04/08/2017 07h16
Vereador diz que preenchimento de receitas por gerentes de postos ? "antigo"
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Os vereadores de João Monlevade voltaram na última quarta-feira (2) do recesso parlamentar e numa reunião sem votação de projetos, o assunto mais comentado foi o fato do gerente do posto médico do Novo Cruzeiro, José Benício Werneck, ter assumido há alguns dias que receitou medicamentos a pacientes do bairro que procuravam a unidade de saúde em busca de atendimento médico. O ex-vereador, que não é formado em medicina, preencheu receitas que eram assinadas pelo médico Júlio César Pinto Coelho.</div>
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Membro da Comissão de Saúde, o parlamentar Toninho Eletricista (PHS), polemizou sobre a questão questionando aos pares sobre quem nunca havia sido beneficiado por uma receita. Segundo ele, a prática é antiga e precisa acabar. Toninho chegou a sugerir que a denúncia fosse encaminhada ao Ministério Público. Ele também assumiu que como líder comunitário já teve acesso a receitas no intuito de ajudar. “Eu mesmo já peguei receita para outras pessoas. Qual líder comunitário que não fez isso? Qualquer dano à saúde do cidadão é o médico que será punido. Todos fazem isso”, revelou. </div>
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Enfático, Eletricista disse que a prática do preenchimento do receituário pelos gerentes vai continuar. “A prática vai continuar porque os médicos estão sobrecarregados. Aquele que não tiver culpa que jogue a primeira pedra. Acontece com todos os gerentes que passam pelo posto”, alertou. </div>
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Apesar de dizer que o fato não pode mais acontecer e que precisa ser investigado, a Comissão de Saúde da Câmara não tomou nenhuma providência sobre a questão, o que foi cobrado pelo vereador Carlos Roberto Lopez (pastor Carlinhos-PMDB). “Enquanto isso a Comissão não vai fazer nada? Se for assim pode fechar essa Casa. Não precisa de Comissão, de vereador e nem de nada. Está tudo perdido”, disse. </div>
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Além de Toninho, também integram a Comissão os vereadores Belmar Diniz (PT) – que não participou da reunião e Revetrie Teixeira (PMDB). Esse último argumentou que também não concorda com a questão e que esteve nessa semana conversando com Werneck. “Fui à unidade do Novo Cruzeiro averiguar a situação e conversei com ele. Não tenho nada contra Werneck, mas existe a legislação que precisa ser cumprida. Uma coisa dessa é inadmissível”, frisou. O petista Gentil Bicalho endossou o discurso de Revetrie e ressaltou que a denúncia o assustou. Ele ponderou ainda que o que mais lhe preocupa é o desenrolar do caso, já que a prática é “comum” é feita por outros gerentes de unidades de saúde. </div>
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Até mesmo o líder da prefeita na Câmara, Sinval Dias (PSDB) comentou que o caso precisa ser mais bem investigado. “A situação é grave e o trabalho do vereador é esse, apurar. Só não concordo em julgar a questão de forma antecipada sem saber o que de fato está acontecendo”, finalizou. </div>