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06/04/2017 15h56

Presidente da ALMG anuncia cria??o de Comiss?o para cobrar acerto de contas entre Minas e a Uni?o

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<p> O presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, deputado Adalclever Lopes (PMDB), anunciou na manh&atilde; desta quarta-feira (05), em encontro realizado no Sal&atilde;o Nobre da ALMG, a cria&ccedil;&atilde;o de uma Comiss&atilde;o Extraordin&aacute;ria para tratar o acerto de contas entre o estado de Minas Gerais e a Uni&atilde;o. A motiva&ccedil;&atilde;o &eacute; a defasagem de arrecada&ccedil;&atilde;o em virtude da Lei Kandir, que restringiu o recolhimento de ICMS sobre commodities.</p> <p> Segundo o presidente da ALMG, &eacute; importante promover debates para sensibilizar autoridades, empres&aacute;rios e trabalhadores no que diz respeito a uma poss&iacute;vel concilia&ccedil;&atilde;o com o governo federal no que tange &agrave;s d&iacute;vidas estaduais. Ele lembrou que o&nbsp; Estado busca esse acerto de contas uma vez que tem sido castigado pelo pagamento da d&iacute;vida com a Uni&atilde;o e a sociedade mineira impactada com o desemprego e empobrecimento.</p> <p> &quot;Estamos na vanguarda. Vamos mostrar que quem deve &eacute; a Uni&atilde;o, que descumpre os repasses previstos na Lei Kandir (Lei Complementar Federal 87, de 1996)&quot;, disse, referindo-se &agrave; compensa&ccedil;&atilde;o devida ao Estado pela desonera&ccedil;&atilde;o das exporta&ccedil;&otilde;es promovida pelo governo federal. &quot;Queremos uma concilia&ccedil;&atilde;o sem a necessidade de um processo judicial, que se arrastaria por muitos anos&quot;, completou.</p> <p> O presidente da ALMG afirmou, ainda, que o assunto ser&aacute; discutido em todo o Estado por meio da comiss&atilde;o composta pelos deputados Rog&eacute;rio Correia (PT), Durval &Acirc;ngelo (PT), Felipe Atti&ecirc; (PTB), C&aacute;ssio Soares (PSD) e Tadeu Martins Leite (PMDB).</p> <p> Durante a reuni&atilde;o conduzida pelo presidente do parlamento mineiro, que envolveu parlamentares e convidados, foi lan&ccedil;ado o Movimento em Prol do Acerto de Contas entre Minas e a Uni&atilde;o. O advogado-geral do Estado, Onofre Batista J&uacute;nior participou do evento. Ele explicou o funcionamento da Lei Kandir e a inten&ccedil;&atilde;o do movimento.</p> <p> Segundo Onofre Batista,&nbsp; &eacute; necess&aacute;rio que a Uni&atilde;o reconhe&ccedil;a a defasagem causada pela n&atilde;o arrecada&ccedil;&atilde;o de ICMS nas contas de Minas Gerais e deixe de cobrar a d&iacute;vida do estado com a Federa&ccedil;&atilde;o. &ldquo;A Constitui&ccedil;&atilde;o Federal de 1988 previa que o ICMS deveria incidir sobre commodities e a Lei Kandir retira a tributa&ccedil;&atilde;o. Neste compasso, Minas, que &eacute; exportador de Min&eacute;rio e de caf&eacute;, ficou sem o imposto proveniente da atividade. A Lei trazia uma compensa&ccedil;&atilde;o de perda de arrecada&ccedil;&atilde;o dos estados, uma vez que foi elaborada para equilibrar as finan&ccedil;as federais e o Plano Real. Essas perdas e diferen&ccedil;as de receita significam, hoje,&nbsp; R$ 135 bilh&otilde;es&rdquo;, explicou o advogado-geral do Estado. &nbsp;</p> <p> O ICMS, ou Imposto sobre Circula&ccedil;&atilde;o de Mercadorias e Servi&ccedil;os &eacute; um tributo que incide sobre a movimenta&ccedil;&atilde;o de mercadorias e servi&ccedil;os em geral, e inclui tudo que &eacute; produzido e comercializado, inclusive commodities, que s&atilde;o, geralmente, produtos produzidos em larga escala e utilizados como mat&eacute;ria prima.</p> <p> Hoje, a d&iacute;vida de Minas com a Uni&atilde;o &eacute; de R$ 87,2 bilh&otilde;es. Onofre considera incoerente que a Uni&atilde;o cobre do estado, mesmo havendo uma decis&atilde;o do Supremo Tribunal Federal - STF que reconhece que uma omiss&atilde;o da Uni&atilde;o foi causadora do preju&iacute;zo.&nbsp; &ldquo;O que se espera, n&atilde;o &eacute; receber esse dinheiro. Minas n&atilde;o est&aacute; querendo pegar dinheiro para resolver seus problemas. O que se pretende &eacute; parar de pagar uma d&iacute;vida que compromete a sa&uacute;de financeira do estado&rdquo;, afirmou.</p> <p> O primeiro secret&aacute;rio da ALMG, deputado Rog&eacute;rio Correia (PT), destacou a import&acirc;ncia do movimento.&nbsp; &ldquo;N&atilde;o &eacute; um movimento somente mineiro, tanto que temos aqui representantes do Rio Grande do Sul e j&aacute; fizemos contato com governos do Maranh&atilde;o e do Par&aacute;. S&atilde;o governos de partidos diferentes que entendem que a solu&ccedil;&atilde;o &eacute; fazer o acerto de contas da Lei Kandir. Esse acerto nunca foi feito e os estados n&atilde;o foram recompensados&rdquo;, disse o parlamentar. Ainda segundo Rog&eacute;rio, Minas tem buscado apoio junto a deputados federais, senadores e governadores para que esse movimento resolva ou minimize os problemas financeiros dos estados.</p> <p> O deputado estadual do Rio Grande do Sul, Tarc&iacute;sio Zimmerman,&nbsp; prestigiou o encontro e salientou que esta &eacute; uma pauta comum aos estados brasileiros neste momento. &ldquo;O projeto proposto pela Uni&atilde;o do novo regime de recupera&ccedil;&atilde;o fiscal representa uma verdadeira submiss&atilde;o dos estados &agrave; Uni&atilde;o. Temos, na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, o entendimento que esta crise que os estados vivem, n&atilde;o &eacute; uma crise gerada por decis&atilde;o dos estados&rdquo;, disse.</p> <p> A Lei Kandir &eacute; uma Lei Complementar criada pelo Governo Federal em 1996 e tinha, dentre outros objetivos, isentar de impostos os produtos prim&aacute;rios destinados &agrave; exporta&ccedil;&atilde;o, causando preju&iacute;zos na arrecada&ccedil;&atilde;o dos estados brasileiros.</p>

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