27/02/2015 10h33
Professores criticam prefeito e se manifestam durante reuni?o de C?mara
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Com casa cheia, cenário que tem se tornando uma constante para as reuniões dos vereadores de João Monlevade, os parlamentares enfrentaram tumulto provocado por pouco mais de uma dezena de educadores, que se mobilizou contra a aprovação de projeto de lei 861/2015 que institui gratificação para servidores que ocupam cargo de professor na rede pública.</p>
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A matéria é de autoria do prefeito Teófilo Torres (PSDB), e, na prática, prevê a normatização do benefício conhecido como ‘pó de giz’, bônus que é pago sem regulamentação por lei. No entanto, na avaliação dos educadores, o projeto possui pontos obscuros e maliciosos que, ao serem mal interpretados irá prejudicar a classe que terá perda salarial num período de cinco anos.</p>
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Antes mesmo de iniciar a votação do projeto, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal de João Monlevade (Sintramon), Carlos Alberto Silva, pela terceira vez consecutiva, fez uso da Tribuna da Casa e pediu aos vereadores que analisassem com veemência a matéria. “Leiam com mais acuidade”, pediu.</p>
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Ao tentar justificar a aprovação do projeto, o líder do prefeito no Legislativo, Sinval Dias (PSDB) foi impedido pelos educadores que a todo o momento interrompiam a sua fala. Com isso, o presidente da Câmara, Djalma Bastos (PSD), suspendeu os trabalhos.</p>
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A confusão foi geral. De um lado parte dos vereadores defendendo a aprovação da matéria e do outro os educadores pedindo a suspensão do projeto.</p>
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O vereador Guilherme Nasser (PSDB) tentou conversar com um grupo de professores. Presente na plateia da Casa, a advogada Naira Soares Ananias, que integra equipe da Assessoria Jurídica da Prefeitura, entrou no meio da discussão para explicar o projeto.</p>
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Depois de muito bate boca, formou-se uma comissão de educadores que junto dos vereadores e da advogada reuniram-se para encontrar solução para o impasse. Depois de mais de 30 minutos, eis que chegam à conclusão: o projeto foi vistado pelo vereador-professor Leles Pontes (PRB), que também é relator da Comissão de Educação da Câmara.</p>
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Nos bastidores o comentário é de que a manobra foi arquitetada para que o parlamentar não ficasse queimado com os colegas de profissão, já que era apontado como omisso na questão.</p>
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Nesta sexta-feira, 27, os educadores têm reunião com a Comissão de Educação do Legislativo para discutir a votação do projeto. Em comum acordo, a matéria terá o texto modificado a pedido dos professores e deve entrar novamente na pauta de votação da próxima semana.</p>
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Com Informações e fotos: Bell Silva</p>