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<p style="text-align: justify;"> <strong>M&eacute;dio Piracicaba</strong>- A Pol&iacute;cia Civil de Minas Gerais desencadeou a &#39;&#39;Opera&ccedil;&atilde;o Quimera&#39;&#39; nesta quarta-feira. A for&ccedil;a-tarefa prendeu 21 pessoas suspeitas de integrar uma organiza&ccedil;&atilde;o criminosa especializada em roubo de mineradoras de ouro. A a&ccedil;&atilde;o cumpriu tamb&eacute;m 30 mandados de busca e apreens&atilde;o nas cidades de Santa B&aacute;rbara, Bar&atilde;o de Cocais e Jo&atilde;o Monlevade, na Regi&atilde;o Central do estado, al&eacute;m de Belo Horizonte. Tr&ecirc;s outros envolvidos ainda est&atilde;o foragidos.</p> <p style="text-align: justify;"> Na vers&atilde;o da Pol&iacute;cia Civil, foram apreendidos os seguintes materiais: uma sacola com dezenas de pepitas de ouro (com teor estimado de 90 a 95% de pureza); R$ 40 mil em dinheiro vivo; r&aacute;dio comunicadores; 23 ve&iacute;culos (sendo alguns de luxo); dois detectores de ouro; carpetes; e subst&acirc;ncias e equipamentos utilizados no processo de apura&ccedil;&atilde;o de ouro. Al&eacute;m disso, a PCMG bloqueou os bens e valores dos suspeitos.</p> <p style="text-align: justify;"> Segundo o delegado Domiciano Ferreira Monteiro de Castro Neto, chefe da opera&ccedil;&atilde;o, os suspeitos tinham acesso a dados restritos das equipes de seguran&ccedil;a das mineradoras. &ldquo;A organiza&ccedil;&atilde;o criminosa conta com diversos n&uacute;cleos de atua&ccedil;&atilde;o, um deles formado por funcion&aacute;rios da pr&oacute;pria empresa, que ficavam incumbidos de repassar informa&ccedil;&otilde;es privilegiadas aos demais membros do grupo, inclusive sobre as opera&ccedil;&otilde;es do processo miner&aacute;rio, quantidade e posicionamento de vigias e trabalhadores&rdquo;, explicou.</p> <p style="text-align: justify;"> Al&eacute;m do grupo, a Pol&iacute;cia Civil tamb&eacute;m chegou a outros membros que participavam do planejamento dos atos. &ldquo;Foi identificado o n&uacute;cleo de receptadores, donos de joalherias, que faziam a compra do ouro e ainda repassavam merc&uacute;rio e outras subst&acirc;ncias para os demais criminosos utilizarem no processo de apura&ccedil;&atilde;o mineral. Outra parte da organiza&ccedil;&atilde;o, al&eacute;m das investidas que promoviam &agrave;s mineradoras, era a respons&aacute;vel pelo dom&iacute;nio do tr&aacute;fico de drogas e armas de fogo no distrito de Barra Feliz, em Santa B&aacute;rbara&rdquo;, ressaltou o delegado Domiciano Ferreira.</p> <p style="text-align: justify;"> Os detidos tamb&eacute;m s&atilde;o investigados por lavagem de dinheiro. Para a PCMG, eles realizam transfer&ecirc;ncias banc&aacute;rias com frequ&ecirc;ncia e investiam em im&oacute;veis e carros de luxo. O &oacute;rg&atilde;o tamb&eacute;m ressaltou o amplo conhecimento dos suspeitos sobre o processo miner&aacute;rio e os equipamentos, o que, na opini&atilde;o da institui&ccedil;&atilde;o, se trata de um agravante.</p> <p style="text-align: justify;"> De acordo com a PCMG, as multinacionais AngloGold Ashanti e Jaguar Mining foram alvos dos atos. Em nota, a primeira empresa informou que &quot;reafirma seu compromisso com a &eacute;tica e a legisla&ccedil;&atilde;o, baseada em seus valores e princ&iacute;pios&quot;.</p> <p style="text-align: justify;"> A Mining falou sobre a opera&ccedil;&atilde;o: &quot;a assessoria da Jaguar Mining ratifica que est&aacute; acompanhando os desdobramentos e colaborando com as investiga&ccedil;&otilde;es&quot;, informou.</p> <p style="text-align: justify;"> Os presos foram encaminhados ao Pres&iacute;dio de Bar&atilde;o de Cocais, onde ficar&atilde;o em virtude dos mandados de pris&otilde;es preventivas expedidos. A Opera&ccedil;&atilde;o leva o nome de &#39;&#39;Quimera&#39;&#39; gra&ccedil;as ao filme &#39;&#39;A Quimera do Ouro&#39;&#39;, de Charles Chaplin, no qual o artista tem a utopia de ficar rico rapidamente a partir do mineral.</p> <p style="text-align: justify;"> <em>Fonte: EM</em></p>