Bom Dia - O Diário do Médio Piracicaba

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16/07/2020 14h55

Gigante de minera??o BHP ser? processada no Reino Unido por desastre de Mariana

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<p style="margin-bottom: 1em; color: rgb(38, 38, 38); font-family: Arial; font-size: 14.6667px; text-align: justify; text-shadow: none !important; box-shadow: none !important;"> A audi&ecirc;ncia do caso de a&ccedil;&atilde;o coletiva contra a BHP por sua &quot;responsabilidade final&quot; pelo&nbsp;<a href="https://pgmbm.com/pt-br/casos/meio-ambiente/samarco/?utm_source=pr&amp;utm_medium=release&amp;utm_campaign=mariana&amp;utm_content=begin" rel="noreferrer" style="text-shadow: none !important; box-shadow: none !important; color: rgb(1, 134, 186); outline: none;" target="_blank">desastre da barragem de Mariana</a>&nbsp;em 2015, que matou 19 pessoas,&nbsp; deixou centenas de desabrigados e causou extensos danos ambientais, come&ccedil;ar&aacute; em Manchester, Inglaterra, em 22 de julho.</p> <p style="margin-bottom: 1em; color: rgb(38, 38, 38); font-family: Arial; font-size: 14.6667px; text-align: justify; text-shadow: none !important; box-shadow: none !important;"> A empresa anglo-australiana BHP, uma das controladoras da Samarco, ser&aacute; processada por danos estimados em&nbsp; &pound; 5 bilh&otilde;es, o equivalente a R$ 33 bilh&otilde;es. A a&ccedil;&atilde;o coletiva &eacute; movida por mais de 200.000 indiv&iacute;duos, 25 munic&iacute;pios, 530 empresas, uma arquidiocese cat&oacute;lica e membros da comunidade ind&iacute;gena Krenak. A a&ccedil;&atilde;o coletiva &eacute; apresentada em nome dos reclamantes pelo&nbsp;<a href="https://pgmbm.com/pt-br/?utm_source=pr&amp;utm_medium=release&amp;utm_campaign=mariana&amp;utm_content=begin" rel="noreferrer" style="text-shadow: none !important; box-shadow: none !important; color: rgb(1, 134, 186); outline: none;" target="_blank">escrit&oacute;rio de advocacia internacional</a>&nbsp;PGMBM.</p> <p style="margin-bottom: 1em; color: rgb(38, 38, 38); font-family: Arial; font-size: 14.6667px; text-align: justify; text-shadow: none !important; box-shadow: none !important;"> A audi&ecirc;ncia ouvir&aacute; argumentos sobre se o caso contra a BHP, que tem sede na Inglaterra e na Austr&aacute;lia, pode ser julgado por um tribunal ingl&ecirc;s. Se o caso for julgado na Inglaterra, ser&aacute; o primeiro caso legal de uma grande cat&aacute;strofe ambiental do Brasil ouvida nos tribunais ingleses.</p> <p style="margin-bottom: 1em; color: rgb(38, 38, 38); font-family: Arial; font-size: 14.6667px; text-align: justify; text-shadow: none !important; box-shadow: none !important;"> Os demandantes argumentam que:</p> <ul style="color: rgb(38, 38, 38); font-family: Arial; text-align: justify; text-shadow: none !important; box-shadow: none !important; font-size: 13px !important; line-height: 1em !important;"> <li style="text-shadow: none !important; box-shadow: none !important;"> A BHP ignorou deliberadamente avisos de especialistas sobre a capacidade da barragem.</li> <li style="text-shadow: none !important; box-shadow: none !important;"> Como co-propriet&aacute;ria, a BHP &eacute;, portanto, &quot;em &uacute;ltima inst&acirc;ncia&quot; respons&aacute;vel pelo colapso da barragem.</li> <li style="text-shadow: none !important; box-shadow: none !important;"> A libera&ccedil;&atilde;o do lixo t&oacute;xico causou o pior desastre ambiental da hist&oacute;ria do Brasil, impactando centenas de milhares de pessoas.</li> </ul> <p style="margin-bottom: 1em; color: rgb(38, 38, 38); font-family: Arial; font-size: 14.6667px; text-align: justify; text-shadow: none !important; box-shadow: none !important;"> Segundo Mario Antonio Coelho, prefeito de Barra Longa, munic&iacute;pio de 6.000 habitantes que foi severamente impactado pelo colapso da barragem, &ldquo;a decis&atilde;o de apresentar a reivindica&ccedil;&atilde;o na Inglaterra se deve &agrave; falta de resposta da justi&ccedil;a no Brasil, do 12&ordm; Tribunal Federal ou em qualquer outro lugar &rdquo;.</p> <p style="margin-bottom: 1em; color: rgb(38, 38, 38); font-family: Arial; font-size: 14.6667px; text-align: justify; text-shadow: none !important; box-shadow: none !important;"> Tom Goodhead, s&oacute;cio-gerente do escrit&oacute;rio de advocacia PGMBM, disse: &ldquo;As empresas p&uacute;blicas no topo da estrutura do grupo BHP, que deve assumir a responsabilidade final pelo desastre, at&eacute; agora foram poupadas pela justi&ccedil;a brasileira.</p> <p style="margin-bottom: 1em; color: rgb(38, 38, 38); font-family: Arial; font-size: 14.6667px; text-align: justify; text-shadow: none !important; box-shadow: none !important;"> &ldquo;No entanto, a&nbsp;<a href="https://pgmbm.com/pt-br/casos/meio-ambiente/?utm_source=pr&amp;utm_medium=release&amp;utm_campaign=mariana&amp;utm_content=begin" rel="noreferrer" style="text-shadow: none !important; box-shadow: none !important; color: rgb(1, 134, 186); outline: none;" target="_blank">legisla&ccedil;&atilde;o ambiental</a>&nbsp;brasileira tem um longo alcance e imp&otilde;e estrita responsabilidade por danos ambientais e suas conseq&uuml;&ecirc;ncias mais amplas &agrave;queles que s&atilde;o considerados respons&aacute;veis em &uacute;ltima inst&acirc;ncia, diretamente ou via controle ou propriedade da entidade operacional.&rdquo;</p> <p style="margin-bottom: 1em; color: rgb(38, 38, 38); font-family: Arial; font-size: 14.6667px; text-align: justify; text-shadow: none !important; box-shadow: none !important;"> &quot;Este caso est&aacute; buscando oferecer um pouco de justi&ccedil;a para o impacto imediato e de longo prazo deste desastre nas vidas de milhares de pessoas que foram afetadas, nos meios de subsist&ecirc;ncia destru&iacute;dos e no caos ambiental que foi causado&quot;.</p> <p style="margin-bottom: 1em; color: rgb(38, 38, 38); font-family: Arial; font-size: 14.6667px; text-align: justify; text-shadow: none !important; box-shadow: none !important;"> <strong style="text-shadow: none !important; box-shadow: none !important;">Pano de fundo do caso</strong></p> <p style="margin-bottom: 1em; color: rgb(38, 38, 38); font-family: Arial; font-size: 14.6667px; text-align: justify; text-shadow: none !important; box-shadow: none !important;"> Em 5 de novembro de 2015, a barragem de Fund&atilde;o, perto de Mariana, no estado de Minas Gerais, entrou em colapso, provocando o pior desastre ambiental da hist&oacute;ria do Brasil - mais comumente referido como o desastre da barragem de Mariana.</p> <p style="margin-bottom: 1em; color: rgb(38, 38, 38); font-family: Arial; font-size: 14.6667px; text-align: justify; text-shadow: none !important; box-shadow: none !important;"> A barragem foi usada para armazenar rejeitos de min&eacute;rio de ferro, um res&iacute;duo t&oacute;xico das opera&ccedil;&otilde;es de minera&ccedil;&atilde;o da Samarco Minera&ccedil;&atilde;o SA (Samarco) - uma empresa de propriedade da BHP atrav&eacute;s de uma subsidi&aacute;ria brasileira, ao lado da mineradora brasileira Vale SA.</p> <p style="margin-bottom: 1em; color: rgb(38, 38, 38); font-family: Arial; font-size: 14.6667px; text-align: justify; text-shadow: none !important; box-shadow: none !important;"> A alega&ccedil;&atilde;o afirma que a BHP &eacute; respons&aacute;vel pelo colapso. Alega-se que, atrav&eacute;s da Samarco, eles aumentaram repetidamente a produ&ccedil;&atilde;o de min&eacute;rio de ferro e o armazenamento dos rejeitos t&oacute;xicos, apesar dos fortes avisos de que isso comprometeria a seguran&ccedil;a da barragem.</p> <p style="margin-bottom: 1em; color: rgb(38, 38, 38); font-family: Arial; font-size: 14.6667px; text-align: justify; text-shadow: none !important; box-shadow: none !important;"> O colapso causou o derramamento de cerca de 50 milh&otilde;es de metros c&uacute;bicos de rejeitos de min&eacute;rio de ferro no Rio Doce. O fluxo de lama t&oacute;xico resultante destruiu as cidades vizinhas de Bento Rodrigues e Paracatu de Baixo e percorreu quase 700 km de vias naveg&aacute;veis at&eacute; o Oceano Atl&acirc;ntico, causando estragos ambientais e contaminando a &aacute;gua em seu caminho.</p> <p style="margin-bottom: 1em; color: rgb(38, 38, 38); font-family: Arial; font-size: 14.6667px; text-align: justify; text-shadow: none !important; box-shadow: none !important;"> Desde o colapso, v&aacute;rios processos criminais e civis foram iniciados no Brasil contra os diretores da Samarco, Samarco, Vale e a subsidi&aacute;ria brasileira atrav&eacute;s da qual a BHP detinha sua participa&ccedil;&atilde;o de cinquenta por cento na joint venture.</p> <p style="margin-bottom: 1em; color: rgb(38, 38, 38); font-family: Arial; font-size: 14.6667px; text-align: justify; text-shadow: none !important; box-shadow: none !important;"> No entanto, os lit&iacute;gios relacionados a desastres ambientais no Brasil costumam ser extremamente ineficientes e as v&iacute;timas raramente recebem uma compensa&ccedil;&atilde;o adequada por parte dos tribunais brasileiros pelas perdas que sofreram, dentro de um prazo razo&aacute;vel. Isso &eacute; um dos motivos para que se leve o caso para os tribunais internacionais.</p> <p style="margin-bottom: 1em; color: rgb(38, 38, 38); font-family: Arial; font-size: 14.6667px; text-align: justify; text-shadow: none !important; box-shadow: none !important;"> Na a&ccedil;&atilde;o perante o tribunal de Manchester, o juiz ouvir&aacute; que a capacidade da barragem foi expandida repetidamente, aumentando sua altura. O PGMBM, em nome dos reclamantes, argumentar&aacute; que os avisos &agrave; BHP de que isso representava riscos &agrave; seguran&ccedil;a da barragem - incluindo avisos do engenheiro respons&aacute;vel pelo projeto, al&eacute;m das rachaduras que apareceram na barragem eram sinais precoces de liquefa&ccedil;&atilde;o e ruptura - foram desconsiderados antes do desastre.</p> <p style="margin-bottom: 1em; color: rgb(38, 38, 38); font-family: Arial; font-size: 14.6667px; text-align: justify; text-shadow: none !important; box-shadow: none !important;"> &Agrave; medida em que as inunda&ccedil;&otilde;es t&oacute;xicas avan&ccedil;avam rio abaixo, os munic&iacute;pios vizinhos de Mariana, Barra Longa, Rio Doce e Santa Cruz do Escalvado assistiram &agrave; destrui&ccedil;&atilde;o de pontes, estradas e outras instala&ccedil;&otilde;es urbanas, casas, f&aacute;bricas e estabelecimentos comerciais, igrejas hist&oacute;ricas contendo artefatos de valor inestim&aacute;vel, terras agr&iacute;colas e vida selvagem.</p> <p style="margin-bottom: 1em; color: rgb(38, 38, 38); font-family: Arial; font-size: 14.6667px; text-align: justify; text-shadow: none !important; box-shadow: none !important;"> Os rejeitos continuaram o fluxo at&eacute; chegarem ao curso principal do pr&oacute;prio Rio Doce, deixando um rastro de destrui&ccedil;&atilde;o, poluindo o suprimento de &aacute;gua,&nbsp; cortando o acesso &agrave; &aacute;gua limpa para centenas de milhares de pessoas, paralisando uma usina hidrel&eacute;trica, prejudicando seriamente um grande n&uacute;mero de empresas privadas, danificando terras, edif&iacute;cios, ve&iacute;culos, gado e outras propriedades, matando in&uacute;meros peixes e destruindo ou danificando vastas &aacute;reas de habitat protegido, antes de finalmente chegar ao Oceano Atl&acirc;ntico.</p> <p style="margin-bottom: 1em; color: rgb(38, 38, 38); font-family: Arial; font-size: 14.6667px; text-align: justify; text-shadow: none !important; box-shadow: none !important;"> O desastre causou danos a centenas de milhares de pessoas, mas o impacto em alguns dos povos ind&iacute;genas protegidos que vivem ao longo do curso do rio foi catastr&oacute;fico.</p> <p style="margin-bottom: 1em; color: rgb(38, 38, 38); font-family: Arial; font-size: 14.6667px; text-align: justify; text-shadow: none !important; box-shadow: none !important;"> O povo Krenak, que vive em uma reserva protegida perto de Resplendor, tem uma conex&atilde;o cultural e psicol&oacute;gica com o Rio Doce, que eles chamam de Uatu, um guardi&atilde;o espiritual. Com a chegada da onda de rejeitos ao trecho do Rio Doce, que passa pela reserva ind&iacute;gena, e a massa de peixes mortos e moribundos que a acompanhavam, os Krenaks acreditavam que seu sagrado Uatu havia morrido.</p> <p style="margin-bottom: 1em; color: rgb(38, 38, 38); font-family: Arial; font-size: 14.6667px; text-align: justify; text-shadow: none !important; box-shadow: none !important;"> Os danos &agrave; sua cultura e heran&ccedil;a tradicionais t&ecirc;m sido profundos. Eles n&atilde;o podem mais nadar, tomar banho ou pescar no rio ou beber sua &aacute;gua. Al&eacute;m disso,&nbsp; muitas das plantas que os Krenak coletavam e os animais que eles ca&ccedil;avam ficaram indispon&iacute;veis, causando um grave problema de seguran&ccedil;a alimentar.</p>

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