Bom Dia - O Diário do Médio Piracicaba

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08/02/2019 07h39

Mineradora quer explorar a Serra do Cara?a

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<p style="text-align: justify;"> <strong>Catas Altas -</strong>A empresa Atl&acirc;ntica Minas Empreendimentos e Participa&ccedil;&otilde;es Ltda vem insistindo em minerar em regi&atilde;o de preserva&ccedil;&atilde;o ambiental no complexo da Serra do Cara&ccedil;a. Segundo informa&ccedil;&otilde;es ele pretende tirar tr&ecirc;s milh&otilde;es de toneladas de min&eacute;rio de ferro, durante dois anos, do Complexo Maquin&eacute; em Catas Altas.</p> <p style="text-align: justify;"> A &aacute;rea em quest&atilde;o abriga os principais pontos de capta&ccedil;&atilde;o de &aacute;gua para abastecimento da cidade e possuem duas das mais importantes e visitadas cachoeiras da cidade &ndash; da Santa e Maquin&eacute;.</p> <p style="text-align: justify;"> O local ainda &eacute; motivo de embate entre a prefeitura e outra mineradora que &eacute; respons&aacute;vel pelos danos ambientais causados na &aacute;rea. A prefeitura exige a recupera&ccedil;&atilde;o do espa&ccedil;o.</p> <p style="text-align: justify;"> &nbsp;</p> <p style="text-align: justify;"> <strong>Setovi, Maybach e Atl&acirc;ntica Minas</strong></p> <p style="text-align: justify;"> &nbsp;</p> <p style="text-align: justify;"> No final de 2018, o Minist&eacute;rio P&uacute;blico apresentou ao munic&iacute;pio de Catas Altas o projeto de recupera&ccedil;&atilde;o constante do Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) que imp&otilde;e &agrave; Setovi Minera&ccedil;&atilde;o S/A a recupera&ccedil;&atilde;o aos danos causados ao meio ambiente na regi&atilde;o da cachoeira da Santa.</p> <p style="text-align: justify;"> O TAC em quest&atilde;o &eacute; relativo ao passivo ambiental da empresa Setovi Minera&ccedil;&atilde;o S/A, detentora dos direitos miner&aacute;rios da &aacute;rea.</p> <p style="text-align: justify;"> Entretanto, para recuperar o local degradado, outra empresa, dessa vez a Atl&acirc;ntica Minas Empreendimentos e Participa&ccedil;&otilde;es Ltda, prop&otilde;e a extra&ccedil;&atilde;o do montante de tr&ecirc;s milh&otilde;es de toneladas de min&eacute;rio de ferro que existiriam no local como &uacute;nica forma de poder recuperar a &aacute;rea.</p> <p style="text-align: justify;"> Diante essa &ldquo;salada de empresas&rdquo;, ao analisar a documenta&ccedil;&atilde;o da Setovi, percebeu-se que o quadro de s&oacute;cios da empresa &eacute; o mesmo da Maybach Minera&ccedil;&atilde;o e Servi&ccedil;os S/A que em 2009 tentou, sem sucesso por falta de autoriza&ccedil;&otilde;es ambientais, realizar a explora&ccedil;&atilde;o mineral na regi&atilde;o, na vertente Catas altas da Serra do Cara&ccedil;a.</p> <p style="text-align: justify;"> <strong>Minist&eacute;rio P&uacute;blico</strong></p> <p style="text-align: justify;"> Em reuni&atilde;o em dezembro de 2018 com o MP, o munic&iacute;pio deixou claro que n&atilde;o assinaria o TAC, justificando que a extra&ccedil;&atilde;o mineral no local n&atilde;o pode ser realizada por se tratar de &aacute;rea de prote&ccedil;&atilde;o ambiental, onde a atividade econ&ocirc;mica &eacute; proibida.</p> <p style="text-align: justify;"> Na ocasi&atilde;o, ficou acertado que uma pr&oacute;xima reuni&atilde;o aconteceria em 5 de fevereiro, quando seriam apresentadas altera&ccedil;&otilde;es no termo. Antes da data, em 22 de janeiro, o munic&iacute;pio enviou um of&iacute;cio &agrave; empresa, informando mais uma vez que a explora&ccedil;&atilde;o n&atilde;o &eacute; permitida de acordo com a legisla&ccedil;&atilde;o municipal vigente e que s&oacute; seria permitido o trabalho de recupera&ccedil;&atilde;o da &aacute;rea degradada.</p> <p style="text-align: justify;"> No dia 29 de janeiro, as secretarias de Servi&ccedil;os Urbanos, Obra e Via&ccedil;&atilde;o e Agricultura e Meio Ambiente, por meio de sua equipe t&eacute;cnica, encaminharam um relat&oacute;rio t&eacute;cnico, apresentando as poss&iacute;veis a&ccedil;&otilde;es de revitaliza&ccedil;&atilde;o que poderiam ser realizadas no local, sem infringir a legisla&ccedil;&atilde;o e sem a explora&ccedil;&atilde;o mineral.</p> <p style="text-align: justify;"> Ap&oacute;s o recebimento dos of&iacute;cios e relat&oacute;rios, a Atl&acirc;ntica Minas pediu o adiamento da reuni&atilde;o do dia 5 de fevereiro. Ainda sem data prevista para novos ajustes.</p> <p style="text-align: justify;"> &nbsp;</p> <p style="text-align: justify;"> <strong>Aprofundando no caso</strong></p> <p style="text-align: justify;"> A Maybach Minera&ccedil;&atilde;o e Servi&ccedil;os S/A em 2008 e 2009 teria tentado, sem sucesso, promover explora&ccedil;&atilde;o mineral na regi&atilde;o.</p> <p style="text-align: justify;"> Em 2010 a Setovi Minera&ccedil;&atilde;o S/A, por sua vez, teria conseguido direitos miner&aacute;rios na mesma regi&atilde;o, assumindo com isso o passivo ambiental, ou seja, a responsabilidade pela recupera&ccedil;&atilde;o do espa&ccedil;o degradado.</p> <p style="text-align: justify;"> J&aacute; em 2015 aparece outra empresa pleiteando trabalhar na regi&atilde;o, a Atl&acirc;ntica Minas Empreendimentos e Participa&ccedil;&otilde;es Ltda que na &eacute;poca disponibilizou um v&iacute;deo apresentando como ficaria o espa&ccedil;o ap&oacute;s a interven&ccedil;&atilde;o da empresa, onde criariam um parque que seria doado ao munic&iacute;pio.</p> <p style="text-align: justify;"> A partir dessa data, foi proposto pelo promotor Leonardo de Castro Maia, &agrave; Setovi, um TAC, onde a regi&atilde;o teria que ser recuperada.</p> <p style="text-align: justify;"> A &aacute;rea em quest&atilde;o a ser recuperada tem 25,3 h&aacute; e pertenceria atualmente &agrave; Setovi, que segundo a empresa ap&oacute;s a &ldquo;recupera&ccedil;&atilde;o&rdquo; seria constru&iacute;do um parque e doado ao munic&iacute;pio.</p> <p style="text-align: justify;"> A Atl&acirc;ntica Minas aparece nesse momento para assumir a recupera&ccedil;&atilde;o da &aacute;rea, mas casando com isso a retirada do min&eacute;rio do local, o que, devido a localiza&ccedil;&atilde;o geogr&aacute;fica e suas caracter&iacute;sticas e ainda a legisla&ccedil;&atilde;o, n&atilde;o &eacute; permitido.</p> <p style="text-align: justify;"> Sobre a minera&ccedil;&atilde;o na regi&atilde;o o prefeito foi categ&oacute;rico: &ldquo;Nos somos contra. Entendemos que mesmo em um processo de recupera&ccedil;&atilde;o n&atilde;o &eacute; poss&iacute;vel minerar, colocando em risco o abastecimento de &aacute;gua da cidade e ainda descaracterizando a serra, patrim&ocirc;nio do munic&iacute;pio&rdquo;, informou o prefeito.</p> <p style="text-align: justify;"> <strong>Recupera&ccedil;&atilde;o da &aacute;rea</strong></p> <p style="text-align: justify;"> &ldquo;O Poder Executivo de Catas Altas vai manter a sua posi&ccedil;&atilde;o contra o empreendimento miner&aacute;rio, exigindo a recupera&ccedil;&atilde;o ambiental da &aacute;rea&rdquo;, refor&ccedil;a o prefeito Jos&eacute; Alves Parreira.</p> <p style="text-align: justify;"> Conforme o Plano Diretor Municipal (lei 179/2005), e lei 320/2010, que disp&otilde;e sobre a imagem oficial do munic&iacute;pio de Catas Altas a Serra do Cara&ccedil;a deve se manter inalterada por qualquer atividade econ&ocirc;mica.</p>

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