Bom Dia - O Diário do Médio Piracicaba

notícias

10/12/2015 16h48

Promotoria vai ? Justi?a para que Samarco, Vale e BHP ajudem v?timas

Compartilhe
<p> Ap&oacute;s a Samarco se recusar a assinar um acordo de aux&iacute;lio e repara&ccedil;&atilde;o financeira &agrave;s v&iacute;timas de Mariana (MG), o Minist&eacute;rio P&uacute;blico anunciou que entrar&aacute; com uma a&ccedil;&atilde;o civil nesta quinta-feira (10) contra a empresa e suas acionistas, a Vale e a anglo-australiana BHP Billiton.</p> <p> A Promotoria pedir&aacute; &agrave; Justi&ccedil;a que as mineradoras apresentem dois planos para os moradores das comunidades atingidas pelos rejeitos da barragem de Fund&atilde;o, que se rompeu no dia 5 de novembro.</p> <p> O primeiro deles &eacute; emergencial e deve ser determinado por meio de liminar (decis&atilde;o urgente). O Minist&eacute;rio P&uacute;blico pede que a empresa pague um aux&iacute;lio financeiro de R$ 1.500 &agrave;s fam&iacute;lias com acr&eacute;scimo de 30% por dependente, transfira todas os desabrigados que est&atilde;o em hot&eacute;is para moradias alugadas at&eacute; o dia 24 de dezembro e indenize as pessoas que perderam autom&oacute;veis na lama.</p> <p> Para promotor, Samarco &eacute; desleal e joga funcion&aacute;rios contra v&iacute;timasPromotoria manda Samarco oferecer plano para evitar demiss&otilde;es no ESGoverno de Minas multa Samarco em R$ 112 milh&otilde;esMulta a Samarco por desastre em Mariana deve chegar a R$ 250 milh&otilde;esDiretor-presidente da Samarco dep&otilde;e a procuradores em BHBuscas por desaparecidos em MG s&atilde;o retomadas na manh&atilde; deste s&aacute;bado</p> <p> Atualmente, a empresa paga um sal&aacute;rio m&iacute;nimo (R$ 788) a cada fam&iacute;lia, mais 20% por dependente, e uma cesta b&aacute;sica, e prev&ecirc; que as transfer&ecirc;ncias para as moradias s&oacute; sejam conclu&iacute;das em fevereiro.</p> <p> O segundo pedido da a&ccedil;&atilde;o civil &eacute; um planejamento definitivo para o futuro dos atingidos, com indeniza&ccedil;&otilde;es negociadas individualmente e reconstru&ccedil;&atilde;o dos locais destru&iacute;dos. Algumas &aacute;reas mais afetadas, como o vilarejo de Bento Rodrigues, teriam de ser constru&iacute;dos em outro lugar.</p> <p> Nesse quesito, a a&ccedil;&atilde;o envolve os povoados de Bento Rodrigues, Paracatu, Camargos, Ponte do Gama, Pedras e Campinas.</p> <p> &quot;Entramos com essa a&ccedil;&atilde;o porque, at&eacute; agora, a Samarco tem agido como se fizesse caridade a essas fam&iacute;lias. N&atilde;o &eacute; caridade, &eacute; obriga&ccedil;&atilde;o&quot;, disse o promotor Guilherme Meneghin.</p> <p> Ele acrescenta que o Minist&eacute;rio P&uacute;blico ainda pretende manter di&aacute;logo com a empresa e que, caso a mineradora apresente uma proposta vi&aacute;vel, a Promotoria pode desistir da a&ccedil;&atilde;o.</p> <p> A Vale e a BHP entraram no processo porque, no entendimento de Meneghin, t&ecirc;m responsabilidade sobre o incidente, que at&eacute; o momento contabiliza 15 mortos e quatro desaparecidos.</p> <p> Parte dos rejeitos da mina de Alegria, da Vale, eram despejados em Fund&atilde;o. J&aacute; a BHP foi acionada porque lucrava com as opera&ccedil;&otilde;es da Samarco.</p> <p> A Samarco ainda n&atilde;o se manifestou sobre a declara&ccedil;&atilde;o do promotor. Em nota divulgada nesta quarta (9), a empresa disse que &quot;continua analisando e discutindo os termos com o Minist&eacute;rio P&uacute;blico&quot;. &quot;Independentemente da assinatura do documento, a empresa reitera que continuar&aacute; prestando aux&iacute;lio humanit&aacute;rio &agrave;s comunidades&quot;, informou.</p> <p> Procurada, a Vale ainda n&atilde;o se manifestou. A reportagem n&atilde;o conseguiu localizar representantes da BHP para comentar.</p> <p> <strong>ACORDO</strong></p> <p> O acordo, um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta), foi proposto pelo Minist&eacute;rio P&uacute;blico ao presidente da Samarco, Ricardo Vescovi, no &uacute;ltimo dia 1&ordm;. Na &eacute;poca, Vescovi informou que estudaria as cl&aacute;usulas &quot;o mais r&aacute;pido poss&iacute;vel&quot;.</p> <p> De acordo com o promotor Guilherme Meneghin, dois pontos travaram as negocia&ccedil;&otilde;es. O primeiro &eacute; que a Samarco, segundo ele, se recusou a ajudar v&iacute;timas indiretas do rompimento da barragem, como caminhoneiros do distrito de &Aacute;guas Claras que n&atilde;o podem trabalhar porque as estradas foram atingidas.</p> <p> O segundo ponto &eacute; o pedido da Samarco para que sejam desbloqueados R$ 300 milh&otilde;es de suas contas, a fim de assegurar que a assist&ecirc;ncia aos atingidos seja cumprida.</p> <p style="text-align: right;"> <em>FOLHAPRESS</em></p>

Bom Dia Online- Copyright © 2013. Todos os direitos reservados.

by Mediaplus