22/11/2016 08h51
Hospital Margarida caminha para investiga??o
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<strong>João Monlevade –</strong> Vereadores, membros do Conselho Municipal de Saúde, médicos e representantes de diversos setores da sociedade participaram na tarde de sexta-feira (18) de uma audiência pública para discutir sobre denúncia de devolução de verba do Hospital Margarida para o Fundo Nacional de Saúde.</p>
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Diante de posicionamento do provedor da casa de saúde, José Roberto Fernandes, do presidente da Comissão de saúde da Câmara, Telles de Assis Guimarães e do advogado Leonardo Militão, uma revisão total dos procedimentos do hospital são cada vez uma realidade maior.</p>
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Mesmo diante de tanta divergência, as falas apontaram que o procedimento se torna necessário para que sejam encontrados mais procedimentos a serem corrigidos. “Eu estou pedindo uma auditoria. Já conversamos com vereadores para que seja feita. Acho melhor uma auditória de fora é mais isenta que uma interna. Essa diretoria não tem nada a esconder. Essa diretoria não tem porque tem medo de auditoria”, disse o provedor.</p>
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Telles Guimarães deixou como encaminhamento da audiência o pedido de abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para “vasculhar” o hospital. Caso seja levada à frente, esta seria a segunda CPI instaurada no hospital, que já passou pelo procedimento quando era gerido pela Pró-Saúde Associação Beneficente de Assistência Social e Hospitalar.</p>
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<strong>Clima quente</strong></p>
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A audiência foi cercada de muitas divergências. José Roberto Fernandes se mostrava preocupado tanto com a dívida, mas na visão dele, o pagamento deveria ser feito pelos responsáveis da época (período anterior a 2011) e não a atual diretoria. “Como gestor atual, eu respondo por todos os atos financeiros seja que qualquer época, mas não tenho conhecimento técnico. Estamos preparando para fazer uma proposta para o Fundo de Saúde. Temos duas opções: ou fazemos o pagamento ou a dívida será executada. Vamos propor o parcelamento.”</p>
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Porém, o advogado Leornardo Militão trouxe uma nova versão ao fato. “Tive o cuidado de ler o inquérito da Polícia Federal que aconselhou o arquivamento do caso porque concluiu que não houve má fé dos gestores e médicos da época. Houve um procedimento médico. Esse procedimento foi chancelado pelo controle interno do hospital, diretoria do hospital e gestor do município. Portanto vejo que essas pessoas não tem que devolver um centavo”.</p>
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A denúncia</p>
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Relatórios da Superintendência Regional de Saúde (SRS) e da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais apontam para que o Hospital Margarida devolva R$342.416,64 aos cofres públicos devido a procedimentos realizados e pagos. A auditoria foi realizada em 2010. A atualização dos valores faz com que ele se aproxime dos R$500 mil.</p>
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FOTO</p>
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Breno Botelho</p>