Bom Dia - O Diário do Médio Piracicaba

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22/07/2015 14h44

Pesquisadores mineiros estudam novo medicamento para artrite feito a base de veneno de abelha

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<p> Pesquisadores da Funda&ccedil;&atilde;o Ezequiel Dias (Funed) estudam a funcionalidade analg&eacute;sica e antiflamat&oacute;ria do veneno da abelha para criarem uma pomada para tratamento da artrite.&nbsp; O estudo &eacute; um dos projetos apoiados pelo Programa de Incentivo &agrave; Inova&ccedil;&atilde;o (PII), promovido pelo Sebrae Minas e pela Secretaria de Ci&ecirc;ncia, Tecnologia e Ensino Superior do Estado de Minas Gerais (SECTES).</p> <p> Conhecido como apitoxina, o veneno de abelha j&aacute; &eacute; usado como medicamento para doen&ccedil;as como nevrites, traumas, tendinite, bursite e inflama&ccedil;&otilde;es comuns. A principal inova&ccedil;&atilde;o desse projeto &eacute; realizar o fracionamento da apitoxina para retirar seus componentes alerg&ecirc;nicos, j&aacute; que como qualquer outro veneno, pode produzir rea&ccedil;&otilde;es al&eacute;rgicas nas pessoas. &ldquo;Deixamos s&oacute; a por&ccedil;&atilde;o ativa, que tem efeitos no controle da artrite. A apitoxina atua estimulando a produ&ccedil;&atilde;o de uma subst&acirc;ncia que atua sobre os processos al&eacute;rgicos e inflamat&oacute;rios&rdquo;, explica a pesquisadora da Funed, Esther Bastos.</p> <p> Inicialmente, o projeto de pesquisa estuda o formato de uma pomada com apitoxina para tratamento t&oacute;pico da artrite reumatoide, mas a tecnologia abre espa&ccedil;o para formula&ccedil;&otilde;es injet&aacute;veis ou em solu&ccedil;&atilde;o oral. Al&eacute;m disso, mais pesquisas poder&atilde;o determinar os benef&iacute;cios da apitoxina no tratamento de outras doen&ccedil;as como psor&iacute;ase e esclerose m&uacute;ltipla. &ldquo;Vislumbramos, ainda, adaptar a pomada para uso em animais como cavalos e c&atilde;es, que tamb&eacute;m podem desenvolver artrite&rdquo;, afirma a pesquisadora.</p> <p> A artrite reumatoide &eacute; um tipo de doen&ccedil;a autoimune, isto &eacute;, o sistema imunol&oacute;gico, respons&aacute;vel por proteger o nosso organismo de v&iacute;rus e bact&eacute;rias, ataca os tecidos do pr&oacute;prio corpo, neste caso, especificamente a membrana sinovial, uma pel&iacute;cula fina que reveste as articula&ccedil;&otilde;es. De acordo com a Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBA), os sintomas mais comuns da artrite s&atilde;o dor, edema, calor e vermelhid&atilde;o em qualquer articula&ccedil;&atilde;o do corpo, sobretudo m&atilde;os e punhos. As articula&ccedil;&otilde;es inflamadas provocam rigidez matinal, fadiga e, com a progress&atilde;o da doen&ccedil;a, h&aacute; destrui&ccedil;&atilde;o da cartilagem articular e os pacientes podem desenvolver deformidades que afetam bastante o desempenho das atividades cotidianas e sua qualidade de vida.</p> <p> Por ser uma doen&ccedil;a cr&ocirc;nica, ou seja, n&atilde;o tem cura, o tratamento, que exige acompanhamento cont&iacute;nuo, tem como objetivo aliviar sintomas, diminuindo as inflama&ccedil;&otilde;es e a dor. S&atilde;o utilizados medicamentos anti-inflamat&oacute;rios e corticoides, ambos de alto custo e com efeitos colaterais em m&eacute;dio e longo prazo. Por isso, o tratamento da artrite representa um custo significativo para o paciente ou para o Sistema &Uacute;nico de Sa&uacute;de (SUS).</p> <p> Diferentemente dos medicamentos convencionais, o processo de fabrica&ccedil;&atilde;o de um medicamento de uso t&oacute;pico com apitoxina &eacute; simples. Isso reduz significativamente o custo final do produto. Nesse sentido, a tecnologia pode gerar uma importante economia no tratamento da artrite para os pacientes acometidos e para o SUS. Outro diferencial importante &eacute; a aus&ecirc;ncia de efeitos colaterais que impacta diretamente na qualidade de vida do paciente.</p> <p> Os testes pr&eacute;-cl&iacute;nicos, aqueles feitos em animais, obtiveram alta taxa de sucesso na conten&ccedil;&atilde;o da resposta inflamat&oacute;ria. A pr&oacute;xima etapa s&atilde;o os testes em humanos. A inten&ccedil;&atilde;o da pesquisadora &eacute; transferir a tecnologia para uma empresa do setor farmac&ecirc;utico. Para isso, j&aacute; foi depositada patente junto ao Instituto Nacional de Propriedade Intelectual para o bioproduto.</p> <p> &nbsp;</p>

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