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25/11/2016 09h20

Natal gordo: ArcelorMittal vai pagar R$ 32 milh?es a trabalhadores

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<p> O Sindicato dos Metal&uacute;rgicos de Jo&atilde;o Monlevade (Sindmon-Metal) e a ArcelorMittal formalizaram na quarta-feira (23) um acordo para pagamento de processos judiciais num total de R$ 32 milh&otilde;es. Assim, cerca de 1 mil trabalhadores ser&atilde;o beneficiados. O pagamento dever&aacute; ser feita em at&eacute; 15 dias. A audi&ecirc;ncia de homologa&ccedil;&atilde;o foi realizada na sede do Tribunal Regional do Trabalho da 3&ordf; Regi&atilde;o, em Belo Horizonte, e presidida pelo juiz Ricardo Marcelo Silva.</p> <p> A ArcelorMittal confirmou a formaliza&ccedil;&atilde;o do acordo e o pagamento dever&aacute; ser feito de uma vez at&eacute; o dia 9 de dezembro.</p> <p> Foram tr&ecirc;s a&ccedil;&otilde;es judiciais movidas pelo Sindmon-Metal contra a empresa pelo fato de a sider&uacute;rgica ter concedido apenas metade do intervalo de 1 hora para repouso e alimenta&ccedil;&atilde;o dos funcion&aacute;rios de turnos de revezamento, durante v&aacute;rios anos, descumprindo o que determina a legisla&ccedil;&atilde;o trabalhista. Os processos contemplam o per&iacute;odo de 23 de mar&ccedil;o de 2001 a 27 de fevereiro de 2007.</p> <p> O primeiro processo foi movido pelo Sindmon-Metal em 2005, envolvendo 870 trabalhadores e abrangendo 24 meses. No ano seguinte, a entidade sindical moveu outra a&ccedil;&atilde;o com per&iacute;odo de cobran&ccedil;a maior e para contemplar mais funcion&aacute;rios que tamb&eacute;m haviam sido submetidos pela empresa ao mesmo problema. J&aacute; em 2009, o Sindicato moveu uma terceira a&ccedil;&atilde;o, que procurava unificar a forma de c&aacute;lculo das duas anteriores.</p> <p> A Justi&ccedil;a do Trabalho deu ganho de causa ao sindicato em todas as inst&acirc;ncias, determinando n&atilde;o somente a pr&aacute;tica de 1 hora para repouso e alimenta&ccedil;&atilde;o, como a remunera&ccedil;&atilde;o correta de horas extras e todos os seus reflexos, como em f&eacute;rias, 13&ordm; sal&aacute;rio e Fundo de Garantia por Tempo de Servi&ccedil;o (FGTS).</p> <p> De acordo com c&aacute;lculos do sindicato, a totalidade do d&eacute;bito poderia ultrapassar R$ 35 milh&otilde;es, mas alguns aspectos ainda dependeriam de avalia&ccedil;&atilde;o pericial. A ArcelorMittal chegou a pagar , em 2013, cerca de R$ 8 milh&otilde;es dos chamados &ldquo;valores incontroversos&rdquo;, isto &eacute;, calculados pela pr&oacute;pria empresa, e a Justi&ccedil;a indicou per&iacute;cia cont&aacute;bil para apura&ccedil;&atilde;o do valor exato da d&iacute;vida trabalhista.</p> <p> Houve algumas tentativas frustradas de acordo. No dia 28 outubro deste ano, em audi&ecirc;ncia de concilia&ccedil;&atilde;o no TRT, depois de a empresa oferecer R$ 28 milh&otilde;es para quita&ccedil;&atilde;o do d&eacute;bito, o juiz Ricardo Marcelo Silva fez uma proposta de concilia&ccedil;&atilde;o no valor de R$ 32 milh&otilde;es, sem que as partes concordassem.</p> <p> Os advogados e a diretoria do Sindicato e a ArcelorMittal voltaram dias depois a tentar uma sa&iacute;da conciliat&oacute;ria e, no &uacute;ltimo 17, assembleia de trabalhadores aprovou a proposta judicial formulada no m&ecirc;s anterior. A formaliza&ccedil;&atilde;o do acordo p&ocirc;s fim ao embate jur&iacute;dico de mais de 10 anos.</p> <p> O presidente do Sindmon-Metal, Otac&iacute;lio das Neves Coelho destaca que o fato de o acordo ocorrer no final do ano &eacute; ainda melhor, n&atilde;o s&oacute; para os metal&uacute;rgicos como para toda a cidade, j&aacute; que se trata de per&iacute;odo natalino. &ldquo;Aquecimento da economia, gra&ccedil;as &agrave; luta de trabalhadores e de nossos advogados trabalhistas, que s&atilde;o tamb&eacute;m militantes da causa sindical&rdquo;.</p>

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