Bom Dia - O Diário do Médio Piracicaba

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22/04/2015 16h34

Para historiadores, "descobrimento do Brasil" n?o foi por acaso

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<p> Ag&ecirc;ncia Brasil</p> <p> Quando Pedro &Aacute;lvares Cabral partiu da foz do Rio Tejo na madrugada de uma segunda-feira (9 de mar&ccedil;o de 1500), comandando uma armada formada por 13 navios (com mais de 1.200 homens) para fazer a segunda viagem portuguesa &agrave; &Iacute;ndia, tinha conhecimento das miss&otilde;es expedicion&aacute;rias, comerciais, diplom&aacute;ticas (eventualmente b&eacute;licas) e religiosas que a coroa portuguesa estabeleceria para aquela jornada.</p> <p> &nbsp;&ldquo;Pedro Alvares Cabral n&atilde;o tinha ordem de procurar um caminho para a &Iacute;ndia pelo Ocidente&rdquo;, ressalta o historiador portugu&ecirc;s Jos&eacute; Manuel Garcia, autor do livro Pedro &Aacute;lvares Cabral e a primeira viagem aos quatro cantos do mundo. &ldquo;Ele n&atilde;o queria ir para o Ocidente, apenas verificar se haveria terras que ele pudessem pertencer a Portugal, conforme o Tratado de Tordesilhas [1494]. Ele n&atilde;o poderia ir mais para o ocidente porque essas terras pertenciam aos espanh&oacute;is&rdquo;, ressalta o autor descartando hip&oacute;tese de acaso para o &ldquo;achamento&rdquo; do Brasil.</p> <p> A ordem era desviar ao ocidente, voltar para costa africana e contornar o continente para alcan&ccedil;ar o Oceano &Iacute;ndico. &ldquo;Essa viagem n&atilde;o acontece por acaso. Tanto que eles dizem que h&aacute; um &#39;achamento&#39; como quem comprova alguma coisa que j&aacute; se espera encontrar&rdquo;, acrescenta F&aacute;tima Ramos, respons&aacute;vel pelo departamento arquiv&iacute;stico e aquisi&ccedil;&otilde;es da Torre do Tombo, onde s&atilde;o guardados documentos da corte portuguesa, entre eles os originais da carta de Pero Vaz Caminha. Segundo ela, &ldquo;trata-se de confirmar uma coisa que se previa&rdquo;.</p> <p> A presen&ccedil;a de grandes navegadores tamb&eacute;m &eacute; indicativa da import&acirc;ncia da jornada e esvazia a ideia de acaso que resultou no encontro das terras que viriam a ser do Brasil. Cabral era capit&atilde;o-mor de uma expedi&ccedil;&atilde;o formada por experientes navegadores como Bartolomeu Dias (que dobrou o Cabo da Boa Esperan&ccedil;a; 1488) e Nicolau Coelho (que viajou com Vasco da Gama na primeira viagem portuguesa a &Iacute;ndia; 1498).</p> <p> Al&eacute;m desses, tamb&eacute;m fazia parte da expedi&ccedil;&atilde;o o navegador, cosm&oacute;grafo e guerreiro Duarte Pacheco Pereira. De acordo com o livro A Constru&ccedil;&atilde;o do Brasil, do historiador portugu&ecirc;s Jorge Couto, Pereira esteve antes de Cabral no Brasil. Em 1498, ele percorreu um trecho da costa que hoje vai do Par&aacute; ao Maranh&atilde;o; em miss&atilde;o confidencial para verificar a exist&ecirc;ncia de terras na parte portuguesa do Tratado de Tordesilhas. O navegador que participou das negocia&ccedil;&otilde;es do tratado descreve a viagem em um manuscrito (Esmeraldo de situ orbis) que assina na primeira d&eacute;cada de 1500.</p>

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