26/02/2016 09h29
Aprova??o das contas de Moreira: Belmar critica Mauri e acerta Sinval
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A votação das contas da Prefeitura de João Monlevade de 2007, referentes ao mandato de Carlos Ezequiel Moreira (hoje PSDB), rendeu um extenso bate-boca e até ofensas pessoais durante reunião ordinária da Câmara Municipal. Mesmo com a aprovação dos vereadores por nove votos a favor e dois contrários, o clima ficou tenso entre Belmar Diniz (PT) e Sinval Dias (PSDB).</p>
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A prestação de contas já havia sido reprovada por unanimidade pela equipe técnica, Ministério Público (MP) e conselheiros do Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais.</p>
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Na segunda tentativa de aprovação, foi mantido o parecer negativo da equipe técnica e o MP, porém recebeu aval do conselho.</p>
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A rejeição à aprovação das contas foi defendida por Belmar Diniz. O vereador atentou que o pleito que aprovou as contas contou com o voto do já conselheiro Mauri Torres. De acordo com ele, a votação de Torres fere o regimento interno do Tribunal de Contas devido a proximidade entre o ex-deputado e o ex-prefeito. “O artigo 135 do Código de Processo Civil diz que ‘reputa a suspeição de parcialidade na votação caso o julgado seja amigo ou inimigo do votante’. O conselheiro Mauri Torres apresenta domicílio eleitoral em João Monlevade, participa das atividades, político-partidárias (...), além de ser pai do atual prefeito da cidade, com quem o ex-prefeito Carlos Ezequiel Moreira apresenta estreitíssimos vínculos pessoais, partidários e profissionais. Esses já seriam motivos suficientes para configurar conflito de interesses”. Belmar ainda lembrou a extensa ficha de processos judiciais enfrentados por Moreira, colocando em cheque a lisura do processo.</p>
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Os argumentos do petista foram suficientes para tirar Sinval Dias do sério. Visivelmente irritado, o tucano desferiu críticas ao pai do petista, o ex-prefeito Leonardo Diniz, por causa de uma recente decisão judicial que gerou uma multa. “Seu pai também teve problemas com a justiça e agora sua família que está pagando”, atacou.</p>
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Diante da passividade dos demais vereadores, o petista pediu licença e deixou a reunião pouco antes de seu término.</p>
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<em>Breno Botelho/RB6</em></p>