Bom Dia - O Diário do Médio Piracicaba

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17/03/2016 08h49

Ap?s cinco meses de implanta??o, Rua Protegida apresenta resultados no Ipiranga

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<p> O projeto &ldquo;Rua Protegida&rdquo; foi implantado h&aacute; exatamente cinco meses na rua Abaet&eacute;, bairro Ipiranga. Atrav&eacute;s de orienta&ccedil;&otilde;es da Pol&iacute;cia Militar, moradores se organizaram com o objetivo de coibir as a&ccedil;&otilde;es dos criminosos.</p> <p> Antes de o sistema ser implantado, o local era usado como ponto de tr&aacute;fico e uso drogas, prostitui&ccedil;&atilde;o e at&eacute; homic&iacute;dios. Ap&oacute;s a cria&ccedil;&atilde;o do projeto, os &iacute;ndices de ocorr&ecirc;ncias dessas naturezas ca&iacute;ram 100%, segundo dados dos pr&oacute;prios coordenadores do projeto que estiveram na manh&atilde; desta ter&ccedil;a-feira (15), na sede da 17&ordf; Companhia de Pol&iacute;cia Militar Independente onde, orgulhosos, apresentaram um relat&oacute;rio.</p> <p> Os moradores que coordenam o projeto na rua, Arildo Ermelindo da Silva, 45, Lucimara Dias, 36, e Vanessa Aparecida Coelho, 28, falaram aos militares por cerca de 40 minutos e apresentaram os resultados dos primeiros cinco meses do projeto.</p> <p> Vanessa contou que a ideia surgiu depois que seu irm&atilde;o foi assassinado no local, no final do ano passado, e desde ent&atilde;o passou a lutar por melhorias na seguran&ccedil;a da regi&atilde;o. Para implanta&ccedil;&atilde;o do &ldquo;Rua Protegida&rdquo; foram comparadas duas placas grandes, que foram instaladas no in&iacute;cio e final da rua, e 19 placas menores colocadas uma em cada resid&ecirc;ncia.</p> <p> Al&eacute;m das placas os moradores criaram um grupo na rede social WhatsApp, formado apenas por moradores da rua, onde s&atilde;o lan&ccedil;ados alertas sempre que uma pessoa suspeita &eacute; vista circulando pelo local. Eles criaram ainda uma cartilha e distribu&iacute;ram apitos, que ser&atilde;o utilizados somente em caso de ocorr&ecirc;ncias mais graves para chamar a aten&ccedil;&atilde;o de todos a fim de acionarem a Pol&iacute;cia Militar.</p> <p> Os recursos para implanta&ccedil;&atilde;o do sistema foram dos pr&oacute;prios moradores. Lucimara Dias falou dos desafios para se criar o projeto. &ldquo;Quando a gente fala com os interessados em formar o sistema na sua rua, que voc&ecirc; tem que conhecer o dia a dia do seu vizinho e ter certo relacionamento com eles, a&iacute; j&aacute; ficam com medo porque em todos os lugares tem um traficante, tem um usu&aacute;rio, tem uma pessoa que &eacute; capaz de fazer algo com quem tomou essa atitude. Ent&atilde;o, a coragem tem que ser maior que o medo&rdquo;, pontuou a moradora. Disse ainda h&aacute; cerca de 15 anos vem solicitando junto &agrave; Prefeitura melhorias na rua como troca das l&acirc;mpadas e cal&ccedil;amento, e que somente ap&oacute;s a implanta&ccedil;&atilde;o do sistema de monitoramento pelos moradores, foram atendidos. Ressaltaram ainda que a rua &eacute; pequena e possu&iacute;a apenas tr&ecirc;s poste em toda extens&atilde;o.</p> <p> Ainda de acordo com os coordenadores, ap&oacute;s a implanta&ccedil;&atilde;o do projeto, n&atilde;o houve mais registros de ocorr&ecirc;ncias no local e at&eacute; as crian&ccedil;as, que h&aacute; muito n&atilde;o podia sair de casa, voltaram a brincar na rua. &ldquo;Sempre que um suspeito aprece e percebe que est&aacute; sendo vigiado, ele acaba indo embora e nem chagamos a acionar a PM&rdquo;, lembrou Lucimara.</p> <p> Arildo Silva disse que foi criando um livro onde s&atilde;o anotadas as ocorr&ecirc;ncias. &ldquo;Logo quando foi implantado o sistema uma vizinha teve a casa dela apedrejada e acionamos a viatura e em menos de sete minutos a pol&iacute;cia chegou. N&oacute;s acreditamos que eles [criminosos] estavam apenas testando se o sistema realmente funcionava. Depois disso, o fato nunca mais ocorreu e o tr&aacute;fico de drogas acabou, bem como os motoqueiros que iam levar drogas n&atilde;o v&atilde;o mais e nem na esquina com a Avenida Alberto Lima onde eles ficavam, ficam mais&rdquo;, destacou.</p> <p> O major Jayme Alves, o Tenente Geovani Melo e os Aspirantes Davi e Elizer, respons&aacute;veis pela implanta&ccedil;&atilde;o do projeto na rua, parabenizaram os moradores pelo empenho em mant&ecirc;-lo ativo. &ldquo;Que sirva de exemplo para nossa cidade. Olha que bacana, uma rua com aproximadamente 50 moradores se mobilizou depois que um fato grave ocorreu no local. Olha que exemplo est&aacute; dando para nossa comunidade. Estamos abertos para quaisquer bairros que queiram fazer a sua rede de vizinhos protegidos, n&oacute;s vamos l&aacute; pra semear a boa ideia, basta querer&rdquo;, pontuou Jayme Alves.</p> <p> Ao final os tr&ecirc;s moradores receberam certificados da Pol&iacute;cia Militar, em reconhecimento aos trabalhos prestados &agrave; comunidade local.</p>

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