19/06/2020 08h34
Toda a coragem e talento da bailarina Shirley Malta
Toda a coragem e talento da bailarina Shirley Malta
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O Cenários conversou com a dançarina Shirley Malta, que também é atriz e tá desenvolvendo um trabalho muito interessante durante a pandemia. Ela é professora de ballet no Centro Educacional Sítio do Pica Pau Amarelo. Mas vamos à entrevista...</div>
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CENÁRIOS - Shirley, como a dança entrou na sua vida?</div>
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SHIRLEY MALTA - A dança entrou na minha vida através de meus pais. Sou capixaba e bem nova, com 3 anos comecei a estudar ballet na Escola em que estudava. Tinha aulas de Ballet e piano (quase fui uma pianista também) mas esse mérito ficou para minha irmã Sheila Malta (dom que ela esconde). O ballet sempre foi o melhor jeito de expressar as minhas emoções.</div>
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CENÁRIOS - Você também é atriz. Acha que o aprendizado como atriz acrescenta na dança?</div>
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SHIRLEY MALTA - Se me acrescentou na dança? Muitíssimo! Apesar de formação clássica que é a base do ballet, amo o ballet moderno e contemporâneo e acho que para se expressar bem nessas modalidades o entendimento que o teatro traz de expressão corporal faz diferença no aprendizado. Sou uma bailarina apaixonada por todas as formas de expressão através da “arte de falar com o corpo”. Amo o contemporâneo, moderno, danças folclóricas , e como uma boa brasileira uma amante do samba.</div>
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CENÁRIOS - Quais os maiores espetáculo de que já participou?</div>
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SHIRLEY MALTA - Para mim todos os espetáculos são “grandes”, até aquele que você se apresenta na rua de uma pequena cidade. Mas já interpretei alguns ballets de repertório em Festivais de Cultura e Arte, participei de festivais de popularização da dança e do Teatro, de Festivais de Inverno em Ouro Preto, João Monlevade e até de um festival de Cultura em Jericoacoara- CE. Sou uma bailarina rodada (rsss). Mas talvez pela minha grande admiração ao cantor e compositor Oswaldo Montenegro, participei de uma montagem do espetáculo “Aldeia dos Ventos”, o que me marcou muito por ser dirigida pelo próprio Oswaldo. </div>
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CENÁRIOS - Acredita na “dançaterapia”? Na dança como cura para doenças da alma?</div>
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SHIRLEY MALTA - Não só acredito como sou uma prova disso. Perdi meu pai aos 14 anos e desenvolvi desde então uma depressão a qual teria que conviver por toda minha vida. Posso dizer que a dança foi minha cura e continua sendo. Formei muito nova em Direito, sou advogada com Registro na OAB/MG desde os meus 22 anos, mas nunca abandonei o ballet, faz parte da minha alma, faz parte do meu “equilíbrio emocional “. Dizem que a vida começa aos 40. Acreditando nisso deixei uma carreira “estável” e fui me dedicar inteiramente a dança.Coisa complicada para quem nasceu de uma família de advogados. Mas tenho muito que agradecer a minha mãe Antônia Malta, a minha irmã Sheila Malta e aos meus três filhos Jéssica, Thaís e Mateus que mesmo sacrificados muitas vezes por ter uma mãe vivendo da arte respeitaram que é na dança que me completo. </div>
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CENÁRIOS - Você gosta mais da dança ensaiada, coreografada ou prefere o improviso? </div>
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SHIRLEY MALTA - Por ter como base o ballet clássico fica difícil não querer que as coisas saiam perfeitas... rssss. Claro que se sou responsável por coreografar um espetáculo sou “super perfeccionista “, mas quanto à mim , vou te contar um segredo: sou daquelas bailarinas que não pode ouvir um artista de rua numa multidão que me entrego à dança. Morava em BH e muitas vezes tirei sapatos nas Praças e esquinas para dançar de improviso ao som dos violinos de artistas que fazem da rua seu ganha pão. Tenho enorme admiração por eles.</div>
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CENÁRIOS - Você vem fazendo um trabalho muito lindo de dança via internet com os alunos do Centro Educacional Sitio do Picapau Amarelo. Conte pra gente sobre esse trabalho.</div>
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SHIRLEY MALTA - A Pandemia nos levou a recorrer à tecnologia. O Cespa (Centro Educacional Sitio do Amarelo) é um grande pedaço do meu mundo. Está sendo muito difícil ficar sem o contato físico com as crianças, mas tenho ali uma total liberdade de trabalho. A diretora e proprietária da Escola “Tia Valéria” abraça com muito amor as idéias da arte junto com o aprendizado, e em meio à essa loucura de se adaptar às aulas virtuais me permitiu continuar com as aulas de ballet infantil. É lindo o retorno que se têm. Você prepara a aula para as crianças e as mamães acabam se envolvendo também. Sinto- me honrada de fazer parte de uma Escola Infantil que dá tanto valor à arte.</div>
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CENÁRIOS - Acha que é produtivo o trabalho via internet ou ainda acha que o presencial é imprescindível?</div>
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SHIRLEY MALTA - Sinceramente, nada substitui o contato físico, nós que trabalhamos com a arte sabemos da importância do contato físico, do olho no olho, do valor de uma troca de afeto.</div>
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CENÁRIOS - Existe a profissão de personal dancer? Aquela pessoa que vai na casa das pessoas e ensina a soltar o corpo e desenvolver a dança a partir do estilo de cada pessoa?</div>
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SHIRLEY MALTA - Existe o personall dancer sim. Inclusive tenho alguns alunos aqui na cidade, acho muito importante porque algumas pessoas são extremamente tímidas, e deixam muitas vezes de procurar as Academias por isso. É um trabalho que gosto de fazer.</div>
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CENÁRIOS - O que você aconselharia para aquelas pessoas que tem dificuldades de dançar, por timidez ou por dificuldades com o ritmo. Dá pra vencer essas deficiências?</div>
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SHIRLEY MALTA - As pessoas precisam vencer essa barreira, dançar é inerente ao ser humano. Qualquer movimento que você faz com o corpo pode se transformar em um passo de dança. Todos em qualquer idade podemos aprender a dançar.</div>
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CENÁRIOS - Deixe seus contatos para quem quiser conhecer seu trabalho, links, etc...</div>
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SHIRLEY MALTA - Para quem quiser conhecer meu trabalho estou no Instagram Shirley Fernanda Alonso , no Facebook Shirley Fernanda Malta e para as crianças no Facebook e Instagram do Cespa. Estou montando uma plataforma específica para dança e breve estarei aí lançando nas redes sociais. Muito obrigada pela entrevista e quero deixar uma frase de Nietzche que trago tatuada no corpo e que acho muito verdadeira “ Perdido seja para nós aquele dia em que não se dançou nem uma vez.”</div>