Bom Dia - O Diário do Médio Piracicaba

notícias

04/11/2018 18h57

Atingidos por barragem da Samarco marcham para marcar os tr?s anos do crime

Compartilhe
<p> Nesta segunda-feira, 5 de novembro, completam-se tr&ecirc;s anos do maior desastre socioambiental do Brasil: o rompimento da barragem de rejeitos de Fund&atilde;o, da mineradora Samarco, controlada pela Vale e pela BHP Billiton.</p> <p> Desde ent&atilde;o, a luta das fam&iacute;lias atingidas segue, mas sem resposta real da Justi&ccedil;a e sem puni&ccedil;&atilde;o das empresas criminosas. Nenhuma casa foi constru&iacute;da, milhares n&atilde;o s&atilde;o reconhecidos, e a popula&ccedil;&atilde;o denuncia que a Funda&ccedil;&atilde;o Renova &ldquo;empurra&rdquo; os problemas sem previs&atilde;o de repara&ccedil;&atilde;o real na vida dessas fam&iacute;lias.</p> <p> Para denunciar os tr&ecirc;s anos sem respostas e fortalecer a luta nas regi&otilde;es, os atingidos e atingidas pelo crime da Samarco/Vale/BHP, organizados no Movimento dos Atingidos por Barragens-MAB, realizam a Marcha &ldquo;Lama no Rio Doce: 3 Anos de Injusti&ccedil;a&rdquo;, entre os dias 04 e 14 de novembro.</p> <p> A Marcha tem in&iacute;cio nos dias 4 e 5 de novembro, com um encontro de mulheres que debate As consequ&ecirc;ncias do crime na vida das mulheres e crian&ccedil;as na Bacia do Rio Doce, em Mariana, em Minas Gerais, de onde os atingidos seguem para iniciar o mesmo trajeto feito pela lama, at&eacute; Vit&oacute;ria no Esp&iacute;rito Santo.</p> <p> &ldquo;As mulheres n&atilde;o s&atilde;o reconhecidas pela Renova, somos 70% que n&atilde;o s&atilde;o atendidas por nenhum dos programas em toda a Bacia. N&oacute;s &eacute; que temos que lidar com os problemas de sa&uacute;de, a falta do territ&oacute;rio que t&iacute;nhamos antes, a perda de la&ccedil;os comunit&aacute;rios e familiares que o crime trouxe, devemos ser reconhecidas e respeitadas&rdquo;, reafirma a atingida M&aacute;rcia, de Colatina.</p> <p> Com a mensagem &ldquo;Do Rio ao Mar: N&atilde;o v&atilde;o nos calar!&rdquo;, a Marcha realiza a&ccedil;&otilde;es em outros dez munic&iacute;pios do trecho at&eacute; o mar, com Feiras de Sa&uacute;de, atos culturais, caminhadas, celebra&ccedil;&otilde;es religiosas e assembleias. &ldquo;Estamos fazendo uma marcha ampla, que vai unir n&oacute;s atingidos de toda a Bacia do Rio Doce para lutarmos juntos, por que s&oacute; assim somos ouvidas pela sociedade e atendidas pelas empresas criminosas&rdquo;, afirma Let&iacute;cia, do Movimento dos Atingidos por Barragens-MAB.</p> <p> <strong>Entenda</strong></p> <p> No dia 05 de novembro de 2015, a Barragem de Fund&atilde;o, da mineradora Samarco, controlada pela Vale e pela BHP Billiton, se rompeu e derramou 48,3 milh&otilde;es de metros c&uacute;bicos de lama de rejeitos na natureza. A lama percorreu cerca de 650 km entre Mariana, em Minas Gerais, at&eacute; a foz do Rio Doce no munic&iacute;pio de Linhares, Esp&iacute;rito Santo, espalhando-se por v&aacute;rias comunidades ao norte e ao sul da foz.</p> <p> Atingiu, pela sequ&ecirc;ncia, o c&oacute;rrego Santar&eacute;m, o rio Gualaxo do Norte, o rio Carmo e todo o Rio Doce em um trajeto que compreende 43 munic&iacute;pios. Destruiu diversas casas, bens, modos de vida, fontes de renda, sonhos e projetos de vida. O rompimento matou 19 pessoas e provocou um aborto for&ccedil;ado pela lama no distrito de Bento Rodrigues. Destes, ainda h&aacute; um corpo desaparecido de um trabalhador direto da Samarco.</p>

Bom Dia Online- Copyright © 2013. Todos os direitos reservados.

by Mediaplus