12/01/2018 09h23
Aggeu Marques: entre a medicina e a m?sica
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O MEDIOPIRA dessa semana entrevista o cantor e compositor Aggeu Marques, um artista muito querido no meio musical belorizontino. Participou de diversos projetos e fez uma legião de amigos na capital mineira, sempre muito bem acompanhado por músicos da prateleira de cima. Fez fama como um dos maiores divulgadores da obra dos Beatles, viajando para diversos países, principalmente a Inglaterra, sempre conquistando prêmios. Como compositor, tem músicas gravadas por ninguém menos que Flávio Venturini e também é muito ligado ao pessoal do 14 Bis e do Clube da Esquina. Hoje Aggeu reside em João Monlevade onde atua como médico. Sorte de Monlevade e do Médio Piracicaba por contar com seus serviços médicos e com sua arte iluminada.</p>
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- Como foi a sua iniciação musical?</p>
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Em casa, principalmente com minha irmã de criação. Ouvíamos de tudo, menos música brega das AMS. Comecei aulas de violão aos 10 anos. Fui para o conservatório Lorenzo Fernandes em Montes Claros, mas não tinha disciplina suficiente pra me dedicar.</p>
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- Alguma vez pensou em largar a medicina e seguir apenas com a música?</p>
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Cheguei a fazer isso por 1 ano e meio no início dos anos 90. Foi uma das piores fases de minha vida. Foi quando descobri que sou essencialmente médico. A música faz parte da minha vida, mas tem seu lugar determinado.<br />
Sou médico acima de tudo.</p>
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- Já ganhou dinheiro com suas músicas? Recebeu direitos autorais<br />
significativos?</p>
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Nada de muito significativo, mas já entrou alguma coisa.</p>
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- Como se deu a sua aproximação com Flávio Venturini e com os ótimos<br />
músicos com os quais trabalha? Pode citar esses caras e pequenos<br />
currículos?</p>
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O Flávio me foi apresentado pelo Paulinho Carvalho, baixista, e que tem uma história com o clube da esquina. Gravou e tocou com todos eles. Ele estava gravando meu primeiro disco quando levou o Flávio para dar uma<br />
canja. Pôxa, o Flávio sempre foi o meu maior ídolo da MPB. Imagina a emoção. O Beto Guedes, eu já conhecia da minha terra, Montes Claros. O Lô Borges e o Toninho Horta conheci em BH através de amigos comuns. Os caras<br />
do 14 Bis através do Flávio, e assim vai. Todos hoje são amigos queridos, e não deixaram de ser meus ídolos. Trabalhei com vários músicos em BH e no<br />
Rio de Janeiro. Gente de altíssimo nível musical e pessoal.</p>
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- Você tem um trabalho premiado e reconhecido no mundo inteiro tocando Beatles. Como se deu essa sua ligação com o maior quarteto pop de todos os tempos? Quais os prêmios conquistou e pra onde viajou tocando Beatles?</p>
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Sou beatlemaníaco compulsivo. Ouço muito desde os 12 anos. Pra começar a tocar foi natural. Costumo dizer que a música dos Beatles traçou os rumos da minha vida. Perdi as contas dos prêmios, mas pra citar um só, menciono<br />
o hall da fama na International Beatleweek em Liverpool, recebido em 2016. Viajei o Brasil todo e na Inglaterra, Londres e Liverpool.</p>
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- Você já lançou 2 discos com canções próprias. Algumas faixas tiveram<br />
excelente aceitação e reconhecimento da mídia. Tem outras inéditas no<br />
forno? Pode adiantar alguns projetos pra gente?</p>
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Na verdade gravei 3 CDs e um EP. Agora lançando um DVD e CD ao vivo. Deve vir coisa nova até o fim do ano.</p>
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- Como você enxerga o ambiente da música em João Monlevade e no Médio Piracicaba? Aproveite e emende sobre os cenários estadual, nacional, internet. Fique à vontade...</p>
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Na verdade não tenho muita intimidade com o cenário cultural de João Monlevade. Trabalho muito durante a semana e nos fins de semana, estou em BH ou descansando. Mas pelo que chega até mim, acho que está muito aquém<br />
do potencial da cidade. Um espaço como o teatro do Centro Educacional deveria estar em melhores condições e ser mais bem utilizado. Cenário cultural nacional? Um lixão, com pequenos oásis culturais.</p>
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- Agora uma pergunta pro médico: música cura?</p>
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Curar, não. Mas ajuda a aliviar as dores, do corpo e da alma.</p>
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- Deixe a mensagem que quiser para o público, deixe agenda de shows,<br />
contato, site, Insta, twitter, para quem quiser interagir ou mesmo<br />
contratar..</p>
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Facebook é o principal meio de comunicação hoje. O meu site novo fica pronto em breve. A agenda devo divulgar em breve, mas deve ser bem mais tranquila em relação ao ano passado. Nenhuma mensagem em especial, só acho que está na hora do povo da região começar a se indignar com os políticos regionais e nacionais.</p>