Bom Dia - O Diário do Médio Piracicaba

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19/06/2018 08h15

Desce da?, Brasil...

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<p style="text-align: justify;"> A prepara&ccedil;&atilde;o da Sele&ccedil;&atilde;o Brasileira at&eacute; a estreia na Copa foi exemplar. Virou favorita nas bolsas de apostas. Consagrou Tite, que com seu professoral falar invadiu as telas do Brasil, vendendo de um, tudo. A equipe jogava bem, revivia o quadrado m&aacute;gico, reativava os bons tempos do ludop&eacute;dio nacional. Elogios se acumulavam. O time era isso, era aquilo e ainda mais aquilo outro.</p> <p style="text-align: justify;"> Do lado de fora, o clima foi constru&iacute;do com cuidado para animar a galera. Ufanistas transmiss&otilde;es ao vivo em cada canto do Brasil, Olodum na Bahia, cavalinho do Fant&aacute;stico era Boneco de Olinda. Do lado de dentro, os treinamentos da Sele&ccedil;&atilde;o animados, clima de descontra&ccedil;&atilde;o e harmonia. A fam&iacute;lia Tite se alinhava e se unia. Ficou-se definido, o hexa tinha data marcada: 15 de julho em Moscou. At&eacute; l&aacute;, mera formalidade.</p> <p style="text-align: justify;"> Acontece que a Su&iacute;&ccedil;a n&atilde;o &eacute; time que se pudesse desprezar. Sexta colocada do controverso e contestado ranking da Fifa, os helv&eacute;ticos dariam trabalho. E deram. Possu&iacute;dos por um destemido esp&iacute;rito uruguaio em Libertadores, os europeus eram catimba e porrada. Neymar, como de costume, era perseguido em campo. Tudo sob os olhos vesgos e coniventes do &aacute;rbitro (sic) mexicano.</p> <p style="text-align: justify;"> O gola&ccedil;o de Coutinho mostrava no primeiro tempo uma defesa bem postada, mas um ataque um tanto inerte. Neymar segurando demais a bola. William burocr&aacute;tico, sem ter com quem tabelar no deserto lado direito depois da les&atilde;o de Dani Alves. Gabriel Jesus errando muito. N&atilde;o estava bom. Haveria Tite de corrigir os erros na volta do intervalo.</p> <p style="text-align: justify;"> Pois nem bem a bola rolou na segunda etapa, com chuteiras de cimento chumbadas no gramado, ningu&eacute;m subiu com o livre, leve e solto atacante su&iacute;&ccedil;o, que testou ap&oacute;s falta clara em Miranda contra a meta de Alisson. O empate era injusto, mas assim &eacute; o futebol. Pois desacostumada a ver-se questionada em sua superioridade, a sele&ccedil;&atilde;o canarinho se perdeu. Se errava um mais um, qui&ccedil;&aacute; conta de elevar ao quadrado m&aacute;gico!</p> <p style="text-align: justify;"> &nbsp;</p> <p style="text-align: justify;"> Sobe a placa, l&aacute; vinham trocas. Primeiro saiu Casemiro, amarelado, para entrada de Fernandinho. Depois, Paulinho deu lugar a Renato Augusto. Relembrando os horrores de 2010, confiar no &lsquo;chin&ecirc;s&rsquo; para mudar uma partida &eacute; risco incompreens&iacute;vel. Por fim, Firmino substituiu o j&aacute; h&aacute; um bom tempo mal Gabriel Jesus. Em parcos doze minutos mais acr&eacute;scimos, o camisa 20 fez mais que o menino do City em oitenta. N&atilde;o adiantou. Os ataques canarinho se mantinham inoperantes, sem perigo. Na direita, William est&aacute;tico, solit&aacute;rio. Neymar apanhava e reclamava. Os su&iacute;&ccedil;os, satisfeitos com o empate, batiam e enrolavam.</p> <p style="text-align: justify;"> Pode-se questionar os erros do &aacute;rbitro (sic) durante a partida. O gol faltoso, o interpretativo p&ecirc;nalti sofrido por Jesus. Mas h&aacute; uma li&ccedil;&atilde;o maior a se extrair da partida de hoje que deve ser trabalhada por Tite.&nbsp; Tem-se a impress&atilde;o de que o Brasil acredita que pode ganhar a hora que quiser. Ou seja: o velho e famoso SALTO ALTO.</p> <p style="text-align: justify;"> Desde 1974 o Brasil n&atilde;o empatava na estreia de uma Copa do Mundo. Quebrou-se uma longa escrita de vit&oacute;rias em sequ&ecirc;ncia. Neste sentido, talvez o empate sirva como alerta necess&aacute;rio para o despertar de um conjunto que j&aacute; provou ser forte. Em Copa do Mundo o couro come em tudo quanto &eacute; idioma. Vacilos s&atilde;o punidos com a volta para casa. Portanto, desce da&iacute;, Brasil. Desce desse salto que n&atilde;o te pertence, a&iacute; fica tudo mais f&aacute;cil.</p> <p style="text-align: justify;"> <strong>* Gabriel Galo &eacute; escritor.</strong></p> <p style="text-align: justify;"> ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------</p> <p> E se...</p> <p> E se juntarmos e fizermos um FESTIVAL&nbsp; com todos os artistas do MEDIOPIRA tocando, mandando som, uma vitrine bacana, uma exposi&ccedil;&atilde;o de artes, uma galeria com quadros e esculturas de diversos artistas,&nbsp; exposi&ccedil;&atilde;o fotogr&aacute;fica tamb&eacute;m, stands com livros e artesanato,&nbsp; podia ter em paineis de led com arte digital. Podia ter shows de rock, pop, mpb, sertanejo, instrumental, gunk, rap, soul, bandas de m&uacute;sicas, orquestras.&nbsp; Imaginem tamb&eacute;m algumas interven&ccedil;&otilde;es teatrais acontecendo de forma paralela. Poderia ter noites tem&aacute;ticas, um dia poderia ser pop, outro poderia ser country, p&uacute;blicos mixados. Poderia ter ainda uma megaboate, OPEN BAR arrumado com shows tamb&eacute;m. Poderia tamb&eacute;m ter saraus de poesia. Teria de ser uma &aacute;rea gramada. Quem sabe o Are&atilde;o? Quem sabe o Est&aacute;dio Louis Ench?&nbsp; &Eacute; sonhar demais? E teria de ter umas luzes tipo aquelas do batman no c&eacute;u. Quem sabe um dirig&iacute;vel? E teria shows de todos os artistas em atividade no m&eacute;diopiracicaba. Aposto que o Luiz Valente da CDL apoiaria.</p> <p style="text-align: justify;"> &nbsp;</p>

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