Bom Dia - O Diário do Médio Piracicaba

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06/10/2015 16h41

Viol?ncia dom?stica: uma triste realidade

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<p> Um problema s&eacute;rio e que merece a aten&ccedil;&atilde;o das pessoas e das autoridades no mundo inteiro: a viol&ecirc;ncia dom&eacute;stica. Nesse caso, as mulheres s&atilde;o as principais v&iacute;timas. Geralmente, elas vivem &ldquo;presas&rdquo; a uma realidade onde prevalecem o medo, a dor e a inseguran&ccedil;a.</p> <p> <strong>Viol&ecirc;ncia dom&eacute;stica entre os imigrantes nos EUA</strong></p> <p> A viol&ecirc;ncia dom&eacute;stica &eacute; um assunto que mobiliza as autoridades americanas e brasileiras e, tamb&eacute;m, as entidades de apoio aos imigrantes. Esse, inclusive, foi um dos temas da I Confer&ecirc;ncia sobre Quest&otilde;es de G&ecirc;nero na Imigra&ccedil;&atilde;o Brasileira, realizada no Brasil, no per&iacute;odo de 24 a 26 de junho desse ano. O Consulado-Geral em Boston esteve presente.</p> <p> Os participantes desta confer&ecirc;ncia concordaram sobre a necessidade de se desenvolver a&ccedil;&otilde;es de comunica&ccedil;&atilde;o para divulgar informa&ccedil;&otilde;es, conscientizar, prevenir e apoiar pessoas que possam ser vitimadas pela viol&ecirc;ncia dom&eacute;stica. Tudo isso com o apoio dos &oacute;rg&atilde;os de representa&ccedil;&atilde;o oficial do Brasil no exterior.</p> <p> Um desdobramento favor&aacute;vel dessa Confer&ecirc;ncia foi a decis&atilde;o do Consulado-Geral do Brasil em Boston em apoiar as entidades e representantes da comunidade brasileira. Uma a&ccedil;&atilde;o que, segundo o Consulado &ldquo;est&aacute; em conson&acirc;ncia com a legisla&ccedil;&atilde;o e diretrizes governamentais relativas ao combate &agrave; viol&ecirc;ncia dom&eacute;stica, e que vem atender &agrave;s demandas da comunidade brasileira nos Estados de Massachussets, Maine, New Hampshire e Vermont&rdquo;.</p> <p> Para marcar o in&iacute;cio da campanha, no dia 1<sup>o</sup> de Outubro, foi lan&ccedil;ado um panfleto de conscientiza&ccedil;&atilde;o. Nele, constam, tamb&eacute;m, os canais de den&uacute;ncia que podem ser usados pelos imigrantes brasileiros, v&iacute;timas de viol&ecirc;ncia dom&eacute;stica na regi&atilde;o sob a jurisdi&ccedil;&atilde;o do Consulado Geral de Boston.</p> <p> Uma op&ccedil;&atilde;o de contato &eacute; o email <a href="mailto:contatosaude.boston@itamaraty.gov.br">contatosaude.boston@itamaraty.gov.br</a>. A v&iacute;tima pode, ainda, ligar para o n&uacute;mero 617 864-7600 ou procurar as entidades de apoio aos imigrantes que aderiram ao movimento. Veja o panfleto abaixo.</p> <p> A data para in&iacute;cio do movimento n&atilde;o foi escolhida aleatoriamente. Pelo contr&aacute;rio, ela coincide com a Campanha Nacional de Conscientiza&ccedil;&atilde;o contra a Viol&ecirc;ncia Dom&eacute;stica, que &eacute; realizada anualmente nos Estados Unidos, no m&ecirc;s de Outubro.</p> <p> Apesar das mulheres serem as principais v&iacute;timas da viol&ecirc;ncia dom&eacute;stica, o problema atinge tamb&eacute;m homens e crian&ccedil;as. Para o Consulado, isso exige um engajamento da comunidade em geral, para beneficiar a todos.</p> <p> <strong>O que pode ser considerado viol&ecirc;ncia dom&eacute;stica?</strong></p> <p> Engana-se quem pensa que viol&ecirc;ncia dom&eacute;stica &eacute; caracterizada pela agress&atilde;o f&iacute;sica. Amea&ccedil;as e press&atilde;o psicol&oacute;gica tamb&eacute;m s&atilde;o consideradas viol&ecirc;ncia.</p> <p> Veja alguns exemplos de viol&ecirc;ncia dom&eacute;stica:</p> <p style="margin-left:72pt;"> &middot;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp; amea&ccedil;ar de viol&ecirc;ncia f&iacute;sica;</p> <p style="margin-left:72pt;"> &middot;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp; bater, chutar, empurrar ou machucar a v&iacute;tima;</p> <p style="margin-left:72pt;"> &middot;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp; abusar emocionalmente;</p> <p style="margin-left:72pt;"> &middot;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp; for&ccedil;ar o c&ocirc;njuge a ter rela&ccedil;&otilde;es sexuais;</p> <p style="margin-left:72pt;"> &middot;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp; amea&ccedil;ar tirar a cust&oacute;dia dos filhos;</p> <p style="margin-left:72pt;"> &middot;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp; amea&ccedil;ar deporta&ccedil;&atilde;o ou o contato com os &oacute;rg&atilde;os de Imigra&ccedil;&atilde;o a respeito do status imigrat&oacute;rio da v&iacute;tima;</p> <p style="margin-left:72pt;"> &middot;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp; controlar onde a v&iacute;tima vai, o que ela faz e com quem se relaciona.</p> <p> <strong>O medo constante</strong></p> <p> Muitas mulheres imigrantes, incluindo brasileiras, que s&atilde;o v&iacute;timas de viol&ecirc;ncia dom&eacute;stica, vivem com medo. Para elas, o sonho de uma vida melhor nos EUA se transforma e pesadelo, levando-as &agrave; dif&iacute;cil escolha de sofrer em sil&ecirc;ncio ou denunciar o agressor e, com isso, correr o risco de serem deportadas. ONGs e entidades que defendem os direitos dos imigrantes veem a legisla&ccedil;&atilde;o sobre o assunto com modera&ccedil;&atilde;o.</p> <p> Normalmente, as imigrantes v&iacute;timas de viol&ecirc;ncia dom&eacute;stica sentem medo e, desamparadas, n&atilde;o sabem o que fazer. Nesses casos, a orienta&ccedil;&atilde;o &eacute; que a elas usem os canais de Consulado ou as entidades de apoio aos imigrantes.</p> <p> Jornalista Maria Terezinha</p>

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