16/02/2018 08h43
A dura realidade da m?sica brasileira
<p style="text-align: justify;">
A cultura brasileira borbulhou durante o carnaval, mas e agora? O que teremos pela frente?</p>
<p style="text-align: justify;">
</p>
<p style="text-align: justify;">
<strong>Samba vai saindo de cena devagarinho</strong></p>
<p style="text-align: justify;">
</p>
<p style="text-align: justify;">
Durante o carnaval, o gênero que mais identifica o Brasil no exterior volta a reinar. Durante uns 15 dias as escolas ensinam samba e desfilam orgulhosas, celebrando a glória centenária desse estilo que tem raízes africanas e temperos tão brasileiros. Mas depois do carnaval, sai de cena e fica mais nos guetos.</p>
<p style="text-align: justify;">
</p>
<p style="text-align: justify;">
<strong>Sertanejo volta a imperar</strong></p>
<p style="text-align: justify;">
</p>
<p style="text-align: justify;">
Passada a folia, silenciados os tambores, volta a sofrência nossa de cada dia. O gênero sertanejo vem ocupando todos os espaços entre as músicas mais executadas no pais, com pouca possibilidade de mudança nessa tendência no curto prazo.</p>
<p style="text-align: justify;">
</p>
<p style="text-align: justify;">
<strong>Funk em segundo lugar</strong></p>
<p style="text-align: justify;">
</p>
<p style="text-align: justify;">
O Batidão promete ser o único gênero a arranhar a supremacia sertaneja. Anitta lançando um clip por mês vai vitaminando o mundo funk. Embora que Anitta investe em outras batidas sulamericanas, como o Reggaton por exemplo. Mas a produção em série, o mercado dos funks é gigantesco. Outros heróis como Toddynho aparecendo...</p>
<p style="text-align: justify;">
</p>
<p style="text-align: justify;">
<strong>Rock no underground</strong></p>
<p style="text-align: justify;">
</p>
<p style="text-align: justify;">
Parece que a roqueirada nova prefere permanecer no underground. Não vemos tentativas de erigir hits. Sabe aquelas músicas grudentas, com refrões pegajosos e letras pequenas? Sabe aquela irreverência de outros tempos? Sei lá. O rock ficou triste, depressivo, sem apetite pop. Sobrevive dos covers das bandas do passado.</p>
<p style="text-align: justify;">
</p>
<p style="text-align: justify;">
<strong>MPB voltando com força?</strong></p>
<p style="text-align: justify;">
</p>
<p style="text-align: justify;">
Venho lendo ultimamente algumas previsões otimistas sobre a MPB. Há quem diga que deve voltar com força pois a juventude está mais reflexiva e exigente quanto aos conteúdos. Será? Tomara. Estamos mesmo precisando de sustância, de um pouco mais de poesia no cotidiano.</p>
<p style="text-align: justify;">
</p>
<p style="text-align: justify;">
<strong>Meu coração não se cansa de ter esperanças</strong></p>
<p style="text-align: justify;">
</p>
<p style="text-align: justify;">
Há pouco tempo tive acesso a uma pesquisa de opinião que me jogou na lona. Foi uma pesquisa política feita na região do médio piracicaba. Nessa pesquisa entre várias, foi feita uma pergunta simples: qual você acha ser o assunto que merece mais atenção por parte dos administradores municipais? E a cultura recebeu 1% dos votos. Ficou em último lugar. Mas querem saber de uma coisa? Fazer com que a arte e a cultura passem a ser percebidos como ativos importantes para a nossa gente, depende principalmente da disposição dos agentes culturais, dos artistas e simpatizantes. Precisamos aprender a botar banca, a nos unirmos em torno das afinidades. Por exemplo: a cultura não consegue fazer um vereador, um deputado que seja. Você se lembra de algum político que se elegeu tendo a cultura como bandeira? Pois é. Falta uma coisa chamada representatividade. Mas tá sempre em tempo. Bora fazer barulho? </p>
<p style="text-align: justify;">
</p>