Bom Dia - O Diário do Médio Piracicaba

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05/01/2021 18h28

Museu das Minas e do Metal oferece programa??o virtual sobre arte, ci?ncia e tecnologia

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<p style="margin-bottom: 1em; color: rgb(43, 36, 84); font-family: Arial; font-size: 14.6667px; text-align: justify;"> Abrindo o ano de 2021 com uma programa&ccedil;&atilde;o cultural rica, o&nbsp;<strong>MM Gerdau &ndash; Museu das Minas e do Metal retoma as atividades com a sustenta&ccedil;&atilde;o de uma a&ccedil;&atilde;o muito especial: a exposi&ccedil;&atilde;o &ldquo;CoMci&ecirc;ncia - Cristais do Tempo&rdquo;, que segue com programa&ccedil;&atilde;o virtual ao longo de janeiro.&nbsp;</strong>Outra not&iacute;cia de destaque &eacute; que&nbsp;<strong>nos dias 14 e 21 de janeiro</strong>, duas quintas-feiras consecutivas,&nbsp;<strong>o Museu realizar&aacute; dois bate-papos, respectivamente, com os artistas Bruno Alencastro e Felipe Carelli</strong>, que compartilharam suas experi&ecirc;ncias como realizadores de arte digital e aprofundaram nos debates propostos por suas obras e, claro, pelo recorte curatorial do Edital CoMci&ecirc;ncia.</p> <p style="margin-bottom: 1em; color: rgb(43, 36, 84); font-family: Arial; font-size: 14.6667px; text-align: justify;"> A montagem teve como tema proposto aos artistas &quot;<strong>Cristais do tempo: emerg&ecirc;ncias nas fissuras do presente</strong>&quot;. A defini&ccedil;&atilde;o de um futuro a partir de um presente demasiadamente complexo nos leva a refletir que &eacute; necess&aacute;rio pensar um tempo mais propositivo, reconstruindo nossa proposta de humanidade e coletividade, sendo a arte e a tecnologia meios leg&iacute;timos para isso.</p> <p style="margin-bottom: 1em; color: rgb(43, 36, 84); font-family: Arial; font-size: 14.6667px; text-align: justify;"> Para isso,&nbsp;<strong>os curadores do edital Tadeus Mucelli e Alexandre Milagres selecionaram 09 (nove) obras inscritas no Edital &ldquo;CoMciencia&rdquo;,</strong>&nbsp;que inspiram e refletem o momento que vivemos, modificam nossa rela&ccedil;&atilde;o com o tempo presente, mudam nossa percep&ccedil;&atilde;o com os outros, com o planeta, com o vis&iacute;vel e o invis&iacute;vel, e, sobretudo, com as mem&oacute;rias que constru&iacute;mos e compartilhamos. A exposi&ccedil;&atilde;o &eacute; o resultado de um edital que recebeu 269 inscritos dos 06 continentes do mundo, sendo 20 % de inscri&ccedil;&otilde;es estrangeiras e 75% de propostas in&eacute;ditas.</p> <p style="margin-bottom: 1em; color: rgb(43, 36, 84); font-family: Arial; font-size: 14.6667px; text-align: justify;"> &nbsp;</p> <p style="margin-bottom: 1em; color: rgb(43, 36, 84); font-family: Arial; font-size: 14.6667px; text-align: justify;"> Os interessados podem acompanhar todas as 09 (nove) obras propostas por meio de um tour virtual completo, em realidade aumentada e extremamente imersivo, sendo tr&ecirc;s delas de artistas brasileiros e outras tr&ecirc;s de nomes internacionais de destaque. S&atilde;o elas: &ldquo;Reflexion: In Sync / Out of Sync&rdquo;, da colombiana Claudia Robles-Angel; &ldquo;Vegetal Reality Shelter (VRS)&rdquo;, do brasileiro Guto N&oacute;brega; e &ldquo;Emancipac&iacute;on Microbiana&rdquo;, da mexicana Maro Pebo; &ldquo;Estrelas no Deserto&rdquo;, de Felipe Carrelli;&nbsp; &ldquo;obs-cu-ra&rdquo;, de Bruno Alencastro; &ldquo;O Ce&uacute; na Terra&rdquo;, de Luciana Ohira e S&eacute;rgio Bonilha&nbsp; &ldquo;Untangling Noises of Matter&rdquo;, do holand&ecirc;s Louise Braddock Clarke; &ldquo;Silver Tree: the sounds of wind through the crystalline forest&rdquo;, &ldquo;Saturn&rsquo;s Breath&rdquo; e &ldquo;Think Like a Mountain&rdquo;, da australiana Penelope Cain; e &ldquo;The universe according to Dan Buckley&rdquo;, do canadense Roberto Santiaguida. Basta visitar o site:&nbsp;<a href="https://2020.programacomciencia.org.br/" rel="noreferrer" style="color: rgb(51, 51, 51);" target="_blank">https://2020.programacomciencia.org.br/</a>&nbsp;e mergulhar no tour virtual pela exposi&ccedil;&atilde;o.</p> <p style="margin-bottom: 1em; color: rgb(43, 36, 84); font-family: Arial; font-size: 14.6667px; text-align: justify;"> &nbsp;</p> <p style="margin-bottom: 1em; color: rgb(43, 36, 84); font-family: Arial; font-size: 14.6667px; text-align: justify;"> <strong>DEBATES VIRTUAIS</strong></p> <p style="margin-bottom: 1em; color: rgb(43, 36, 84); font-family: Arial; font-size: 14.6667px; text-align: justify;"> &nbsp;</p> <p style="margin-bottom: 1em; color: rgb(43, 36, 84); font-family: Arial; font-size: 14.6667px; text-align: justify;"> No&nbsp;<strong>dia 14 de janeiro, &agrave;s 18h</strong>, por meio do YouTube do MM Gerdau, o p&uacute;blico poder&aacute; acompanhar a conversa com Bruno Alencastro, artista respons&aacute;vel pelo projeto &ldquo;Obs-cu-ra&rdquo;, que est&aacute; presente na Exposi&ccedil;&atilde;o CoMci&ecirc;ncia: Cristais do Tempo. Bruno ir&aacute; abordar um pouco dos processos art&iacute;sticos e principalmente a rede colaborativa que se organizou para a realiza&ccedil;&atilde;o da obra.&nbsp;</p> <p style="margin-bottom: 1em; color: rgb(43, 36, 84); font-family: Arial; font-size: 14.6667px; text-align: justify;"> &nbsp;</p> <p style="margin-bottom: 1em; color: rgb(43, 36, 84); font-family: Arial; font-size: 14.6667px; text-align: justify;"> J&aacute;&nbsp;<strong>na quinta-feira seguinte (21 de janeiro), no mesmo hor&aacute;rio, ser&aacute; a vez da conversa com Felipe Carrelli, que assina a obra &ldquo;Estrelas no Deserto&rdquo;</strong>. Ao longo da conversa, Carelli abordar&aacute; um pouco sobre sua pesquisa do mestrado, o grupo de divulga&ccedil;&atilde;o de astronomia GalileoMobile, o projeto Amanar &nbsp;- do qual o &ldquo;Estrelas do Deserto&rdquo; faz parte - a experi&ecirc;ncia do projeto no uso de tecnologias para experi&ecirc;ncias em realidade virtual e sobre como o resultado alcan&ccedil;ado &eacute; fruto de um processo de co-cria&ccedil;&atilde;o e pesquisa.&nbsp;</p> <p style="margin-bottom: 1em; color: rgb(43, 36, 84); font-family: Arial; font-size: 14.6667px; text-align: justify;"> &nbsp;</p> <p style="margin-bottom: 1em; color: rgb(43, 36, 84); font-family: Arial; font-size: 14.6667px; text-align: justify;"> A Exposi&ccedil;&atilde;o &ldquo;CoMci&ecirc;ncia - Cristais do Tempo&rdquo; materializa a proposta do edital de fomentar um debate ao apresentar obras criadas e pensadas a partir do convite e da provoca&ccedil;&atilde;o art&iacute;stica de se construir questionamentos e reflex&otilde;es para mudarmos o mundo em que estamos vivendo, para que seja poss&iacute;vel viver um futuro distinto. O edital conquistou um crescimento representativo em rela&ccedil;&atilde;o a primeira edi&ccedil;&atilde;o, realizada em 2019, chegando a receber inscri&ccedil;&otilde;es de 28 pa&iacute;ses, al&eacute;m de projetos de artistas de 17 estados das 5 regi&otilde;es brasileiras.</p> <p style="margin-bottom: 1em; color: rgb(43, 36, 84); font-family: Arial; font-size: 14.6667px; text-align: justify;"> &nbsp;</p> <p style="margin-bottom: 1em; color: rgb(43, 36, 84); font-family: Arial; font-size: 14.6667px; text-align: justify;"> <strong><u>::Descritivo das obras que integram a &ldquo;Exposi&ccedil;&atilde;o CoMci&ecirc;ncia &ndash; Cristais do Tempo&rdquo;::</u></strong></p> <p style="margin-bottom: 1em; color: rgb(43, 36, 84); font-family: Arial; font-size: 14.6667px; text-align: justify;"> &nbsp;</p> <p style="margin-bottom: 1em; color: rgb(43, 36, 84); font-family: Arial; font-size: 14.6667px; text-align: justify;"> <strong>- &ldquo;Reflexion: In Sync / Out of SyncArtista&rdquo;, de Claudia Robles-Angel (Col&ocirc;mbia/Alemanha)</strong></p> <p style="margin-bottom: 1em; color: rgb(43, 36, 84); font-family: Arial; font-size: 14.6667px; text-align: justify;"> &nbsp;</p> <p style="margin-bottom: 1em; color: rgb(43, 36, 84); font-family: Arial; font-size: 14.6667px; text-align: justify;"> <strong>Sobre a obra:&nbsp;</strong>A obra &ldquo;Reflexion: In Sync / Out of Sync&rdquo; &eacute; um convite ao p&uacute;blico a sentir empatia pelo outro. Duas pessoas s&atilde;o convidadas a sentar-se frente &agrave; frente e, rodeadas por uma estrutura leve com fios eletroluminescentes e som em tempo real, t&ecirc;m sua frequ&ecirc;ncia card&iacute;aca medida por meio de sensores de pulso aplicados ao dedo de suas m&atilde;os. Quando os dois participantes n&atilde;o compartilham a mesma frequ&ecirc;ncia card&iacute;aca, a instala&ccedil;&atilde;o est&aacute; fora de sincronia e o som fica dissonante. J&aacute; quando as frequ&ecirc;ncias s&atilde;o sincronizadas, a instala&ccedil;&atilde;o reage em estado &ldquo;In-Sync&rdquo;, com um som agrad&aacute;vel e harm&ocirc;nico.&nbsp; O conceito principal da obra de Claudia Robles-Angel &eacute; baseado em pesquisas que mostram que nossos batimentos card&iacute;acos podem ser sincronizados, aprofundando a percep&ccedil;&atilde;o dos outros, na intera&ccedil;&atilde;o entre os indiv&iacute;duos e seu impacto em suas respostas fisiol&oacute;gicas, baseados em conceitos do psic&oacute;logo Michael Richardson.</p> <p style="margin-bottom: 1em; color: rgb(43, 36, 84); font-family: Arial; font-size: 14.6667px; text-align: justify;"> <strong>Sobre a artista:&nbsp;</strong>Claudia Robles-Angel &eacute; uma artista audiovisual nascida em Bogot&aacute;, Col&ocirc;mbia, atualmente morando em Col&ocirc;nia, Alemanha, bastante atuante no mundo todo. Seu trabalho e pesquisa abrange diferentes aspectos da arte visual e sonora. Possui p&oacute;s-gradua&ccedil;&atilde;o em Cinema e Anima&ccedil;&atilde;o (1992-1993) no CFP (Mil&atilde;o-It&aacute;lia); M.F.A em (1993-1995) em &Eacute;cole Sup&eacute;rieure d&rsquo;Art Visuel / HEAD (Genebra- Su&iacute;&ccedil;a) e Arte Sonora e Composi&ccedil;&atilde;o Eletr&ocirc;nica na Universidade Folkwang Essen (Alemanha) com o Prof. Dirk Reith (2001-2004). Ela era artista residente na Alemanha, tanto no ZKM em Karlsruhe quanto no KHM, em Col&ocirc;nia. Seu trabalho &eacute; constantemente apresentado n&atilde;o apenas na m&iacute;dia, festivais e confer&ecirc;ncias, mas tamb&eacute;m em exposi&ccedil;&otilde;es coletivas e individuais ao redor do mundo como, por exemplo, o ZKM Center em Karlsruhe; Enter3, em Praga, nas capitais europeias da cultura em Luxemburgo e na Rom&eacute;nia (2007), no KIBLA Multimedia Center em Maribor; no ICMC em Copenhagen, Montreal e Utrecht; no Skulpturenmuseum Glaskasten Marl, o SIGGRAPH Asia em Yokohama (2009), ESPACIO Fundaci&oacute;n Telef&oacute;nica em Buenos Aires, Festival de M&uacute;sica Eletroac&uacute;stica de Nova York, a NIME Conference Oslo (2011), ISEA Istanbul, Manizales, Durban e Gwangju, no LEAP Space for media Art em Berlim,&nbsp; o Audio Festival de Arte da Crac&oacute;via, Harvestworks Digital Arts Center de Nova York, no Nabta Art Center Cairo, Museu de Arte Contempor&acirc;nea de Bogot&aacute;, em MADATAC Festival Madrid, IK Stichting em Vlissingen, ICST ZhdK Zurique, Festival de Arte Digital ADAF Atenas, Museu de Antioquia, Eletromuseu em Moscou e, mais recentemente, na esta&ccedil;&atilde;o Kunst Sankt Peter Cologne.</p> <p style="margin-bottom: 1em; color: rgb(43, 36, 84); font-family: Arial; font-size: 14.6667px; text-align: justify;"> <strong>&nbsp;</strong>-&nbsp;<strong>&ldquo;Vegetal Reality Shelter (VRS), de Guto N&oacute;brega (Brasil)</strong></p> <p style="margin-bottom: 1em; color: rgb(43, 36, 84); font-family: Arial; font-size: 14.6667px; text-align: justify;"> <strong>Sobre a obra</strong><strong>:&nbsp;</strong>Vegetal Reality Shelter (VRS) &eacute; um sistema imersivo criado com base em sons e imagens da natureza e na intera&ccedil;&atilde;o com plantas. Este trabalho &eacute; fruto de uma viv&ecirc;ncia na Floresta Amaz&ocirc;nica organizada pelo LABVERDE, ocorrida durante os 10 dias do programa de resid&ecirc;ncia art&iacute;stica na Reserva Florestal Adolpho Ducke. Trata-se de um pequeno domo imersivo (abrigo) com base na geometria de guarda-chuvas. Cont&eacute;m um pequeno sistema hidrop&ocirc;nico com plantas, seis canais de &aacute;udio e projetor de v&iacute;deo, combinado ao espelho esf&eacute;rico para proje&ccedil;&atilde;o em domo. No interior desse abrigo, plantas s&atilde;o monitoradas quanto &agrave; resposta galv&acirc;nica de suas folhas, que se altera segundo a respira&ccedil;&atilde;o do visitante quando este entra no espa&ccedil;o e interage com o sistema. Os dados monitorados nas plantas s&atilde;o utilizados para modificar a paisagem sonora e imagens da floresta em formato espelhado. A ideia desse &ldquo;abrigo de realidade vegetal&rdquo; &eacute; criar um sistema que permita ao visitante uma experi&ecirc;ncia virtual da natureza a partir de imagens e sons. Algo que remetesse &agrave; dimens&atilde;o da floresta e o efeito que ela exerce sobre n&oacute;s quando a adentramos. Contudo, trata-se tamb&eacute;m de um di&aacute;logo mediado pelo contato direto com uma planta, posto que esta &eacute; o principal mediador desta experi&ecirc;ncia, que ocorre a partir da presen&ccedil;a do visitante dentro do domo e o ato de sua respira&ccedil;&atilde;o.</p> <p style="margin-bottom: 1em; color: rgb(43, 36, 84); font-family: Arial; font-size: 14.6667px; text-align: justify;"> <strong>Sobre o artista</strong><strong>:&nbsp;</strong>Carlos Augusto Moreira da N&oacute;brega (Guto N&oacute;brega) &eacute; P&oacute;s-Doutor pela UnB, linha Arte e Tecnologia do PPGAV/UnB (2019), &eacute; Doutor (2009) em Interactive Arts pelo Programa de P&oacute;s-Gradua&ccedil;&atilde;o Planetary Collegium, University of Plymouth, UK, onde desenvolveu pesquisa sob orienta&ccedil;&atilde;o do Prof. Roy Ascott. &Eacute; artista, pesquisador, Mestre em Comunica&ccedil;&atilde;o, Tecnologia e Est&eacute;tica pela ECO-UFRJ (2003) e Bacharel em gravura pela EBA/UFRJ (1998). &Eacute; professor associado da EBA/UFRJ, onde leciona desde 1995 e professor permanente do PPGAV/UnB (2018 - atual). Fundou e atua como um dos coordenadores do NANO - N&uacute;cleo de Arte e Novos Organismos, espa&ccedil;o de pesquisa para investiga&ccedil;&atilde;o e cria&ccedil;&atilde;o art&iacute;stica. Foi coordenador do Programa de P&oacute;s-Gradua&ccedil;&atilde;o em Artes Visuais / EBA/UFRJ (2015-2017) e, atualmente, atua como representante da linha Po&eacute;ticas Interdisciplinares no mesmo programa. Desde 2019, &eacute; Bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPq - N&iacute;vel 2.</p> <p style="margin-bottom: 1em; color: rgb(43, 36, 84); font-family: Arial; font-size: 14.6667px; text-align: justify;"> - &ldquo;<strong>Emancipac&iacute;on Microbiana&rdquo;, de Maro Pebo (M&eacute;xico):</strong></p> <p style="margin-bottom: 1em; color: rgb(43, 36, 84); font-family: Arial; font-size: 14.6667px; text-align: justify;"> <strong>Sobre a obra</strong><strong>:&nbsp;</strong>A obra Emancipaci&oacute;n Microbiana pretende tornar vis&iacute;vel a rela&ccedil;&atilde;o profunda entre humanos e bact&eacute;rias. Uma bact&eacute;ria ancestral engolida por um micro-organismo foi capaz de sobreviver em simbiose, fornecendo ao hospedeiro energia e genes &uacute;teis, transformando-se em mitoc&ocirc;ndrias. Na obra de Maro Pebo, as mitoc&ocirc;ndrias s&atilde;o extra&iacute;das das c&eacute;lulas da artista e exibidas ao p&uacute;blico em um recept&aacute;culo de admira&ccedil;&atilde;o. A mitoc&ocirc;ndria fora do organismo n&atilde;o consegue sobreviver por conta pr&oacute;pria, o que prova nossa rela&ccedil;&atilde;o profunda com os micro-organismos. Em torno do relic&aacute;rio, um v&iacute;deo mostra o processo de simbiog&ecirc;nese, libera&ccedil;&atilde;o e sacrif&iacute;cio da mitoc&ocirc;ndria. A artista deseja enquadrar e visualizar o fato bem conhecido de que nosso relacionamento com os micro-organismos &eacute; mais profundo. As bact&eacute;rias n&atilde;o est&atilde;o apenas em toda parte, mas tamb&eacute;m de alguma forma, dentro. A vida animal e vegetal &eacute; poss&iacute;vel gra&ccedil;as a essa rela&ccedil;&atilde;o profundamente &iacute;ntima.</p> <p style="margin-bottom: 1em; color: rgb(43, 36, 84); font-family: Arial; font-size: 14.6667px; text-align: justify;"> <strong>Sobre a artista</strong><strong>:&nbsp;</strong>Nascida na Cidade do M&eacute;xico, Mariana P&eacute;rez Bobadilla &eacute; uma historiadora de arte e bi&oacute;loga DIY, que se preocupa com as interse&ccedil;&otilde;es entre arte, ci&ecirc;ncia e tecnologia. Ela recebeu uma Bolsa Erasmus Mundus para fazer um Mestrado em Estudos de G&ecirc;nero na Universidade de Bolonha, It&aacute;lia, pesquisando Epistemologia Feminista e Arte Contempor&acirc;nea. Apresentou seu trabalho no ISEA, 2012, e esteve envolvida no Pavilh&atilde;o Mexicano da 56&ordf; Bienal de Veneza. Sua forma&ccedil;&atilde;o acad&ecirc;mica inclui cursos com Rosi Braidotti, Magali Arreola e o curso de curadores internacionais da Bienal de Arte de Gwangju, 2014, na Coreia do Sul. Concedida pelo Hong Kong PhD Fellowship Scheme, sua pesquisa na School of Creative Media gira em torno de Arte e Biologia, Epistemologia, Hist&oacute;ria da Ci&ecirc;ncia, hist&oacute;rias de representa&ccedil;&atilde;o em tempos profundos, Novo Materialismo, Biohacking, Wetware e bact&eacute;rias. A obsess&atilde;o de Maro Pebo s&atilde;o bact&eacute;rias e outros micro-organismos e seu interesse &eacute; na tradu&ccedil;&atilde;o do discurso acad&ecirc;mico em experi&ecirc;ncias reflexivas. Sua preocupa&ccedil;&atilde;o particular &eacute; produzir discurso sobre as (bio) tecnologias que moldam a vida das pessoas.</p> <p style="margin-bottom: 1em; color: rgb(43, 36, 84); font-family: Arial; font-size: 14.6667px; text-align: justify;"> <strong>- &ldquo;Estrelas no Deserto&rdquo;</strong><strong>, Felipe Carrelli (Brasil)&nbsp;</strong></p> <p style="margin-bottom: 1em; color: rgb(43, 36, 84); font-family: Arial; font-size: 14.6667px; text-align: justify;"> <strong>Sobre a obra</strong><strong>:&nbsp;</strong>A obra apresenta um trabalho de co-cria&ccedil;&atilde;o do document&aacute;rio em realidade virtual &ldquo;Estrelas do Deserto&rdquo;,&nbsp; que busca, por meio da divulga&ccedil;&atilde;o da cosmovis&atilde;o do povo saaraui, denunciar a situa&ccedil;&atilde;o de ref&uacute;gio dessa popula&ccedil;&atilde;o do Saara Ocidental desde 1975. Assim, o usu&aacute;rio ser&aacute; transportado ao universo virtual imersivo (360) da obra e dos depoimentos, em um p&aacute;tio circular localizado em um dos campos de refugiados, sob uma linda noite com c&eacute;u estrelado. Na sua frente, estar&aacute; uma mulher saaraui, vestindo sua Melfa, preparando um ch&aacute;. Ela, ent&atilde;o, come&ccedil;a a contar lendas e contos sobre a cosmovis&atilde;o saaraui, vinculando essas hist&oacute;rias &agrave; situa&ccedil;&atilde;o pol&iacute;tica e social na qual os refugiados est&atilde;o submetidos desde 1975.</p> <p style="margin-bottom: 1em; color: rgb(43, 36, 84); font-family: Arial; font-size: 14.6667px; text-align: justify;"> <strong>Sobre o artista:&nbsp;</strong>Mestrando do Programa de P&oacute;s-Gradua&ccedil;&atilde;o em M&iacute;dias Criativas (PPGMC / UFRJ) e co-coordenador do projeto de divulga&ccedil;&atilde;o cient&iacute;fica GalileoMobile, Felipe Carrelli &eacute; graduado em Imagem e Som pela Universidade Federal de S&atilde;o Carlos (UFSCar -2010) e especialista em Divulga&ccedil;&atilde;o e Populariza&ccedil;&atilde;o da Ci&ecirc;ncia (Fiocruz - 2019). Tem experi&ecirc;ncia na &aacute;rea de Audiovisual com &ecirc;nfase em document&aacute;rio. Dirigiu e editou tr&ecirc;s document&aacute;rios de longas-metragem: Ano-Luz (2015), Leila (2016) e Feij&atilde;o (2018).&nbsp; Tamb&eacute;m atuou como editor-chefe nas produtoras Filmes para Bailar (S&atilde;o Paulo, 2011 - 2014) e Gr&atilde;o Filmes (S&atilde;o Paulo, 2015), al&eacute;m de diretor e editor na MATV (Montr&eacute;al, 2016).</p> <p style="margin-bottom: 1em; color: rgb(43, 36, 84); font-family: Arial; font-size: 14.6667px; text-align: justify;"> -&nbsp;<strong>&ldquo;obs-cu-ra&rdquo;</strong>, de&nbsp;<strong>Bruno Alencastro</strong>&nbsp;(<strong>Brasil):&nbsp;</strong></p> <p style="margin-bottom: 1em; color: rgb(43, 36, 84); font-family: Arial; font-size: 14.6667px; text-align: justify;"> <strong>Sobre a obra</strong><strong>:&nbsp;</strong>obs-cu-ra &eacute; uma s&eacute;rie de fotografias concebida pelo fot&oacute;grafo Bruno Alencastro, inicialmente, da janela do 4&ordm; andar do apartamento onde vive no bairro Copacabana, no Rio de Janeiro. De l&aacute;, a ideia de um ensaio fotogr&aacute;fico passou para as resid&ecirc;ncias de mais 12 fot&oacute;grafos(as) brasileiros(as), tamb&eacute;m em isolamento social e dirigidos por Alencastro, que aceitaram transformar suas casas em c&acirc;meras obscuras de grande formato e capturaram a vida em tempos de pandemia. Cada qual com a sua singularidade. Conquistas e perdas. Anseios e privil&eacute;gios. Medos e esperan&ccedil;as!&nbsp; Um lugar que passa a ser ressignificado por diferentes artistas contempor&acirc;neos ao redor do mundo em tempos de Covid-19. Nos dias de hoje, a janela passa a representar a fronteira e o abismo entre o mundo exterior e o interior. A liberdade e o confinamento. O resultado &eacute; um ensaio fotogr&aacute;fico caracterizado por uma atmosfera sombria e enigm&aacute;tica, tal como o indecifr&aacute;vel futuro, que ningu&eacute;m sabe ao certo como ser&aacute;. At&eacute; l&aacute;, o contato com o mundo exterior segue acontecendo atrav&eacute;s dessa moldura limitada do real, a representa&ccedil;&atilde;o de uma vida em muta&ccedil;&atilde;o. Um presente que nos faz pensar sobre o passado em busca de respostas para quando tudo isso passar.</p> <p style="margin-bottom: 1em; color: rgb(43, 36, 84); font-family: Arial; font-size: 14.6667px; text-align: justify;"> <strong>Sobre o artista:&nbsp;</strong>Bruno Alencastro &eacute; especialista em narrativas visuais com experi&ecirc;ncia em fotografia, v&iacute;deo e produ&ccedil;&atilde;o de conte&uacute;do digital. Mestre em Comunica&ccedil;&atilde;o pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos - Unisinos, autor da disserta&ccedil;&atilde;o &quot;Das ruas para as redes: usos, apropria&ccedil;&otilde;es e pr&aacute;ticas cidad&atilde;s desenvolvidas pelos fot&oacute;grafos populares da Favela da Mar&eacute;&quot;. Professor nas gradua&ccedil;&otilde;es de Jornalismo, Publicidade e Propaganda, Design e Fotografia da Unisinos, entre 2014 e 2018. Em 2018, concluiu a especializa&ccedil;&atilde;o Fotojornalismo e Fotografia Social no Centro de Fotograf&iacute;a y Medios Documentales de Barcelona - CFD BARCELONA. De 2010 a 2018, foi rep&oacute;rter fotogr&aacute;fico nos jornais Sul 21, Correio do Povo e Zero Hora, onde tamb&eacute;m exerceu o cargo de Editor de Fotografia.</p> <p style="margin-bottom: 1em; color: rgb(43, 36, 84); font-family: Arial; font-size: 14.6667px; text-align: justify;"> -&nbsp;<strong>Obra: &ldquo;O C&eacute;u na Terra&rdquo;, de Luciana Ohira e S&eacute;rgio Bonilha (Brasil)&nbsp;</strong></p> <p style="margin-bottom: 1em; color: rgb(43, 36, 84); font-family: Arial; font-size: 14.6667px; text-align: justify;"> <strong>Sobre a obra</strong></p> <p style="margin-bottom: 1em; color: rgb(43, 36, 84); font-family: Arial; font-size: 14.6667px; text-align: justify;"> &ldquo;O Ce&uacute; na Terra&rdquo; &eacute; uma instala&ccedil;&atilde;o que utiliza dispositivos do cotidiano (mobili&aacute;rio urbano, redes telem&aacute;ticas e sistemas de vigil&acirc;ncia) para construir pequenas &aacute;reas de descanso, dedicadas &agrave; observa&ccedil;&atilde;o de aves. A obra combina camadas f&iacute;sicas e virtuais, acontecendo simultaneamente em ambas. A instala&ccedil;&atilde;o f&iacute;sica est&aacute; no campus da Universidade Federal do Mato Grosso (UFMS), em Campo Grande. Fisicamente, constitui-se de um alimentador para p&aacute;ssaros equipado com um sistema de v&iacute;deo-vigil&acirc;ncia, e, virtualmente, oferece uma interface de visualiza&ccedil;&atilde;o das imagens obtidas pelo referido sistema. No ambiente virtual, ser&aacute; poss&iacute;vel ver uma vers&atilde;o 3D da estrutura f&iacute;sica da obra, por&eacute;m as imagens ser&atilde;o geradas pela estrutura que est&aacute; em Campo Grande. Assim, &eacute; poss&iacute;vel observar p&aacute;ssaros silvestres, em vez de guardar a propriedade. Considerando o conceito de &lsquo;commons&rsquo; (comum), abordado por Michael Hardt em &quot;O Comum no Comunismo&quot;, as aves silvestres s&atilde;o um claro exemplo de comum. Sendo assim, &ldquo;O Ce&uacute; na Terra&rdquo; prop&otilde;e o questionamento de din&acirc;micas sociais estabelecidas pela naturaliza&ccedil;&atilde;o da no&ccedil;&atilde;o de propriedade (seja ela privada ou estatal) e pretende funcionar como um ponto de desacelera&ccedil;&atilde;o e contato com camadas discretas da cidade, tais como o som e imagem de uma ave alimentando-se. O objetivo dos artistas &eacute; criar uma met&aacute;fora imanente do livre viver.</p> <p style="margin-bottom: 1em; color: rgb(43, 36, 84); font-family: Arial; font-size: 14.6667px; text-align: justify;"> <strong>Sobre os artistas</strong></p> <p style="margin-bottom: 1em; color: rgb(43, 36, 84); font-family: Arial; font-size: 14.6667px; text-align: justify;"> Luciana Ohira (S&atilde;o Paulo, 1983) e Sergio Bonilha (S&atilde;o Paulo, 1976) s&atilde;o graduados em Artes Visuais e t&ecirc;m mestrado em Po&eacute;ticas Visuais pela Universidade de S&atilde;o Paulo. S&eacute;rgio tem doutorado em Po&eacute;ticas Visuais, tamb&eacute;m pela Universidade de S&atilde;o Paulo, e leciona desde 2016 na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul.</p> <p style="margin-bottom: 1em; color: rgb(43, 36, 84); font-family: Arial; font-size: 14.6667px; text-align: justify;"> <strong>- Obra: &ldquo;Untangling Noises of Matter&rdquo;, Louise Braddock Clarke (Pa&iacute;ses Baixos)</strong></p> <p style="margin-bottom: 1em; color: rgb(43, 36, 84); font-family: Arial; font-size: 14.6667px; text-align: justify;"> <strong>Sobre a obra</strong></p> <p style="margin-bottom: 1em; color: rgb(43, 36, 84); font-family: Arial; font-size: 14.6667px; text-align: justify;"> &quot;Untangling Noises of Matter&quot; &eacute; um document&aacute;rio que entra no plano de um dep&oacute;sito de min&eacute;rio de ferro, onde uma geo-ferramenta projetada mapeia a paisagem artificial. Os dados magn&eacute;ticos armazenados em tempo profundo s&atilde;o interrompidos pela escava&ccedil;&atilde;o, extra&ccedil;&atilde;o e realoca&ccedil;&atilde;o de metais, que calibram novas coordenadas eletromagn&eacute;ticas. Louise Braddock desenvolveu uma ferramenta para tornar os campos invis&iacute;veis aud&iacute;veis. O filme mostra o territ&oacute;rio vivo de min&eacute;rio de ferro se movendo al&eacute;m de suas part&iacute;culas f&iacute;sicas, em uma cacofonia de ru&iacute;do e informa&ccedil;&atilde;o. Isso orienta o observador no espectro perceptivo de p&aacute;ssaros, que possuem sensibilidades para sintonizar essas frequ&ecirc;ncias ecol&oacute;gicas, assim mudando suas navega&ccedil;&otilde;es. Como um filme que documenta o movimento global do metal no planeta, do Brasil para o Holanda, as colabora&ccedil;&otilde;es ocorreram dentro de empresas de metal privadas no Maasvlakte (Europort Rotterdam), Institutos de Ci&ecirc;ncias, Conservat&oacute;rios e Museus de Minerais. Ouvindo e lendo as estruturas met&aacute;licas do nosso tempo, uma abertura ao passado, emergem filosofias presentes e futuras.</p> <p style="margin-bottom: 1em; color: rgb(43, 36, 84); font-family: Arial; font-size: 14.6667px; text-align: justify;"> <strong>Sobre o autor</strong></p> <p style="margin-bottom: 1em; color: rgb(43, 36, 84); font-family: Arial; font-size: 14.6667px; text-align: justify;"> Louis Braddock Clarke trabalha como pesquisador e profissional criativo interpretando no&ccedil;&otilde;es dos dom&iacute;nios da arte, geografia, f&iacute;sica e filosofia. Atrav&eacute;s desta abordagem multidisciplinar, uma investiga&ccedil;&atilde;o experimental se desdobra mesclando teorias cient&iacute;ficas e conceituais para materializar nos meios contempor&acirc;neos. A rela&ccedil;&atilde;o de Braddock Clarke com as artes geogr&aacute;ficas est&aacute; embutida em seus anos de forma&ccedil;&atilde;o em Cornwall, Reino Unido, onde ele foi cercado por charnecas, quoits de granito, isolinhas m&oacute;veis, minas de estanho, etc. Estas energias da Terra tornaram-se fundamentais para seus m&eacute;todos de pesquisa em curso relacionados com tecnologias e terrenos. Atrav&eacute;s da produ&ccedil;&atilde;o de geo-ferramentas que ele mesmo desenvolve, Braddock Clarke mede e registra superf&iacute;cies antigas, atuais e futuras da Terra. O encontro de espectros de superf&iacute;cie e ferramentas tecnol&oacute;gicas s&atilde;o centrais para a pr&aacute;tica art&iacute;stica de Louis Braddock Clarke. Seu trabalho foi mostrado em museus e galerias, bem como em sites locais espec&iacute;ficos de armaz&eacute;ns, portos mar&iacute;timos, topos de colinas e cinemas em todo o Reino Unido, Holanda e China.</p> <p style="margin-bottom: 1em; color: rgb(43, 36, 84); font-family: Arial; font-size: 14.6667px; text-align: justify;"> <strong>- Obras: &ldquo;Silver Tree: the sounds of wind through the crystalline forest&rdquo;;&nbsp; &ldquo;Saturn&rsquo;s Breath&rdquo;;&nbsp; &ldquo;Think Like a Mountain&rdquo;, de Penelope Cain (Austr&aacute;lia):</strong></p> <p style="margin-bottom: 1em; color: rgb(43, 36, 84); font-family: Arial; font-size: 14.6667px; text-align: justify;"> <strong>Sobre as obras</strong></p> <p style="margin-bottom: 1em; color: rgb(43, 36, 84); font-family: Arial; font-size: 14.6667px; text-align: justify;"> As obras de Penepole Cain s&atilde;o multim&iacute;dia (esculturas e v&iacute;deos) e frutos de um projeto de pesquisa do caminho da minera&ccedil;&atilde;o de prata, cunhada em d&oacute;lares de prata espanh&oacute;is, que acabaram sendo enviados para Austr&aacute;lia na d&eacute;cada de 1790, para finalidade de primeira moeda local da col&ocirc;nia australiana. Este d&oacute;lar colonial espanhol, feito no M&eacute;xico, da prata da Am&eacute;rica Latina, foi enviada da &Iacute;ndia para a Austr&aacute;lia para fazer uma moeda local e moeda fiduci&aacute;ria.</p> <p style="margin-bottom: 1em; color: rgb(43, 36, 84); font-family: Arial; font-size: 14.6667px; text-align: justify;"> Grande parte da prata usada nessas moedas foi extra&iacute;da de Potos&iacute;, na Bol&iacute;via, local do maior dep&oacute;sito de prata do mundo. P&oacute; de chumbo liberado da minera&ccedil;&atilde;o, esta prata soprou pelos Andes, sendo o chumbo, com a impress&atilde;o digital isot&oacute;pica &uacute;nica, encontrado na g&aacute;lea de Potos&iacute; e detectado em amostras de calota de gelo icecores em Quelccaya, Peru, a maior calota de gelo tropical e local de extensas pesquisas clim&aacute;ticas. Os icecores s&atilde;o colunas verticais de gelo extra&iacute;das da massa de gelo. O gelo cont&eacute;m ar preso pela queda de neve, que &eacute; depois comprimido ao longo de anos e s&eacute;culos. A atmosfera, a poeira e as impurezas do ar est&atilde;o embutidas no gelo. Portanto, a minera&ccedil;&atilde;o e a produ&ccedil;&atilde;o econ&ocirc;mica da mina de Potos&iacute; ao longo de centenas de anos podem ser mapeadas nos n&iacute;veis de chumbo detectado nessas colunas verticais de gelo de uma geleira remota a centenas de quil&ocirc;metros de dist&acirc;ncia. A po&eacute;tica da conectividade do mundo pelos s&eacute;culos, escrita em &aacute;gua e poeira. Essa massa de gelo glacial est&aacute; encolhendo com as mudan&ccedil;as clim&aacute;ticas e a previs&atilde;o &eacute; que seja totalmente perdida em 50 anos. Toda a hist&oacute;ria dessa prata e chumbo, em 2019, foi mapeada por Penelope Cain, da Austr&aacute;lia ao Peru, e depois at&eacute; a Dinamarca, de onde os dados de chumbo de amostras de Quelccaya icecore foram analisadas. Como parte desta pesquisa, tamb&eacute;m foram mapeadas as margens ocidentais da calota polar, como teria sido entre os anos de 1798 e 1998, uma janela de 200 anos, do ano em que a moeda na Austr&aacute;lia foi cunhada at&eacute; o ano em que o protocolo de Kyoto foi assinado. Esta linha, inscrita na terra por gelo em rochas, denota o efeito das mudan&ccedil;as clim&aacute;ticas nesta paisagem, por meio desta janela de 200 anos de atitudes, coloniza&ccedil;&otilde;es e pensamento econ&ocirc;mico em rela&ccedil;&atilde;o ao meio ambiente.</p> <p style="margin-bottom: 1em; color: rgb(43, 36, 84); font-family: Arial; font-size: 14.6667px; text-align: justify;"> Para finalizar sua pesquisa e mapeamento, a artista foi auxiliada por cientistas do clima e ge&oacute;logos em cinco institui&ccedil;&otilde;es ao redor do mundo, incluindo o Instituto Nacional de Pesquisa sobre Geleiras e Ecossistemas de Montanha, no Peru. As obras multim&iacute;dias de Cain com v&iacute;deos e esculturas do processo pretendem apresentar tamb&eacute;m, por meio de um 3D, a representa&ccedil;&atilde;o da paisagem e o som da respira&ccedil;&atilde;o, al&eacute;m do som do canto de uma can&ccedil;&atilde;o popular tradicional quechua contra o tamanho da massa de gelo em regress&atilde;o.</p> <p style="margin-bottom: 1em; color: rgb(43, 36, 84); font-family: Arial; font-size: 14.6667px; text-align: justify;"> <strong>Sobre a artista</strong></p> <p style="margin-bottom: 1em; color: rgb(43, 36, 84); font-family: Arial; font-size: 14.6667px; text-align: justify;"> Penelope Cain &eacute; uma artista interdisciplinar que trabalha entre fotografia, v&iacute;deo e instala&ccedil;&atilde;o de uma forma ampliada e de modo a contar hist&oacute;rias. Ela tem um MFA da University of Sydney (2016) e forma&ccedil;&atilde;o em ci&ecirc;ncia da pesquisa. Exp&ocirc;s e realizou projetos baseados em pesquisa em Sydney, Roma, Londres e Broken Hill. Mais recentemente, recebeu a Bolsa de Viagem Artistas do Memorial Fauvette Loureiro (2018) para realizar pesquisa de campo no Peru e na Dinamarca, documentando a paisagem antropog&ecirc;nica de uma calota polar em recuo. Tamb&eacute;m foi finalista do Pr&ecirc;mio Sulman, Galeria de Arte de NSW (2016), do Glenfiddich Contemporary Art Prize (2017) e realizou resid&ecirc;ncias premiadas em Paris, Taipei, Peru e Roma.</p> <p style="margin-bottom: 1em; color: rgb(43, 36, 84); font-family: Arial; font-size: 14.6667px; text-align: justify;"> <strong>- Obra: &ldquo;The universe according to Dan Buckley&rdquo;, de Roberto Santiaguida (Canad&aacute;)</strong></p> <p style="margin-bottom: 1em; color: rgb(43, 36, 84); font-family: Arial; font-size: 14.6667px; text-align: justify;"> <strong>Sobre a obra</strong></p> <p style="margin-bottom: 1em; color: rgb(43, 36, 84); font-family: Arial; font-size: 14.6667px; text-align: justify;"> No come&ccedil;o n&atilde;o havia nada. Voc&ecirc; pode conseguir nada facilmente. A obra &eacute; um filme narrado e escrito por Dan Buckley, que abre o v&eacute;u sobre as origens e o futuro do universo. Ele investiga a desordem e o deleite que proliferam no meio; os mundos e ideias que se chocam uns contra os outros e, &agrave;s vezes, colidem. Uma reflex&atilde;o sobre a atribui&ccedil;&atilde;o de sentido e o afastamento de preconceitos em queda livre.</p> <p style="margin-bottom: 1em; color: rgb(43, 36, 84); font-family: Arial; font-size: 14.6667px; text-align: justify;"> <strong>Sobre o artista</strong></p> <p style="margin-bottom: 1em; color: rgb(43, 36, 84); font-family: Arial; font-size: 14.6667px; text-align: justify;"> Desde que concluiu seus estudos em produ&ccedil;&atilde;o de filmes na Universidade Concordia de Montreal, os filmes de Roberto Santaguida foram exibidos em mais de 300 festivais internacionais. Ele participou de resid&ecirc;ncias art&iacute;sticas em v&aacute;rios pa&iacute;ses, incluindo Ir&atilde;, Rom&ecirc;nia, Alemanha, Noruega e Austr&aacute;lia. Roberto &eacute; o destinat&aacute;rio do K.M. Hunter Artist&nbsp; e bolsista da Akademie Schloss Solitude, na Alemanha.</p> <p style="margin-bottom: 1em; color: rgb(43, 36, 84); font-family: Arial; font-size: 14.6667px; text-align: justify;"> &nbsp;</p> <p style="margin-bottom: 1em; color: rgb(43, 36, 84); font-family: Arial; font-size: 14.6667px; text-align: justify;"> <strong>:: SOBRE O MM GERDAU O MM Gerdau &ndash; Museu das Minas e do Metal ::</strong></p> <p style="margin-bottom: 1em; color: rgb(43, 36, 84); font-family: Arial; font-size: 14.6667px; text-align: justify;"> &nbsp;|@mmgerdau | &nbsp;</p> <p style="margin-bottom: 1em; color: rgb(43, 36, 84); font-family: Arial; font-size: 14.6667px; text-align: justify;"> O&nbsp;<strong>MM Gerdau &ndash; Museu das Minas e do Metal</strong>, integrante do Circuito Liberdade desde 2010, &eacute; um museu de ci&ecirc;ncia e tecnologia que apresenta de forma l&uacute;dica e interativa a hist&oacute;ria da minera&ccedil;&atilde;o e da metalurgia. Em 20 &aacute;reas expositivas, est&atilde;o 44 exposi&ccedil;&otilde;es que apresentam, por meio de personagens hist&oacute;ricos e fict&iacute;cios, os min&eacute;rios, os minerais e a diversidade do universo da Geoci&ecirc;ncias.</p> <p style="margin-bottom: 1em; color: rgb(43, 36, 84); font-family: Arial; font-size: 14.6667px; text-align: justify;"> O Pr&eacute;dio Rosa da Pra&ccedil;a da Liberdade, sede do Museu, foi inaugurado em 1897, juntamente com Belo Horizonte. Tombado pelo Instituto Estadual do Patrim&ocirc;nio Hist&oacute;rico e Art&iacute;stico (IEPHA), o edif&iacute;cio passou por meticuloso trabalho de restauro, que constatou que a decora&ccedil;&atilde;o interna seguiu o gosto afrancesado da &eacute;poca, com vocabul&aacute;rio neocl&aacute;ssico e art nouveau.&nbsp; O projeto arquitet&ocirc;nico para a nova finalidade do Pr&eacute;dio Rosa, que j&aacute; foi Secretaria do Interior e da Educa&ccedil;&atilde;o, foi feito por Paulo Mendes da Rocha e a expografia, que usa a tecnologia como aliada da mem&oacute;ria e da experi&ecirc;ncia, &eacute; de Marcello Dantas.</p> <p style="margin-bottom: 1em; color: rgb(43, 36, 84); font-family: Arial; font-size: 14.6667px; text-align: justify;"> O Museu funciona de ter&ccedil;a a domingo, das 12 &agrave;s 18h, e na quinta, das 12 &agrave;s 22h, entrada franca. Para al&eacute;m da exposi&ccedil;&atilde;o permanente, o MM Gerdau oferece uma programa&ccedil;&atilde;o diversa e para todas as idades. Todas as atividades s&atilde;o gratuitas.</p> <p style="margin-bottom: 1em; color: rgb(43, 36, 84); font-family: Arial; font-size: 14.6667px; text-align: justify;"> O MM Gerdau &ndash; Museu das Minas e do Metal &eacute; patrocinado pela Gerdau, via lei Federal de Incentivo &agrave; Cultura, com o apoio da Companhia Brasileira de Metalurgia e Minera&ccedil;&atilde;o (CBMM).</p> <p style="margin-bottom: 1em; color: rgb(43, 36, 84); font-family: Arial; font-size: 14.6667px; text-align: justify;"> <strong>SOBRE OS PARCEIROS INSTITUCIONAIS</strong></p> <p style="margin-bottom: 1em; color: rgb(43, 36, 84); font-family: Arial; font-size: 14.6667px; text-align: justify;"> <strong>FAD (Festival de Arte Digital)&nbsp;</strong>&eacute; um encontro de novas tend&ecirc;ncias das artes tecnol&oacute;gicas. Desde 2007, o Festival de Arte Digital vem difundindo os temas da Arte atrav&eacute;s de Novas Tecnologias. Neste per&iacute;odo, o FAD foi premiado duas vezes nacionalmente pelo Minist&eacute;rio da Cultura sobre a explora&ccedil;&atilde;o inventiva de novas tecnologias no campo da arte e da comunica&ccedil;&atilde;o. Em 2018, realizou especialmente a primeira edi&ccedil;&atilde;o da Bienal de Arte Digital, com o tema &ldquo;Linguagens H&iacute;bridas&rdquo;, refor&ccedil;ando a reflex&atilde;o sobre as aproxima&ccedil;&otilde;es entre arte, ci&ecirc;ncia e tecnologia, e com a miss&atilde;o de, a cada dois anos, valorizar o pensamento cr&iacute;tico sobre os processos digitais e tecnol&oacute;gicos da vida e na arte.</p> <p style="margin-bottom: 1em; color: rgb(43, 36, 84); font-family: Arial; font-size: 14.6667px; text-align: justify;"> <strong>A Funda&ccedil;&atilde;o de Amparo &agrave; Pesquisa do Estado de Minas Gerais &ndash; FAPEMIG</strong>&nbsp;&ndash;&nbsp;&eacute; a ag&ecirc;ncia respons&aacute;vel por induzir e fomentar a pesquisa e a inova&ccedil;&atilde;o cient&iacute;fica e tecnol&oacute;gica em territ&oacute;rio mineiro.&nbsp;&nbsp;Suas a&ccedil;&otilde;es incluem o financiamento de projetos de pesquisa, a concess&atilde;o de bolsas, parcerias internacionais, dentre outras. A divulga&ccedil;&atilde;o do conhecimento para toda a popula&ccedil;&atilde;o tamb&eacute;m est&aacute; entre suas diretrizes, o que &eacute; feito por meio de projetos pr&oacute;prios e de parcerias, que envolvem diversos canais e linguagens. Conhe&ccedil;a mais sobre a FAPEMIG em&nbsp;<a href="http://www.fapemig.br/" rel="noreferrer" style="color: rgb(51, 51, 51);" target="_blank">www.fapemig.br</a></p> <p style="margin-bottom: 1em; color: rgb(43, 36, 84); font-family: Arial; font-size: 14.6667px; text-align: justify;"> A<strong>&nbsp;Funda&ccedil;&atilde;o de Desenvolvimento da Pesquisa (Fundep)</strong>&nbsp;&eacute; uma institui&ccedil;&atilde;o que apoia e viabiliza projetos da UFMG e outros importantes centros acad&ecirc;micos e cient&iacute;ficos do Brasil. Alinhada &agrave;s tend&ecirc;ncias internacionais da economia do conhecimento, a Fundep &eacute; vanguarda na transforma&ccedil;&atilde;o dos saberes gerados nas universidades em produtos e servi&ccedil;os para o mercado. Foi a primeira Funda&ccedil;&atilde;o de Apoio a criar uma ag&ecirc;ncia para identificar, investir e desenvolver neg&oacute;cios inovadores de origem acad&ecirc;mica &ndash; a Fundepar. Tamb&eacute;m atua h&aacute; 16 edi&ccedil;&otilde;es pr&eacute;-acelerando neg&oacute;cios com o Programa Lemonade (17a. do mundo em n&uacute;mero de startups) e o OutLab, conectando a academia aos ambientes de neg&oacute;cios e inova&ccedil;&atilde;o. No Edital CoMci&ecirc;ncia - Ocupa&ccedil;&atilde;o em Arte, Ci&ecirc;ncia e Tecnologia de 2020, a Fundep &eacute; parceira na divulga&ccedil;&atilde;o da oportunidade a pesquisadores das &aacute;reas de arte, ci&ecirc;ncia e tecnologia e ao mercado, que assim como n&oacute;s, valoriza as formas de express&atilde;o como est&iacute;mulos &agrave; inspira&ccedil;&atilde;o, criatividade e mem&oacute;ria da pot&ecirc;ncia que &eacute; a arte brasileira.&nbsp;</p>

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