Bom Dia - O Diário do Médio Piracicaba

notícias

03/06/2016 06h46

ENTREVISTA: Mike Santos - m?sica na veia

Compartilhe
<p style="text-align: justify;"> <strong>Como foi o seu despertar pra m&uacute;sica?</strong></p> <p style="text-align: justify;"> Aconteceu em casa mesmo, minha m&atilde;e &eacute; musicista, e na &eacute;poca dava aulas de teclado e viol&atilde;o em casa, eu estava sempre &quot;de olho&quot;, e aos 6 anos, ela percebeu que eu j&aacute; estava tocando alguma coisinha por conta pr&oacute;pria, e decidiu me ensinar.</p> <p style="text-align: justify;"> <strong>O que voc&ecirc; ouvia na sua inf&acirc;ncia?</strong></p> <p style="text-align: justify;"> Durante a inf&acirc;ncia eu era um pouco mais &ldquo;fechado&rdquo; musicalmente ouvia muito Chico Buarque, Caetano, Gilberto Gil, Clube da Esquina, Legi&atilde;o Urbana, Angra, Piano Cl&aacute;ssico (por estar aprendendo), Don Ross, Pink Floyd, Dream Theater, Steve Vai, Joe Satriani, e do pessoal mais pr&oacute;ximo eu ouvia Rep&uacute;blica dos Anjos, Aggeu Marques e Concreto, e tudo o que minha m&atilde;e cantava, minha maior influ&ecirc;ncia.</p> <p style="text-align: justify;"> <strong>Voc&ecirc; come&ccedil;ou a aprender m&uacute;sica em Rio Piracicaba mesmo ou em outra cidade?</strong></p> <p style="text-align: justify;"> Sim, em Rio Piracicaba, cidade de grandes m&uacute;sicos, haviam v&aacute;rias bandas e uma corpora&ccedil;&atilde;o musical na &eacute;poca, v&aacute;rias boas influ&ecirc;ncias, e sempre uma boa movimenta&ccedil;&atilde;o cultural, o que a tornou um bom ber&ccedil;o pra v&aacute;rios m&uacute;sicos que como eu, tem suas bases em Rio Piracicaba.</p> <p style="text-align: justify;"> <strong>Como foi a sua inicia&ccedil;&atilde;o musical? Voc&ecirc; continua estudando?</strong></p> <p style="text-align: justify;"> O in&iacute;cio foi no teclado, aos seis anos, tendo como professora minha pr&oacute;pria m&atilde;e F&aacute;tima. Alguns meses depois, comecei a me aventurar pelo viol&atilde;o tamb&eacute;m, e assim foi sistematicamente por toda a minha inf&acirc;ncia. T&iacute;nhamos dias de estudo de teoria, dias de solfejo, dias em que ela solfejava para que eu &ldquo;tirasse&rdquo; as m&uacute;sicas de ouvido, e nesse meio tempo, fui me aventurando por outros instrumentos.</p> <p style="text-align: justify;"> Nos apresent&aacute;vamos muito como Fam&iacute;lia Santos, no extinto Clube da Aferp em Rio Piracicaba, em casamentos, festas particulares, na tradicional Festa de Bom Jesus. Quando eu tinha nove anos, minha m&atilde;e decidiu parar de tocar profissionalmente. A partir desse momento eu assumi a parte instrumental da fam&iacute;lia, responsabilidade que me for&ccedil;ou a buscar sempre melhorar como m&uacute;sico apesar da pouca idade na &eacute;poca.</p> <p style="text-align: justify;"> Hoje continuo estudando, em virtude de uma parceria com a Ibanez, estou mais concentrado nas guitarras, mas nem por isso deixei os outros instrumentos de lado. A partir de junho desse ano, terei alguns v&iacute;deos peri&oacute;dicos, no meu canal e no canal da Ibanez com interpreta&ccedil;&otilde;es de obras dos grandes da guitarra, entre eles Steve Vai, Joe Satriani, Kiko Loureiro (que est&aacute; representando o Brasil muito bem no Megadeth), Eric Johnson, entre outros.</p> <p style="text-align: justify;"> <strong>&Eacute; m&uacute;sico de partitura ou s&oacute; de ouvido?</strong></p> <p style="text-align: justify;"> Fa&ccedil;o uso de ambos, no dia a dia toco &ldquo;de ouvido&rdquo;, mas para estudar a partitura &eacute; uma &oacute;tima ferramenta e acelera muito o processo de aprendizado de novas m&uacute;sicas, treinos, escalas etc. Fora o uso para grava&ccedil;&otilde;es tamb&eacute;m, onde se torna poss&iacute;vel tocar &ldquo;cravado&rdquo; sem a necessidade de ensaios.</p> <p style="text-align: justify;"> <strong>Quais as suas principais influ&ecirc;ncias?</strong></p> <p style="text-align: justify;"> Hoje apesar de grande parte do que eu escutava eu continuar ouvindo, os horizontes se abriram mais, Chico Buarque, Renato Russo, Humberto Gessinger, Johnny Alf, Rafael Bittencourt, Djavan e Marcelo Camelo s&atilde;o boas refer&ecirc;ncias no Brasil em rela&ccedil;&atilde;o &agrave;s letras e harmonias. De fora Pink Floyd, Dream Theater, Peter Frampton, Little Tybee, Symphony X, Frank Zappa, Kansas, Cristopher Cross, entre muitos outros, o que se reflete em parte do que eu componho.</p> <p style="text-align: justify;"> &nbsp;</p> <p style="text-align: justify;"> <strong>Rio Piracicaba j&aacute; o inspirou musicalmente?</strong></p> <p style="text-align: justify;"> Sim, sem d&uacute;vida, mesmo porque &eacute; a cidade onde eu passei grande parte da minha vida, logo as lembran&ccedil;as, influ&ecirc;ncias, est&atilde;o sempre presentes, e al&eacute;m de tudo, &eacute; um lugar onde tenho seguran&ccedil;a e tranquilidade pra perder umas boas noites de sono entre composi&ccedil;&otilde;es e arranjos.</p> <p style="text-align: justify;"> <strong>O que mais o inspira a compor?</strong></p> <p style="text-align: justify;"> Acho que os temas mais comuns s&atilde;o cotidiano, conjuntos de ideias e valores, e o amor, que vem a muitos s&eacute;culos inspirando compositores e poetas. Temas comuns entre a maioria dos compositores, umas &ldquo;viagens&rdquo; tamb&eacute;m, como algumas m&uacute;sicas que foram feitas depois de sonhos, outras ap&oacute;s boas conversas ou discuss&otilde;es sobre a vida.</p> <p style="text-align: justify;"> <strong>O que voc&ecirc; acha do panorama musical contempor&acirc;neo. Acha que com a internet melhorou ou piorou a vida do artista?</strong></p> <p style="text-align: justify;"> Acho que melhorou demais! No meu caso, por exemplo, sem a internet eu n&atilde;o conseguiria as ferramentas necess&aacute;rias para grava&ccedil;&otilde;es, n&atilde;o teria como aprender o processo, al&eacute;m disso estudo muito pela internet, sou da &eacute;poca dos songbooks, e vejo o quanto o guitar pr&oacute; o cifra clube e o 911 tabs democratizam e organizam esse conhecimento que est&aacute; muito mais acess&iacute;vel hoje do que era nos anos noventa, quando comecei a tocar.</p> <p style="text-align: justify;"> Outro aspecto interessante &eacute; que a internet mudou as formas de consumo e produ&ccedil;&atilde;o musical e cultural.</p> <p style="text-align: justify;"> <strong>Voc&ecirc; se apresenta na maioria dos espa&ccedil;os culturais do M&eacute;dio Piracicaba. Como &eacute; o tratamento desses espa&ccedil;os para com os artistas?</strong></p> <p style="text-align: justify;"> Sou sempre muito bem recebido aqui na regi&atilde;o, o que &eacute; motivo de muita alegria para mim. As casas, restaurantes e bares e contratantes s&atilde;o sempre muito atenciosos no trato e no planejamento das apresenta&ccedil;&otilde;es.</p> <p style="text-align: justify;"> &nbsp;</p> <p style="text-align: justify;"> <strong>E o p&uacute;blico? Tem um comportamento respeitoso e interativo com o artista? Ainda pintam aqueles sujeitos que gritam &ldquo; Toca Raul&rdquo; depois de cada m&uacute;sica? </strong></p> <p style="text-align: justify;"> Tem sim. J&aacute; s&atilde;o sagrados os pedidos, geralmente em apresenta&ccedil;&otilde;es menores. Sou 100% levado pelo p&uacute;blico do dia, que em certas ocasi&otilde;es est&aacute; mais MPB, em outras mais Rock, assim vamos variando o repert&oacute;rio tamb&eacute;m, e nos aventurando em diversos estilos. Valorizo muito essa proximidade que o p&uacute;blico tem ao pedir, sugerir m&uacute;sicas, e interagir comigo durante as apresenta&ccedil;&otilde;es.</p> <p style="text-align: justify;"> <strong>O que significa Rio Piracicaba na sua vida. Santo de Casa faz milagre em RP?</strong></p> <p style="text-align: justify;"> Rio Piracicaba sempre ser&aacute; minha cidade do cora&ccedil;&atilde;o, cidade tranquila que teve e tem grande influ&ecirc;ncia no meu desenvolvimento como m&uacute;sico e compositor.<br /> Percebo pelo carinho dos Rio Piracicabenses que Santo de Casa faz sim milagres por l&aacute;, mas ao mesmo tempo, &eacute; dif&iacute;cil focar mais na cidade, visto que hoje em dia, h&aacute; pouco espa&ccedil;o para apresenta&ccedil;&otilde;es, e como o m&uacute;sico vive de show, me sinto um pouco &ldquo;fora de casa&rdquo;, por me apresentar poucas vezes no ano em minha cidade natal, mas espero que com o tempo esse cen&aacute;rio mude, e &ldquo;o santo possa ficar mais em casa&rdquo; tamb&eacute;m.</p>

Bom Dia Online- Copyright © 2013. Todos os direitos reservados.

by Mediaplus