Bom Dia - O Diário do Médio Piracicaba

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07/12/2015 11h19

Reflexos do rompimento da barragem de Fund?o s?o tema de reuni?o do CBH-Piranga

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<p> Preocupados com os reflexos da onda de lama que atingiu o Rio Doce em fun&ccedil;&atilde;o do rompimento da barragem de Fund&atilde;o, localizada em Mariana &ndash; MG, membros do Comit&ecirc; da Bacia Hidrogr&aacute;fica do Rio Piranga (CBH-Piranga) reuniram, no dia 3 de dezembro, em Ponte Nova, especialistas, representantes de munic&iacute;pios afetados e dos segmentos que comp&otilde;em o colegiado para discutir os efeitos e as alternativas para recupera&ccedil;&atilde;o do Rio Doce ap&oacute;s a trag&eacute;dia.</p> <p> <strong>Comit&ecirc;s pedem maior participa&ccedil;&atilde;o em processo de recupera&ccedil;&atilde;o do rio</strong></p> <p> Abrindo um encontro, a diretoria do Comit&ecirc; apresentou aos participantes informa&ccedil;&otilde;es sobre a reuni&atilde;o do Comit&ecirc; da Bacia Hidrogr&aacute;fica do Rio Doce, realizada no dia 1&ordm; de dezembro, em Governador Valadares. O objetivo do encontro foi colocar em pauta a necessidade de inclus&atilde;o do colegiado nas decis&otilde;es referentes &agrave; recupera&ccedil;&atilde;o do manancial, gravemente afetado pelo rompimento da barragem de Fund&atilde;o. O evento foi marcado pela entrega de um manifesto &agrave;s autoridades presentes. Participaram do evento os representantes dos Comit&ecirc;s afluentes e do CBH-Doce; o Ministro Interino do Meio Ambiente, Francisco Gaetani; o Secret&aacute;rio de Estado de Desenvolvimento Regional, Pol&iacute;tica Urbana e Gest&atilde;o Metropolitana, Luiz Tadeu Martins Leite; o Diretor Presidente da Ag&ecirc;ncia Nacional de &Aacute;guas (ANA), Vicente Andreu; a Presidente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renov&aacute;veis (IBAMA), Marilene Ramos; o Procurador Geral da Uni&atilde;o, da Advocacia Geral da Uni&atilde;o, Paulo Henrique Kuhn;&nbsp; e o Procurador Geral Federal, da Advocacia Geral da Uni&atilde;o, Renato Rodrigues Vieira; entre outras autoridades.</p> <p> <strong>Impactos na ictiofauna do Rio Doce</strong></p> <p> Cientes do preju&iacute;zo causado pelo rompimento da barragem para a ictiofauna do Rio Doce, o professor do Departamento de Biologia Animal da Universidade Federal de Vi&ccedil;osa (UFV), Jorge Dergam, foi convidado para falar sobre os reflexos e perspectivas para o manancial. Segundo Dergam, a Bacia do Rio Piranga, que contava com 68 esp&eacute;cies nativas (dados da Funda&ccedil;&atilde;o Biodiversitas), j&aacute; sofria com problemas de degrada&ccedil;&atilde;o resultantes da polui&ccedil;&atilde;o, redu&ccedil;&atilde;o de carga do len&ccedil;ol fre&aacute;tico, problemas de drenagem nas estradas rurais, extrativismo ambiental, entre outros fatores. Foi explicado que, como resultado da trag&eacute;dia, poder&aacute; ser observado no Rio Doce a perda de diversidade gen&eacute;tica em longo prazo, mortandade do ecossistema do estu&aacute;rio, perda ou degrada&ccedil;&atilde;o do habitat de algumas esp&eacute;cies e a prov&aacute;vel extin&ccedil;&atilde;o de algumas esp&eacute;cies de peixes. Para Jorge, a esperan&ccedil;a s&atilde;o os locais que n&atilde;o foram atingidos pelo desastre, sendo os afluentes menores os respons&aacute;veis pela exporta&ccedil;&atilde;o de mat&eacute;ria e energia para a calha do Rio Doce. &ldquo;O Rio Piranga ser&aacute; o fornecedor de vida para o Doce&rdquo;, destacou. Dergan disse que algumas medidas podem ser tomadas para auxiliar na recupera&ccedil;&atilde;o do rio, como o controle da pesca predat&oacute;ria, a melhoria da qualidade da &aacute;gua, a recupera&ccedil;&atilde;o de nascentes e matas ciliares, a realiza&ccedil;&atilde;o de estudos de fauna e peixes e a elabora&ccedil;&atilde;o de programas de educa&ccedil;&atilde;o ambiental; sendo a participa&ccedil;&atilde;o de todos os segmentos essencial no processo. &ldquo;A gente tem o direito, garantido pela constitui&ccedil;&atilde;o, de termos um ambiente ecologicamente estruturado&rdquo;, salientou.</p> <p> <strong>Alternativas para a destina&ccedil;&atilde;o de rejeitos de minera&ccedil;&atilde;o</strong></p> <p> No Brasil existem 663 barragens, sendo 445 localizadas em Minas Gerais e 35 consideradas inseguras. Nesse contexto, o professor do Departamento de Engenharia Civil da Universidade Federal de Ouro Preto, Ricardo Fiorotti, foi convidado para fechar o encontro e falar sobre solu&ccedil;&otilde;es para os rejeitos de min&eacute;rio gerados a partir de lavras de min&eacute;rio. Uma pesquisa, desenvolvida pela UFOP, em 2010, prop&otilde;e o aproveitamento do rejeito de duas maneiras: em sua forma bruta, na utiliza&ccedil;&atilde;o de insumos para a constru&ccedil;&atilde;o civil e constru&ccedil;&atilde;o pesada; e, ap&oacute;s desintegra&ccedil;&atilde;o do rejeito, revenda dos tr&ecirc;s produtos gerados &ndash; areia, argila e min&eacute;rio de ferro. &ldquo;N&oacute;s utilizamos equipamentos que todos conhecem de uma forma que ningu&eacute;m imaginaria. &Eacute; como usar bota nas m&atilde;os&rdquo;.</p> <p style="text-align: right;"> <em>Informa&ccedil;&otilde;es: Isabela Lobo / Pref&aacute;cio Comunica&ccedil;&atilde;o</em></p>

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