11/01/2019 09h38
A CULTURA EM 3 F?BULAS.
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Há muito tempo atrás questionei um ex-prefeito sobre premiação em um festival de música.E o prefeito na época me disse: " - isso não é obrigação da prefeitura. Prefeitura tem de cuidar das obras que a cidade precisa, da saúde e da educação. O resto, o povo que se vire". Eu na época fiquei P da vida. Sempre fui entusiasta da cultura e fico inventando moda pra ver se viabilizo eventos vitrine, onde os artistas possam expor sua arte. Mas pelo que vejo da opinião da maioria das pessoas, tem muita, mas muita gente mesmo que concorda com a afirmação desse ex-prefeito. Cultura é algo que a prefeitura pode fazer quando sobrar dinheiro. Algumas prefeituras até constituíram fundações e secretarias de cultura. Quando o prefeito que entra aprecia e compreende a arte, costuma destinar verbas e promover eventos legais. Mas na primeira crise, qual é a área que é cortada primeiro? É claro que é a cultura. É um espécie de PATINHO FEIO das administrações. E pra completar o drama, na hora da distribuição de cargos nos governos, ninguém quer pegar a cultura. Sabem por que né? Claro que é por causa do orçamento anão. E mesmo assim, na hora de cortar é a primeira área a ser tesourada. Então é aquela ultima vaga que é dada a um companheiro quase sempre não vocacionado que não tem mínima sensibilidade e não conhece a dor de ser artista. E digo isso não com desânimo ou qualquer ressentimento. Muito pelo contrário. Os desafios me movem. Mas precisamos encarar a realidade como ela é. A velha fábula da FORMIGA E DA CIGARRA parece um looping infinito. As pessoas não encaram os artistas como trabalhadores, como pessoas que precisam se esmerar e estudar muito para serem bons profissionais. Ainda são vistos com olhos preconceituosos. Muitas vezes quando em uma casa um dos filhos tem inclinações artísticas, o pai fica contrariado e pensa: - Ó Deus. Por que ele não nasceu com vocação pra dentista, advogado, profissões que dão dinheiro. Eu não queria ter um vagabundo em casa. Vai ser mais um Dom Quixote nesse mundo lutando contra os moinhos de vento. Mas por que estou escrevendo um texto pessimista desse jeito? Apenas pra dar um choque de realidade e pra voltar na frase lá de cima " Prefeitura não tem obrigação de fazer cultura". Pode acontecer da prefeitura apoiar em um mandato ou outro. Mas quase nunca tem sustentabilidade. O ideal é o pessoal da cultura se unir, se organizar em associações e fundações, pensar planejar e não ficar esperando que a prefeitura faça tudo. Podem até buscar parcerias das prefeituras, que são muito bem vindas. Como eu citei no texto aí pra trás, em alguns mandatos aparecem gestores que gostam de literatura, de música, das memórias, da cultura da cidade e acham fundamental e até vêem como fator econômico e turístico. Mas e quando o prefeito só vê o mundo pela ótica do pragmatismo capitalista e acha que prefeitura é só obra, obra e obra? E quanto pintar uma crise e a verba for praticamente extinta? Então, meus camaradas colegas que gostam desse tema tão vital e tão dispensável para tantos. Se quisermos arte e cultura, tratemos de fazer as nossas partes. Ah...e os egos inflados, pseudo conhecimentos superiores e a dificuldade de divergir em paz e convergir por objetivos comuns também atrapalham bastante. Mas...continuaremos na luta. </p>
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