Bom Dia - O Diário do Médio Piracicaba

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23/09/2016 08h21

Os erros da Reforma Eleitoral

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<p> Amigas e amigos, depois de alguns dias, volto a escrever nesse espa&ccedil;o. O tempo tem sido curto. Depois de estudar pouco mais de um ano (2014/2015) no curso de p&oacute;s-gradua&ccedil;&atilde;o em Marketing Pol&iacute;tico pelo Grupo Uninter, agora &eacute; que posso colocar a teoria em pr&aacute;tica: coordeno uma campanha &agrave; Prefeitura de S&atilde;o Domingos do Prata.</p> <p> Al&eacute;m dos sobressaltos que todos os profissionais est&atilde;o sujeitos, uma verdadeira pedra no sapato &eacute; a &quot;Mini Reforma Eleitoral&quot;, aprovada pelo Congresso e transformada em lei (13.165) no ano de 2015 pela hoje ex-presidente Dilma Rousseff.</p> <p> Diante da press&atilde;o da opini&atilde;o p&uacute;blica e da imprensa (da qual me orgulho de fazer parte, afinal, antes de tudo, sou jornalista) frente a tantos esc&acirc;ndalos de corrup&ccedil;&atilde;o, era preciso tomar uma atitude. E o que fizeram os deputados e senadores? Escolheram o caminho mais conveniente: medidas de impacto, n&atilde;o para resolver os problemas, mas, um engodo, para tentar &quot;tapar o sol com peneira&quot;, como falamos aqui em Minas. Um canh&atilde;o para matar baratas.</p> <p> Com a justificativa de &quot;baratear as campanhas&quot;, os nobres parlamentares fizeram o &oacute;bvio: diminu&iacute;ram o tempo em que candidatos e coliga&ccedil;&otilde;es teriam para pedir votos. De 90 dias, a campanha passou a ter 45. No r&aacute;dio e na TV, o tempo de propaganda &eacute; ainda menor: 35 dias, e n&atilde;o 45, como era antes. Como forma de amenizar o gosto amargo desse rem&eacute;dio, liberou-se a pr&eacute;-campanha, tempo em que os chamados pr&eacute;-candidatos podiam pedir apoio, mas, voto, n&atilde;o. O que se viu foi muita gente confusa, sem saber o que fazer e perdendo tempo, um ativo precioso.</p> <p> O resultado pr&aacute;tico &eacute; um s&oacute;: campanhas discretas, eleitores ressabiados e candidatos meio sem gra&ccedil;a, constrangidos. Para a grande maioria da popula&ccedil;&atilde;o, o tempo da Pol&iacute;tica - apesar dela estar em absolutamente em tudo e fazer parte do dia a dia nas coisas mais simples - &eacute; justamente o per&iacute;odo eleitoral. Menos tempo, menos informa&ccedil;&atilde;o. Criou-se um embara&ccedil;o para o encontro da mensagem dos candidatos com a mente dos eleitores. Como um candidato ou candidata que coloca seu nome &agrave; disposi&ccedil;&atilde;o da comunidade pela primeira vez pode disputar com quem est&aacute; no poder h&aacute; alguns mandatos? Em p&eacute; de igualdade n&atilde;o tem jeito.</p> <p> N&atilde;o estou aqui para chorar pitangas. O trabalho do profissional &eacute; encontrar solu&ccedil;&otilde;es, e gra&ccedil;as a Deus, as coisas tem caminhado. O objetivo aqui &eacute; mostrar como a tal &quot;mini reforma&quot; atrapalhou tanto a campanha. Criou-se um monstrengo, que n&atilde;o ajuda em nada. Estamos h&aacute; pouco menos de 15 dias da elei&ccedil;&atilde;o e a impress&atilde;o que se tem &eacute; que as campanhas est&atilde;o mornas. Que a li&ccedil;&atilde;o tenha sido apreendida: n&atilde;o se resolve problemas hist&oacute;ricos com projetos de ocasi&atilde;o. &Eacute; preciso que a sociedade se mobilize para que uma verdadeira Reforma Pol&iacute;tica seja aprovada.&nbsp;</p>

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