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20/03/2020 07h44

Candeeiro: o construtor de amizades e o jornaleiro do humor

Candeeiro: o construtor de amizades e o jornaleiro do humor

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<div id="cke_pastebin" style="text-align: justify;"> Nossa Jo&atilde;o Monlevade perdeu dois personagens at&iacute;picos no m&ecirc;s de mar&ccedil;o, que de t&atilde;o opostos em seus temperamentos, se esbarravam na amplitude de uma qualidade em comum: a simplicidade que faz t&atilde;o bem &agrave; vida, que ultimamente tem sido movida &agrave; intoler&acirc;ncia e antipatia.</div> <div id="cke_pastebin" style="text-align: justify;"> Perdemos em poucos dias o empres&aacute;rio David Roosevelt, fundador e propriet&aacute;rio da tradicional Construtora Ferreira J&uacute;nior. Tamb&eacute;m se foi o entregador de jornais Ronaldo do Carmo Silva, mais conhecido como &ldquo;Ronald&atilde;o&rdquo;. Se a dupla se conhecia, mantinha algum la&ccedil;o de amizade, apenas se cumprimentava ou sequer j&aacute; haviam se visto, n&atilde;o tenho ideia. O que me faz bater com a luz do velho Candeeiro sob os dois personagens &eacute; que aquilo que os dois tinham de melhor &eacute; exatamente o tempero que tanto no faz falta nos dias atuais: a simplicidade para com a vida. E com ela, a brincadeira saud&aacute;vel com os amigos e o sorriso irreverente quem nem os entreveros conseguiam apagar.&nbsp;</div> <div id="cke_pastebin" style="text-align: justify;"> David, apesar de empreendedor, empres&aacute;rio de sucesso e do talento nato em sua &aacute;rea de atua&ccedil;&atilde;o, a engenharia civil, nunca se deixou perder pelos caminhos tortuosos da vaidade e da bajula&ccedil;&atilde;o f&uacute;til dos interesseiros. Sempre foi a simplicidade em pessoa e tratava todos da mesm&iacute;ssima forma, com seu baita sorriso no rosto e um caso engra&ccedil;ado a contar, na maioria das vezes, relacionado ao seu irm&atilde;o mais novo, o tamb&eacute;m saudoso Tote, que possui diversas hist&oacute;rias c&ocirc;micas. Mesmo por traz de uma timidez n&iacute;tida e de uma discri&ccedil;&atilde;o elegante, David era muito querido pelos amigos, que jamais se valeram de sua condi&ccedil;&atilde;o social para qualquer aproxima&ccedil;&atilde;o, essa era natural e extremamente saud&aacute;vel. David deixa saudades.</div> <div id="cke_pastebin" style="text-align: justify;"> J&aacute; o jornaleiro Ronald&atilde;o era a irrever&ecirc;ncia em forma de pessoa. Bonach&atilde;o, com ou sem sua bolsa de jornais, na qual prevalecia o Di&aacute;rio do Vale, sempre tinha uma piada pronta para sair do forno ou uma goza&ccedil;&atilde;o para com quem se aproximava. E isso podia ser em pra&ccedil;a p&uacute;blica, numa feira popular ou dentro de uma austera reparti&ccedil;&atilde;o p&uacute;blica. Na maioria das vezes, era comum se dirigir aos conhecidos os chamando pelo nome de um pol&iacute;tico local que, porventura, era a manchete da vez. O melhor em Ronald&atilde;o era que n&atilde;o havia presen&ccedil;a pomposa ou figur&atilde;o da sociedade que lhe retra&iacute;a ou lhe fizesse poupar seus amigos das famosas goza&ccedil;&otilde;es. Simplicidade, aquela que da qual falei no in&iacute;cio, a toda prova.&nbsp;</div> <div id="cke_pastebin" style="text-align: justify;"> Perdemos dois exemplos que carregavam em si, de forma natural, uma das coisas que mais andamos precisando. Perdemos um construtor de amizades e um jornaleiro do humor.&nbsp;</div>

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