga, Consultora em Saúde e Educação Sexual

Bom Dia - O Diário do Médio Piracicaba

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