18/10/2019 08h20
Capoeirana: extra??o de esmeraldas continua suspensa e fam?lias pedem socorro
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Nova Era - O famoso Garimpo de Capoeirana, situado nas proximidades da cidade vizinha de Nova Era, completou recentemente 31 anos de atividades, porém, não há muito que comemorar, já que as 14 minas utilizadas para a extração de esmeraldas estão fechadas há cerca de dois anos.</div>
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De acordo com a comunidade local, o fechamento gera prejuízos e desemprego, o que afeta aproximadamente 120 famílias, sendo que algumas delas afirmam passar por dificuldades financeiras. Ainda segundo informações da direção da Associação de Moradores e Amigos do Garimpo de Capoeirana, muitos moradores do local continuam garimpando todos os dias na “Montoeira”, trecho assim denominado por possuir montes de rejeitos descartados pelas mineradoras, na luta incessante pelo sustento das famílias. A “Montoeira” recebe a visita de muitos homens e mulheres todos os dias, de todas as idades, até de idosos. A situação desses trabalhadores é precária e, segundo alguns relatos, apesar de passar o dia no local quebrando pedras, realizando um trabalho pesado, a maioria passa um mês inteiro sem conseguir encontrar nenhuma pedra e, consequentemente, sem conseguir nenhum valor em dinheiro. Com a situação precária na “Montoeira”, a comunidade pede pela reabertura urgente do garimpo.</div>
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De acordo com a Cooperativa Mista dos Garimpeiros do Centro-leste de Minas Gerais (COOGEMIG), que é detentora do direito da extração de pedras preciosas no Garimpo de Capoeirana, a entidade recebeu, em 2008, a Permissão de Lavra Garimpeira (PLG), que foi renovada em 2012. Porém, em julho de 2016, em fiscalização federal para renovação da PLG, O Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) exigiu, entre vários itens, a apresentação de Licença Ambiental em dez dias, quando foi solicitada a prorrogação do prazo e a assinatura de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) junto à Superintendência Regional de Meio Ambiente do Leste Mineiro (Supran), que foi firmado em maio de 2017. Porém, no mesmo mês, a COOGEMIG teve o pedido de renovação da PLG indeferido sob o argumento do não cumprimento da exigência de apresentação de Licença Ambiental ou documento similar. Mesmo assim, ao longo da tramitação dos processos, a COOGEMIG alega não ter perdido nenhum prazo para a apresentação de documentos e afirma que sempre manteve em dia a documentação do local. </div>
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Sendo assim, recentemente, o DNPM/ANM emitiu um parecer técnico que certifica que a Cooperativa cumpriu todas as exigências e que a renovação foi indeferida erroneamente, sendo que será publicada a renovação do título minerário e aberto um novo prazo para a apresentação da Licença Ambiental, que está em processo de tramitação. Atualmente, a COOGEMIG possui 80 associados, sendo que 14 trabalham ativamente no Garimpo de Capoeirana. </div>
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Manifestos</div>
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No último dia 12 de setembro foi realizada uma audiência pública na Câmara Municipal de Nova Era, ocasião em que foi debatido amplamente o assunto e o impacto social causado aos moradores do Garimpo de Capoeirana. A audiência buscou discutir soluções para que o garimpo fosse reaberto o mais breve possível. </div>
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Dias após o encontro, uma comissão formada para tomar providências sobre o fechamento se dirigiu à sede da Supram, em Governador Valadares, onde foi entregue o pedido de autorização ao presidente da COOGEMIG para a elaboração do TAC, que assinado, libera a reabertura do garimpo. O assunto foi amplamente debatido durante a reunião ordinária do Legislativo novaerense no último dia 7 de outubro. </div>
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Já na manhã do último dia 10, uma manifestação foi feita pela comunidade, associados da cooperativa e donos de serviços em frente ao Fórum de Nova Era, com o objetivo que a imprensa regional divulgasse o ato e iniciativas fossem tomadas em prol da reabertura do garimpo. </div>
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Perigo na “Montoeira”</div>
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A chegada do período chuvoso torna a situação ainda mais tensa e deixa a população em estado de alerta, já que os montes de rejeitos da chamada “Montoeira” apresentam grande risco à comunidade. Por se tratar de um material muito fino, semelhante a areia, os rejeitos podem escorrer com as chuvas e até invadir casas de moradores do local. Recentemente, uma rua de acesso ao vilarejo foi invadida e impediu o acesso ao trecho. De acordo com alguns moradores, há receio que aconteça uma grande tragédia. “Autoridades responsáveis já foram acionadas, mas é preciso tomar providências com urgência, pois já se passaram dois anos e nada foi resolvido”, desabafou uma moradora do local.</div>
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Foto: http://www.viladeutopia.com.br</div>