21/02/2020 07h51
Demiss?o de jornalista gera pol?mica, debates e manifesta?es atrav?s das redes sociais
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João Monlevade - A demissão da jornalista Flávia Henriques Gomes feita pela Associação Comercial, Industrial e de Prestação de Serviços (Acimon) de João Monlevade, ocorrida dias atrás, gerou polêmicas, debates, muitas manifestações de apoio a profissional através das redes sociais e também foi pauta durante a última reunião ordinária da Câmara Municipal, realizada na quarta-feira, 19.</div>
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De acordo com informações da jornalista, que atuava na entidade há 13 anos, a própria direção executiva da associação afirmou que a demissão partiu de pedidos de membros da classe empresarial, que estavam insatisfeitos com as postagens da funcionária em seu perfil particular na rede social facebook contrárias ao atual governo federal e feitas fora do horário de expediente. “Sempre fui uma funcionária dedicada e, nesses 13 anos, acredito que tive papel fundamental no fortalecimento da Associação. É triste saber que saio em virtude da intolerância com minhas posições políticas, que todos sempre souberam qual era, inclusive outras direções da entidade. A verdade é que minhas postagens contrárias ao governo Bolsonaro incomodaram um grupo de empresários. Isso é triste e lamentável. Uma censura velada em pleno ano de 2020”, desabafou.</div>
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A demissão gerou diversas manifestações de apoio à jornalista através das redes sociais, principalmente após a publicação de uma nota da REDE Sustentabilidade de João Monlevade, partido do qual Flávia é vice-presidente na cidade. Em trecho da nota, o partido alega que “... a REDE, que tem entre seus pilares a luta pela ampla democracia e pela liberdade de expressão, lamenta o ato, que se configura como perseguição e censura a uma profissional capacitada e cumpridora de seus deveres. Diante do ocorrido, temos a certeza absoluta que a luta da profissional por uma João Monlevade e por um Brasil melhor e mais justo irá continuar, em seu cotidiano e dentro da REDE”. </div>
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Durante a reunião da Câmara Municipal de quarta-feira, alguns vereadores tocaram no assunto e lamentaram o ocorrido. “É triste nos deparar com uma situação dessas em pleno século 21, no ano de 2020. Triste e lamentável censura. Estamos vivendo tempos obscuros e nossa democracia está ameaçada”, salientou o vereador Gentil Bicalho (PT).</div>
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O parlamentar Belmar Diniz (PT) também se manifestou sobre o ocorrido e classificou a demissão como um ato de censura a uma profissional. “É um ato de censura e de afronta à liberdade de expressão de uma cidadã que se expressava, inclusive, em seu perfil pessoal e fora do horário de expediente. Absurdo”, destacou.</div>
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Em conversa com a reportagem, um membro da diretoria da Acimon, que preferiu não se identificar, classificou o ato como “infeliz e desastroso”. A direção executiva da entidade afirmou que a demissão da jornalista não teve caráter político e não foi fruto de perseguição, tratando-se apenas de questões gerenciais internas.</div>