08/04/2016 07h25
Estudantes e professores protagonizam novo protesto contra onda de assaltos
Estudantes e professores protagonizam novo protesto contra onda de assaltos
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<strong>João Monlevade –</strong> Mais uma vez, a Câmara de João Monlevade foi recebeu, durante a reunião ordinária, protesto da população contra a onda de assaltos no município. Na tarde dessa quarta-feira (6) professores e estudantes da Doctum, UEMG e UFOP foram ao Legislativo para pedir mais segurança. Os entornos das faculdade foram cenários para vários assaltos.</p>
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O grupo foi representado pelo professor Breno Eustáquio da Silva, que fez o uso da tribuna popular. “Temos conhecimento de que movimentos estão sendo feitos para tentar coibir a ação de bandidos em nossa cidade ainda que não suficientes. Porém, as polícias, mesmo com toda dificuldade de infraestrutura e falta de pessoal, tem feito seu trabalho, assim como os vereadores dessa casa e diretores da Doctum e da Uemg têm promovido reuniões com autoridades públicas para discutir esse problema”.</p>
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O professor também falou sobre a falta de ações de médio e longo prazo, que poderiam evitar estes casos. “Não sou especialista em segurança pública, mas minha experiência acadêmica me dá uma noção de como esse problema deve ser combatido: com um plano de desenvolvimento a longo prazo, com ações emergenciais, mas outras que só vão surtir efeito daqui a algum tempo. Nunca ouvi falar em Monlevade da existência de um grupo oficial suprapartidário, com representação das mais diversas camadas sociais, engajado a promover o desenvolvimento do município, com ações que reflitam em mais saúde, mais emprego, mais educação, mais saneamento, mais ordem social, entre outros fatores que direta ou indiretamente vão gerar uma cidade mais segura”.</p>
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Belmar Diniz (PT) foi o primeiro vereador a falar. “É legítima e de direito a manifestação de vocês. Gostaria de dizer que a Câmara não está omissa com relação há segurança publica. São várias reuniões realizadas por esta casa”. Ele ainda lembrou que situação semelhante vem acontecendo nas proximidades dos campus da PUC e UFMG, em Belo Horizonte.</p>
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Já o vereador Vanderlei Miranda (PR) comentou sobre os problemas estruturais enfrentados pelas policias militar e civil. “Se não houver uma parceria com a Prefeitura e o empresariado local, a Polícia não tem recursos para conter a criminalidade”.</p>
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A mesma linha foi seguida pelo vereador Guilherme Nasser (PSDB). “Ninguém trabalha sem infraestrutura mínima. E a polícia está nessa situação. O estado cortou mais de 90% do investimento em infraestrutura. Mas nós temos que fazer diferença aqui”. Ele também voltou a criticar a sensação de impunidade que a legislação dá aos menores de idade. “Não dá pra polícia prender o mesmo infrator 4,5,6 vezes. Uma hora ele vai matar alguém.”</p>
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Thiago Titó (PDT) disse que a função dos vereadores é fiscalizar e cobrar ações dos órgãos competentes. Ele ainda sugeriu a criação de uma guarda municipal como alternativa. “A guarda municipal é muita alternativa, mas cabe à Prefeitura avaliar a situação”.</p>
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Fabrício Lopes (PMDB) lembrou que, enquanto ocupava a secretaria de Obras, várias ações foram feitas na Uemg junto à diretoria da universidade. “Na Doctum também houve uma reunião onde apontaram a necessidade de intervenção dos poderes públicos pelas ações. Não vamos nos curvar pra essas pessoas que vem nos amedrontando, mas vamos enfrentá-los através no trabalho.”</p>
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Já o presidente da Casa, Djalma Bastos (PSD), pediu aos estudantes que não tenham medo de denunciar os crimes. “É preciso ter coragem para denunciar. Temos que denunciar quem é o traficante e o ladrão, mas a sociedade está com medo. Vocês sabem que na porta de casa ou na escola tem o colega que usa droga e você não denuncia. É preciso ter coragem de falar, fazer e executar”.</p>