Bom Dia - O Diário do Médio Piracicaba

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27/01/2018 10h57

Catasaltense denuncia capina qu?mica no centro da cidade

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<p> Um morador de Catas Altas enviou &agrave; reda&ccedil;&atilde;o do Bom Dia um v&iacute;deo onde mostra uma pessoa portando um aplicador de defensivo que estaria realizando capina qu&iacute;mica na pra&ccedil;a Monsenhor Mendes.</p> <p> A capina qu&iacute;mica em &aacute;rea urbana, apesar de ser uma pr&aacute;tica comum, al&eacute;m de proibida &eacute; prejudicial para a popula&ccedil;&atilde;o e para o aplicador.</p> <p> Ainda h&aacute; quem possua d&uacute;vidas se a capina qu&iacute;mica &eacute; proibida ou n&atilde;o.</p> <p> Em 2010 a ANVISA proibiu de vez a capina qu&iacute;mica em &aacute;rea urbana com a publica&ccedil;&atilde;o de uma Nota T&eacute;cnica informando que n&atilde;o h&aacute; nenhum produto no mercado, registrado e ou autorizado para ser utilizado como herbicida (controle de ervas daninhas) ou de pragas em &aacute;reas urbanas no territ&oacute;rio brasileiro.</p> <p> <strong>Outro Lado</strong></p> <p> O Bom Dia solicitou informa&ccedil;&otilde;es sobre o procedimento &agrave; assessoria de comunica&ccedil;&atilde;o da prefeitura de Catas Altas, entretanto a mesma preferiu n&atilde;o se manifestar sobre o epis&oacute;dio, n&atilde;o enviando nenhum posicionamento at&eacute; o fechamento dessa edi&ccedil;&atilde;o.</p> <p> <strong>Em nota t&eacute;cnica a ANVISA cita 5 motivos pelos quais o uso de qualquer tipo de produto, (qu&iacute;mico ou biol&oacute;gico) em &aacute;rea urbana, para controle de pragas e ou ervas daninhas, &eacute; proibido:</strong></p> <p> 1. Durante a aplica&ccedil;&atilde;o de um produto agrot&oacute;xico, se faz necess&aacute;rio que o trabalhador que venha a ter contato com o produto, utilize equipamentos de prote&ccedil;&atilde;o individual. Em &aacute;reas urbanas outras pessoas como moradores e transeuntes poder&atilde;o ter contato com o agrot&oacute;xico, sem que estejam com os equipamentos de prote&ccedil;&atilde;o e sendo imposs&iacute;vel determinar-se &agrave;s pessoas que circulem por determinada &aacute;rea que vistam roupas imperme&aacute;veis, m&aacute;scaras, botas e outros equipamentos de prote&ccedil;&atilde;o.</p> <p> 2. Em qualquer &aacute;rea tratada com produto agrot&oacute;xico &eacute; necess&aacute;ria a observa&ccedil;&atilde;o de um per&iacute;odo de reentrada m&iacute;nimo de 24 horas, ou seja, ap&oacute;s a aplica&ccedil;&atilde;o do produto, a &aacute;rea deve ser isolada e sinalizada e, no caso de necessidade de entrada no local durante este intervalo, o uso de equipamentos de prote&ccedil;&atilde;o individual &eacute; imperativo. Esse per&iacute;odo de reentrada &eacute; necess&aacute;rio para impedir que pessoas entrem em contado com o agrot&oacute;xico aplicado, o que aumenta muito o risco de intoxica&ccedil;&atilde;o. Em ambientes urbanos, o completo e perfeito isolamento de uma &aacute;rea por pelo menos 24 horas &eacute; impratic&aacute;vel, isto &eacute;, n&atilde;o h&aacute; meios de assegurar que toda a popula&ccedil;&atilde;o seja adequadamente avisada sobre os riscos que corre ao penetrar em um ambiente com agrot&oacute;xicos, principalmente em se tratando de crian&ccedil;as, analfabetos e deficientes visuais.</p> <p> 3. &Eacute; comum os solos das cidades sofrerem compacta&ccedil;&atilde;o ou serem asfaltados, o que favorece o ac&uacute;mulo de agrot&oacute;xico e de &aacute;gua nas suas camadas superficiais. Em situa&ccedil;&atilde;o de chuva, dado escoamento superficial da &aacute;gua, pode ocorrer a forma&ccedil;&atilde;o de po&ccedil;as e reten&ccedil;&atilde;o de &aacute;gua com elevadas concentra&ccedil;&otilde;es do produto, criando uma fonte potencial de risco de exposi&ccedil;&atilde;o para adultos, crian&ccedil;as, flora e fauna existentes no entorno. Cabe ressaltar neste ponto que crian&ccedil;as, em particular, s&atilde;o mais sujeitas &agrave;s intoxica&ccedil;&otilde;es em raz&atilde;o do seu baixo peso e h&aacute;bitos, como o uso de espa&ccedil;os p&uacute;blicos para brincar, contato com o solo e po&ccedil;as de &aacute;gua como divers&atilde;o.</p> <p> 4. Em rela&ccedil;&atilde;o &agrave; prote&ccedil;&atilde;o da fauna e flora dom&eacute;sticas ou nativas, &eacute; importante lembrar que c&atilde;es, gatos, cavalos, p&aacute;ssaros e outros animais podem ser intoxicados tanto pela ingest&atilde;o de &aacute;gua contaminada como pelo consumo de capim, sementes e alimentos espalhados nas ruas.</p> <p> 5. Por mais que se exija na jardinagem profissional o uso de agrot&oacute;xicos com classifica&ccedil;&atilde;o toxicol&oacute;gica mais branda, tal fato n&atilde;o afasta o risco sanit&aacute;rio inerente &agrave; natureza de tais produtos.</p> <p> &Eacute; importante tamb&eacute;m frisar que a utiliza&ccedil;&atilde;o de ureia ou extrato pirolenhoso tamb&eacute;m n&atilde;o s&atilde;o permitidos em &aacute;rea urbana para capina qu&iacute;mica. Algumas empresas comercializam este produto como &ldquo;capina ecol&oacute;gica&rdquo;, e alguns munic&iacute;pios est&atilde;o utilizando dinheiro p&uacute;blico para utiliza&ccedil;&atilde;o destes produtos, os quais s&atilde;o proibidos.</p>

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