Bom Dia - O Diário do Médio Piracicaba

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17/07/2015 10h29

Gastronomia & Alquimia - Arroz do S?

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<p> <strong>Pr&oacute;ximos Opostos</strong></p> <p> Dizem que se voc&ecirc; quiser saber quantos amigos tem, &eacute; s&oacute; dar uma festa. Se quiser saber a qualidade deles, fique doente. &ldquo;AMIGO&rdquo; &eacute; uma esp&eacute;cie em extin&ccedil;&atilde;o, bicho raro de se encontrar, por isso sempre que posso, batizo meus pratos com o nome de grandes amigos, pessoas que o destino me apresentou e que realmente fazem parte da minha fam&iacute;lia espiritual e do meu conv&iacute;vio. O interessante &eacute; que as mesmas vias que nos aproximam das pessoas que nos fazem bem, tamb&eacute;m nos afastam daquelas que nos fazem mal, mesmo que essas pessoas tenham nascido na nossa fam&iacute;lia. Felizmentea vida tem esta singularidade de nos distanciar naturalmente daqueles aparentemente pr&oacute;ximos, mas indesejados e que n&atilde;o compartilham com a nossa vibra&ccedil;&atilde;o espiritual. Diferentemente das leis da f&iacute;sica, onde polos opostos se atraem, no &ldquo;magnetismo da vida&rdquo;, os polos iguais se aproximam: gente boa atrai gente boa e gente ruim atrai gente ruim. N&atilde;o adianta insistir, se a frequ&ecirc;ncia das almas n&atilde;o converge, podem ser at&eacute; ligados pelo sangue que ir&atilde;o afastar-se. Nesta hist&oacute;ria, cada um faz sua escolha, de qual via vai seguir: a do bem ou a do mal. S&oacute; n&atilde;o se esque&ccedil;am de uma lei divina: &ldquo;aqui se faz, aqui se paga&rdquo;. Quem planta colhe!</p> <p> <em>(&ldquo;O que une as pessoas n&atilde;o s&atilde;o os la&ccedil;os de sangue e sim o respeito pela felicidade um do outro&rdquo;, Richard Back).</em></p> <p> <strong>Arroz do S&oacute;</strong></p> <p> Depois do sucesso do &ldquo;Feij&atilde;o do Quinca&rdquo; na semana passada, hoje vou homenagear o amigo Cristiano ou apenas &ldquo;S&oacute;&rdquo;, como ele &eacute; mundialmente conhecido. Uma figura que faria inveja em qualquer personagem do Grande Monteiro Lobato ou do Mestre Chico An&iacute;sio. O &ldquo;S&oacute;&rdquo; vem l&aacute; da Serra do Cip&oacute;, uma regi&atilde;o m&aacute;gica, de natureza exuberante, formadora de gnomos e de figuras lend&aacute;rias como o Juquinha. Ali&aacute;s, a Serra do Cip&oacute; &eacute; ber&ccedil;o de v&aacute;rios personagens incr&iacute;veis, pessoas que realmente parecem ter sa&iacute;do de contos liter&aacute;rios, como o Paulo de J&oacute; que &eacute; sobrinho do &ldquo;Juquinha&rdquo;, o temido Sr. Geraldo do Chap&eacute;u do Sol, o veiaco Ti&atilde;o da Venda, o cavaleiro Z&eacute; Min&eacute;, o tranquilo Z&eacute; Rosa, o cervejeiro Pato, o dan&ccedil;arino Kaled, o catireiro Silvino, Martinha e suas latinhas e a folcl&oacute;rica Dona Piedade que &eacute; m&atilde;e do &ldquo;S&oacute;&rdquo;.</p> <p> Este delicioso prato nasceu em uma cozinha caipira na beira do fog&atilde;o &agrave; lenha, em Rio Piracicaba/MG e teve ajuda do gnomo &ldquo;S&oacute;&rdquo;, que participou na elabora&ccedil;&atilde;o e preparo da receita.</p> <p> <strong>O &ldquo;S&oacute;&rdquo;</strong></p> <p> Simples como seu pr&oacute;prio apelido j&aacute; diz, o &ldquo;S&oacute;&rdquo; &eacute; um po&ccedil;o de conhecimento, pessoa evolu&iacute;da, de bem com a vida e consigo mesmo, que n&atilde;o possui apego pelo material e n&atilde;o esquenta com nada, absolutamente nada. Um verdadeiro gnomo. Nunca foi ao m&eacute;dico e quando precisa s&oacute; toma rem&eacute;dio natural. Para ele o que realmente importa n&atilde;o &eacute; o PIB e sim o FIB, a&ldquo;Felicidade Interna Bruta&rdquo;. Enquanto muitos buscam status e se preocupam em acumular bens materiais, esse cara acumula apenas amizades e boas a&ccedil;&otilde;es. Sabe que dessa vida s&oacute; levamos a vida que a gente leva. Quando ele ganha um dinheirinho a mais, divide com os sobrinhos e paga cerveja sem mis&eacute;ria para quem estiver na reta. Aonde vai sempre tem um conhecido ou algu&eacute;m que ele j&aacute; ajudou. Conhece pessoas e culturas de todo mundo, gente que se hospeda na pousada da fam&iacute;lia, localizada na Serra do Cip&oacute;. Transita entre o luxo e o simples, com naturalidade. De origem humilde, aprendeu com a vida a se tornar um ser mais humano e feliz, que ama o pr&oacute;ximo e a natureza como a si mesmo. Autodidata, possui v&aacute;rias profiss&otilde;es, dentre elas: pedreiro, carpinteiro, cozinheiro, salva vidas, condutor ambiental, contador de causos, conselheiro e etc.</p> <p> Do alto da sua simplicidade o &ldquo;S&oacute;&rdquo; aprendeu a viver mais com menos. Como diz o pr&oacute;prio: &ldquo;As coisas mais importantes da vida s&atilde;o de gra&ccedil;a, dinheiro n&atilde;o compra!&rdquo;. &nbsp;Por isso ele &eacute; querido em todos os lugares onde passa. Sempre deixa seu registro de alegria, sabedoria e amizade. Eu s&oacute; tenho a agradecer a oportunidade que a vida me deu de conhecer pessoas deste quilate. Alma evolu&iacute;da, como dizia meu Pai, que tamb&eacute;m era seu grande amigo.</p> <p> Vamos a receita.</p> <p> <strong>Ingredientes</strong></p> <p> 400g de bacalhauem postas</p> <p> 1 x&iacute;cara de arroz</p> <p> 3 batatas descascadas e cortadas em cubos</p> <p> 1cebola grande</p> <p> 1 talo de alho por&oacute;</p> <p> 1bandejinha de tomate cereja maduro, +/-20 unidades</p> <p> 1 piment&atilde;o</p> <p> 2 colheres (sopa) de alcaparras</p> <p> 100g de azeitonas pretas</p> <p> Azeite de oliva</p> <p> 3 dentes de alho picadinhos</p> <p> 2 ovos caipira cozidos</p> <p> Sal</p> <p> <strong>Modo de Preparo</strong></p> <p> Retire a pele e dessalgue o bacalhau, picado em peda&ccedil;os, com &aacute;gua gelada por aproximadamente 10 horas. Troque a &aacute;gua a cada duas horas por outra gelada. Escorra, retire os espinhos com a m&atilde;o e reserve o bacalhau.</p> <p> Agora torre o arroz com o alho picadinho em 5 colheres (sopa) de azeite de oliva. Depois acrescente a cebola cortada grossa, o alho por&oacute; fatiado, os peda&ccedil;os de bacalhau dessalgados, o piment&atilde;o, as batatas j&aacute; pr&eacute;-cozidas, os tomates inteiros, as azeitonas e as alcaparras. Adicione &aacute;gua quente at&eacute; cobrir tudo. Misture, acerte o sal e deixe cozinhar em fogo baixo.O ideal &eacute; que o arroz fique &ldquo;al dente&rdquo; e as batatas bem cozidas. Pronto, decore com os ovos cozidos por cima esirva acompanhado de pimenta e azeite.Coma com sabedoria!</p> <p> <strong>Harmoniza&ccedil;&atilde;o:</strong> Vinho branco de uvas chardonnay.</p> <p> <strong>Tiradas do Coronel Machado:&nbsp;</strong>Antes &ldquo;S&oacute;&rdquo;, que mal acompanhado.</p> <p align="right"> <em>Luciano Estivalet</em></p>

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