Bom Dia - O Diário do Médio Piracicaba

notícias

24/06/2016 08h31

SONETOS MODERNOS

A poesia de Raphael Godoy

Compartilhe
<p style="text-align: justify;"> <em>Raphael Godoy &eacute; um escritor da nov&iacute;ssima gera&ccedil;&atilde;o monlevadense. Seu primeiro livro &ldquo;Escritos Esparsos&rdquo; foi um mix de sentimentos e impress&otilde;es sobre o mundo. O segundo, que vai ser lan&ccedil;ado no 1&ordm; Festival de Inverno de Jo&atilde;o Monlevade, vem de uma interessante experi&ecirc;ncia de sonetos di&aacute;rios publicados em um blog: &ldquo;Um soneto por dia&rdquo;. Raphael est&aacute; ousando brincar com um g&ecirc;nero popular em tempos passados, mas com novo enfoque, utilizando a cad&ecirc;ncia, ritmo, poder de concis&atilde;o, mas com uma perspectiva pop, sem o rigor est&eacute;tico dos sonetos tradicionais. Mas vamos &agrave; entrevista ...</em></p> <p style="text-align: justify;"> <strong>O que te motivou a ser poeta? Quando &eacute; que voc&ecirc; se descobriu poeta?</strong></p> <p style="text-align: justify;"> <em>Acho que j&aacute; nasci poeta, lembro que desde pequeno fui das letras. Foi mais ou menos com 10 anos que comecei a escrever. Escrevia sobre tudo e sobre todos, e j&aacute; ensaiava alguns versos para as meninas da sala, mas n&atilde;o funcionava muito bem (risos). Desde ent&atilde;o, esta fase de escrever vem e volta, &agrave;s vezes ficava um tempo sem escrever, mas isto parecia me fazer mal e voltava a escrever de novo. &nbsp;Mas, s&oacute; assumi esta veia po&eacute;tica este ano. Antes me intitulava escritor, mas, hoje, me considero mais poeta.</em></p> <p style="text-align: justify;"> <strong>Voc&ecirc; lan&ccedil;ou um livro que li e gostei bastante, o &ldquo;ESCRITOS ESPARSOS&rdquo;. Quais os feedbacks que obteve?</strong></p> <p style="text-align: justify;"> <em>Os Escritos foi um projeto bem experimental, foi uma colet&acirc;nea de textos e poemas que escrevi ao longo de quatro, cinco anos, mais ou menos e de repente viraram livro. Eu gostei do feedback de algumas pessoas. &Eacute; legal quando voc&ecirc; escreve uma coisa e algu&eacute;m fala para voc&ecirc;: &ldquo;&Eacute; exatamente assim que me sinto&rdquo;. Este tipo de rea&ccedil;&atilde;o &eacute; o que motiva continuar escrevendo, pois se sua arte n&atilde;o toca as pessoas de alguma forma, ela n&atilde;o se justifica.</em></p> <p style="text-align: justify;"> <strong>Voc&ecirc; tem fetiche com o objeto livro ou se d&aacute; bem no ambiente virtual? Acha que a internet t&aacute; matando o romance?</strong></p> <p style="text-align: justify;"> <em>Eu prefiro ler no papel, sentir a folha, e ter o prazer de ao final fechar o livro e voltar com ele para a estante. Mas, a internet &eacute; uma excelente vitrine e nos d&aacute; um par de possibilidades para tudo. N&atilde;o acho que a internet esteja matando o romance, a internet &eacute; uma ferramenta apenas, um rev&oacute;lver n&atilde;o mata, quem mata &eacute; quem atira. A pr&oacute;pria sociedade tem matado o romance. A procura pelo imediatismo, o prazer pelo prazer, querer se mostrar feliz o tempo todo... como haver&aacute; de ter espa&ccedil;o para o romance?</em></p> <p style="text-align: justify;"> <strong>Muitos dos seus sonetos pintam cen&aacute;rios, tem personagens exuberantes (principalmente mulheres), contam hist&oacute;rias nem sempre politicamente corretas. O Raphael poeta briga muito com o Raphael pessoa? </strong></p> <p style="text-align: justify;"> <em>A gente j&aacute; brigou mais, mas recentemente temos andado bem um com o outro. Quando se escreve e, principalmente quando se escreve poesia, a gente se exp&otilde;e muito. Por mais que eu me aproveite hist&oacute;rias, verdades e sentimentos de outras pessoas, quem l&ecirc;, acredita que aquele &eacute; o sentimento do Raphael e n&atilde;o daquele personagem inventado para escrever aquele soneto. Ent&atilde;o, chega uma altura que eu tive que escolher, ou eu escrevia para agradar a mim e &nbsp;as pessoas que comungam dos mesmos valores e hist&oacute;rias que eu, ou escrevia para tocar cada vez mais pessoas. Eu escolhi a segunda op&ccedil;&atilde;o. </em></p> <p style="text-align: justify;"> <em>J&aacute; as mulheres, s&atilde;o uma inspira&ccedil;&atilde;o a parte. Mas, n&atilde;o tem como n&atilde;o ser. Hoje h&aacute; tanto debate sobre feminismo, sobre o papel da mulher na sociedade, que se esquece que elas s&atilde;o o ser mais incr&iacute;vel que Deus fez. Imagine voc&ecirc; sendo Ad&atilde;o, com tantos animais maravilhosos, paisagens naturais indescrit&iacute;veis e ent&atilde;o Deus faz a mulher e lhe entrega. Qual foi a sua rea&ccedil;&atilde;o? A de Ad&atilde;o foi dizer apenas uma frase: &ldquo;Esta, sim, &eacute; osso dos meus ossos e carne da minha carne&rdquo;. Imagino que nesta hora Deus criou tamb&eacute;m a poesia, a m&uacute;sica, o prazer. Havia ali, rever&ecirc;ncia, respeito, admira&ccedil;&atilde;o, um amor inacredit&aacute;vel que a colocava como igual, como parte dele.</em></p> <p style="text-align: justify;"> <strong>Porque voc&ecirc; escolheu os sonetos?</strong></p> <p style="text-align: justify;"> <em>Eu escolhi os sonetos por acreditar que eles sejam uma tradu&ccedil;&atilde;o dos tempos atuais. Onde tudo tem que ser muito r&aacute;pido, imediato. Conto est&oacute;rias em sonetos que poderiam ser desenroladas em cr&ocirc;nicas, contos e at&eacute; romances, mas confiro eles a velocidade dos nossos dias. N&atilde;o d&aacute; nem tempo de se apaixonar por um personagem e o desfecho da est&oacute;ria j&aacute; est&aacute; no verso seguinte. Al&eacute;m desta familiaridade com o que temos vivido, o soneto &eacute; um desafio para quem o escreve, 14 versos s&atilde;o muito pouco, ent&atilde;o precisamos escolher bem as palavras, colocar ritmo e sentido em cada uma delas para que o resultado fique bom.</em></p> <p style="text-align: justify;"> <strong>Voc&ecirc; al&eacute;m de escritor &eacute; um profissional de marketing. At&eacute; onde a lente do marketing acrescenta algo &agrave; sua poesia?</strong></p> <p style="text-align: justify;"> <em>Tenho uma linha que o Marketing deve ter como foco principal a satisfa&ccedil;&atilde;o do cliente para criar uma rede de promotores cada vez mais consistente e garantir a sustentabilidade do neg&oacute;cio, e levo isto para o meu neg&oacute;cio de Literatura. Procuro entregar textos que sejam relevantes e de maneira que eu agrade as pessoas e elas digam a seus amigos: Olha que legal isto. E a internet viabiliza muito esta cria&ccedil;&atilde;o de rede de promotores. Hoje minha p&aacute;gina no Facebook possui mais de 2.500 f&atilde;s, dos quais n&atilde;o devo conhecer 5%. Ainda &eacute; pouco se comparado ao universo de pessoas que est&atilde;o nas redes sociais, mas, j&aacute; &eacute; um passo.</em></p> <p style="text-align: justify;"> <strong>Esse livro que voc&ecirc; vai lan&ccedil;ar, vem sendo escrito religiosamente, todos os dias da semana. </strong><em>do blog &ldquo;Um Soneto Por Dia&rdquo;. T</em><strong>ive oportunidade de ler v&aacute;rios sonetos, muitos deles inspirad&iacute;ssimos. Como &eacute; que surgiu essa ideia de livro interagindo com o blog, um alimentando o outro?</strong></p> <p style="text-align: justify;"> <em>A id&eacute;ia do blog Um Soneto Por Dia surgiu no final do m&ecirc;s de janeiro, quando encontrei alguns sonetos que havia escrito e n&atilde;o havia publicado e me desafiei a fazer um soneto por dia,. Passados alguns dias, tinha material para um m&ecirc;s de postagem, e ent&atilde;o comecei a publicar e a escrever todo dia, pelo menos, um soneto. Tem dia que n&atilde;o sai nada de bom, mas tem dia que consigo dois muito bons. Hoje j&aacute; s&atilde;o quase 150 textos e n&atilde;o tenho pretens&atilde;o de parar. J&aacute; o livro, surgiu de uma conversa com a Carla Lisboa, que inclusive me ajudou com o lan&ccedil;amento do primeiro Livro, sobre o festival de inverno. Convers&aacute;vamos sobre a programa&ccedil;&atilde;o e veio um estalo, porque n&atilde;o aproveitar o festival e lan&ccedil;ar uma edi&ccedil;&atilde;o especial com os 100 primeiros dias do blog? Fizemos algumas pesquisas, ela montou a arte da capa do livro e quando fui ver j&aacute; estava enviando o material para a gr&aacute;fica, tudo em menos de uma semana. Devido ao custo da produ&ccedil;&atilde;o dos livros, optei por fazer uma edi&ccedil;&atilde;o limitada em uma editora especializada em pequenas edi&ccedil;&otilde;es, com os 100 primeiros.</em></p> <p style="text-align: justify;"> <strong>O que vai ter no lan&ccedil;amento que vai acontecer durante o 1&ordm; FESTIVAL DE INVERNO DE JO&Atilde;O MONLEVADE?</strong></p> <p style="text-align: justify;"> <em>Estamos definindo os detalhes ainda, mas falarei um pouco do processo de cria&ccedil;&atilde;o dos sonetos, teremos algumas leituras e meu irm&atilde;o, Thales Godoy, est&aacute; transformando alguns destes sonetos em m&uacute;sicas e ao final do evento teremos a sess&atilde;o de aut&oacute;grafos. Os exemplares poder&atilde;o ser adquiridos no dia do lan&ccedil;amento, em outros eventos que participarei e pela minha p&aacute;gina no facebook.</em></p> <p style="text-align: justify;"> Blog: umsonetopordia.blogspot.com<br /> Facebook: facebook.com.br/umsoneto</p>

Bom Dia Online- Copyright © 2013. Todos os direitos reservados.

by Mediaplus