Bom Dia - O Diário do Médio Piracicaba

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09/03/2016 19h26

Mulheres fazem manifesta??o contra Vale em Catas Altas

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<p> Mulheres fizeram, na manh&atilde; desta ter&ccedil;a-feira, 8, uma manifesta&ccedil;&atilde;o contra a Samarco a Vale e o modelo de minera&ccedil;&atilde;o atual. De acordo com a Pol&iacute;cia Militar (PM), por volta das 10h, cerca de 500 pessoas estavam na MG-129, em Catas Altas, na Regi&atilde;o Central de Minas Gerais, perto da mina de Fazend&atilde;o, que pertence &agrave; Vale. O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), que organizou o protesto para o Dia Internacional da Mulher, informou</p> <p> Por volta das 12h, a PM informou que o protesto havia terminado e a MG-129 j&aacute; estava liberada. Segundo a corpora&ccedil;&atilde;o, o ato ocorreu a cerca de 30 quil&ocirc;metros da barragem de Germano, da Samarco.</p> <p> A mineradora, cujos controladores s&atilde;o a Vale e a anglo-australiana BHP, &eacute; a respons&aacute;vel pela barragem de Fund&atilde;o, que se rompeu em Mariana no fim do ano passado e deixou mortos e desabrigados. A lama gerada pelo rompimento atravessou o Rio Doce e chegou ao mar do Esp&iacute;rito Santo. No percurso do rio, cidades tiveram de cortar o abastecimento de &aacute;gua para a popula&ccedil;&atilde;o em raz&atilde;o dos rejeitos.</p> <p> Segundo o MST, o protesto questionou o atual modelo de minera&ccedil;&atilde;o e denunciou a viol&ecirc;ncia contra a mulher. O movimento alegou que o modelo &eacute; &ldquo;predat&oacute;rio&rdquo; e causa doen&ccedil;as e o aumento de prostitui&ccedil;&atilde;o onde mineradoras se instalam.</p> <p> &ldquo;H&aacute; uma entrega dos recursos naturais do pa&iacute;s ao capital internacional, deixando um rastro de morte e destrui&ccedil;&atilde;o ambiental e social. O maior exemplo disso &eacute; o rompimento da barragem de Mariana e a forma vexat&oacute;ria como o governo assinou o acordo com a Vale e a Samarco&rdquo;, afirmou uma das integrantes do movimento ao G1.</p> <p> Na &uacute;ltima semana, o acordo para recuperar o Rio Doce foi assinado entre representantes dos poderes p&uacute;blicos federal e dos estados de Minas Gerais e do Esp&iacute;rito Santo com a Samarco. O objetivo &eacute; criar um fundo que&nbsp; prev&ecirc; R$ 20 bilh&otilde;es em recursos, valor que pode variar, segundo o Minist&eacute;rio do Meio Ambiente.</p> <p> Conforme o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, a manifesta&ccedil;&atilde;o contou tamb&eacute;m com integrantes do Movimento pela Soberania Popular na Minera&ccedil;&atilde;o (MAM). Os movimentos sociais prop&otilde;em um projeto popular de minera&ccedil;&atilde;o, regulado pela necessidade social, com a participa&ccedil;&atilde;o das comunidades, al&eacute;m de instrumentos de fiscaliza&ccedil;&atilde;o mais eficazes e preven&ccedil;&atilde;o de desastres.</p> <p> <strong>Vale</strong></p> <p> Por meio de nota, a Vale informou que a mina de Fazend&atilde;o, em Catas Altas, foi invadida no in&iacute;cio desta manh&atilde; por cerca de 500 pessoas ligadas ao MST. Segundo a empresa, as manifestantes picharam e sujaram a portaria e a rodovi&aacute;ria interna da unidade. Ainda conforme a nota, elas tamb&eacute;m paralisaram e depredaram o ramal ferrovi&aacute;rio da Estrada de Ferro Vit&oacute;ria a Minas (EFVM) que d&aacute; acesso a minas da Vale na regi&atilde;o.</p> <p> &ldquo;A Vale repudia veementemente quaisquer a&ccedil;&otilde;es violentas, depredat&oacute;rias, que geram riscos &agrave; seguran&ccedil;a e o bem-estar daqueles que trabalham e utilizam essas unidades invadidas. A Vale tomar&aacute; todas as medidas cab&iacute;veis para reestabelecer a normalidade na unidade&rdquo;, informou a mineradora.</p> <p> Procurada pela reportagem, a Samarco informou que n&atilde;o vai comentar os protestos.</p> <p> J&aacute; os organizadores criticaram a nota da Vale no que diz respeito ao termo &ldquo;depredat&oacute;rias&rdquo;: &ldquo;mais depredat&oacute;ria que a Vale, somente ela junta com a Samarco e a BHP&rdquo;, dispararam.</p>

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