13/07/2018 06h50
Iniciada restaura??o de objetos sacros da capela de Santa Quit?ria
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<strong>Catas Altas -</strong>A Prefeitura de Catas Altas iniciou os trabalhos de restauração do acervo do patrimônio cultural sacro da capela de Santa Quitéria.</p>
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O projeto pioneiro, aprovado pelo Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha/MG), faz parte da primeira etapa do processo de restauração dos bens móveis do município.</p>
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As obras desta fase, que devem durar em torno de seis meses, estão orçadas em cerca de R$ 214 mil. Os recursos são oriundos do Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais (CFEM).</p>
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Nesta etapa, serão restauradas 12 peças de médio e grande porte, todas elas tombadas e do século XVIII, contemplando cinco imaginárias (imagens de Santa Quitéria, Nossa Senhora do Carmo, São Luis Gonzaga, São Francisco Bórgia e Crucifixo), seis objetos de iluminação (castiçais) e um material de ritual (pia de água benta).</p>
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Além da restauração, foi montado um ateliê no consistório dentro da Igreja Matriz, autorizado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), onde serão organizadas visitas para acompanhar de perto os trabalhos. O local ficará aberto durante a semana de 7 às 11 horas e das 13 às 17 horas.</p>
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Além disso, o espaço também será usado para educação patrimonial para crianças e adultos, por meio de um contato direto com as obras. “Além da restauração, teremos cursos, palestras e visitações”, destaca o restaurador responsável Roberto Claudio Miranda.</p>
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“A educação patrimonial é um dos pilares que temos trabalhado com bastante afinco em Catas Altas. Quanto mais instruirmos nossa população sobre o valor dos seus bens, seja ele material ou imaterial, mais teremos a memória da cidade preservada”, completa o Chefe do Departamento de Cultura, Eder Ayres Siqueira.</p>
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O município possui hoje um rico acervo de bens móveis, registros históricos de devoção, técnicas artísticas e traços culturais e socioeconômico do estado. “As peças possuem valor inestimável. A imagem de Santa Quitéria, por exemplo, é muito valorizada pois são poucas as igrejas dedicadas à Ela”, explica Miranda.</p>
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Ao todo, a restauração dos bens móveis do município será realizada em quatro etapas. Além da Santa Quitéria, serão contempladas as capelas de Nosso Senhor do Bonfim e de Nossa Senhora do Rosário e a Matriz de Nossa Senhora da Conceição.</p>
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Após os trabalhos, as peças (estimadas em cerca de 500) irão retornar para os locais de origem e as que não tiverem espaço poderão vir a ser expostas em um museu a ser idealizado na tribuna superior da igreja Matriz.</p>
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“A ideia do museu ainda está sendo estudada, mas pode ser uma solução para dar o devido valor à tantas peças importantes como as que temos em Catas Altas”, explica o secretário de Turismo e Cultura, Lucas Nishimoto.</p>
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O secretário ainda completa que as ações propostas visam resguardar estes artefatos que possuem relevância diante da comunidade. “A valorização deste acervo por meio da conservação/restauração favorecerá a conscientização da população da necessidade de preservação de seu patrimônio, incentivando a valorização da cultura do município e de seus ritos, tradições e devoções religiosas. Além disso, essas peças serão inseridas dentro de um contexto turístico bem mais amplo, já que além da restauração, estamos investindo em outras ações de incentivo ao setor, como o projeto de interpretação dos retábulos e a sinalização turística, valorizando nossos atrativos”, destaca</p>
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“A maior perda do patrimônio, hoje em dia, acontece pela falta de conhecimento da população. Esse trabalho será inovador, pois não é comum o processo de restauração ficar aberto para que as pessoas possam acompanhar de perto”, completa Miranda.</p>
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<strong>Reforma -</strong>Além do restauro dos objetos sacros, também estão previstas a reforma da fachada da capela de Santa Quitéria, bem como o trabalho de paisagismo no seu entorno.</p>
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<strong>Capela de Santa Quitéria -</strong> Localizada no alto da colina, a Capela de Santa Quitéria é datada do século XVIII. Foi construída em 1728 pelo Senhor Paulo de Araújo de Aguiar (possivelmente o proprietário do terreno) com ajuda dos devotos da comunidade. Em um documento de registro de casamento em 1734, a Capela aparece pela primeira vez nos livros de Cúria Arquidiocesana de Mariana.</p>