31/01/2020 07h48
Nos ?ltimos vinte anos, "lua de mel" entre prefeito (a) e vice durou pouco em Jo?o Monlevade
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João Monlevade - Um fato curioso chama a atenção na história política recente de João Monlevade: a difícil relação entre os prefeitos e seus vices. Desde 2001, ou seja, há quase vinte anos, praticamente todos os vices romperam com os prefeitos e, pior, se tornaram seus adversários políticos. </div>
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Com exceção da dupla Gustavo Prandini e Wilson Bastieri, que tiveram seus atritos internos, mas que terminaram juntos o mandato (2009-2012), não tornaram públicas suas diferenças e não se transformaram em adversários políticos, as outras duplas do poder tiveram uma rápida “luz de mel” eleitoral.</div>
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Vice do ex-prefeito Carlos Moreira em seus dois mandatos consecutivos (2001-2004 e 2005-2008), Conceição Winter não só se sentiu traída por não ser a indicada pelo então chefe do Executivo para lhe substituir, como rompeu com ele e se candidatou a prefeita sem o seu apoio. Tarefa que encarou nas últimas três eleições, sem sucesso. Conceição teve três candidatos a vice diferentes nos pleitos, sendo o atual vereador Djalma Bastos (PSD), a ex-vereadora Dorinha Machado e o empresário Gercy Couto. </div>
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Anos depois, foi a vez do ex-prefeito Teófilo Torres (2013-2016) e do seu vice, o médico Railton Franklin, hoje presidente do PDT local e pré-candidato ao Executivo, romperem os laços políticos e, mais tarde, caminharem em grupos opostos. Alegando não ter espaço e voz na administração, Railton não só rompeu com o governo, como também se candidatou a prefeito contra o grupo da situação, tendo como vice o também médico e ex-prefeito Laércio Ribeiro, do PT, nas eleições de 2016. </div>
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Atualmente, a novela se repete e, meses atrás, o vice-prefeito Fabrício Lopes (MDB) declarou sua pré-candidatura a prefeito nas eleições de outubro, quinze dias após a prefeita Simone Carvalho (PSDB) ter anunciado que tentará a reeleição. Fabrício, que já não era visto em eventos e aparições públicas ao lado de Simone desde o inicio do mandato, declarou publicamente seu rompimento com o governo ao anunciar sua pré-candidatura. Nos bastidores, a alegação seria semelhante a de seu antecessor, Railton Franklin: pouco espaço e voz dentro da administração.</div>
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Na semana passada, esse rompimento foi alimentado pelas redes sociais, já que vários internautas postaram, demonstrando indignação, fotos da prefeita em um bar da cidade após as fortes chuvas que caíram e deixaram destruição no município, enquanto o vice ajudava as famílias que foram atingidas com os temporais.</div>
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Futuro</div>
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Todo esse histórico deixa no ar a seguinte questão: Será que o próximo vice-prefeito de João Monlevade terá espaço, será atuante e fará, efetivamente, parte do governo, participando diretamente da administração e fazendo valer suas funções, ou será, mais uma vez, uma “peça” esquecida do jogo político local? O perfil do vice, juntamente com sua sintonia com o chefe do Executivo, é que poderão definir essa questão. Só o futuro dirá. Trabalho para o vice-prefeito de um município do porte e com as demandas de João Monlevade não faltam.</div>