Bom Dia - O Diário do Médio Piracicaba

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30/01/2015 07h27

Crise h?drica se agrava e rio Piracicaba pode secar

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<p> H&aacute; cerca de cinco anos o &iacute;ndice pluviom&eacute;trico vem caindo drasticamente na regi&atilde;o sudeste, atingindo tamb&eacute;m a bacia do Piracicaba, que compreende 20 munic&iacute;pios.</p> <p> O rio Piracicaba nasce em Ouro Preto e des&aacute;gua no rio Doce em Ipatinga.</p> <p> A regi&atilde;o, outrora rica em mananciais, a cada ano v&ecirc; suas nascentes secando, tendo como principal causa o desmatamento para forma&ccedil;&atilde;o de pastagens, monocultura de eucalipto, minera&ccedil;&atilde;o e ocupa&ccedil;&atilde;o desordenada.</p> <p> Apesar de in&uacute;meros alertas de especialistas, nem as autoridades constitu&iacute;das e muito menos a popula&ccedil;&atilde;o, a mais interessada, se mobilizou para mudar o quadro. Diante dessa in&eacute;rcia, hoje a situa&ccedil;&atilde;o se apresenta ca&oacute;tica e os especialista, mais uma vez alertaram: O rio Piracicaba pode secar caso n&atilde;o sejam tomadas medidas dr&aacute;sticas para alterar o quadro atual. E essa cat&aacute;strofe j&aacute; tem data, e bem pr&oacute;xima &ndash; 2030.</p> <p> <strong>Alerta</strong></p> <p> Recentemente, em palestra na C&acirc;mara Municipal de Rio Piracicaba, o engenheiro Henrique Lobo chamava a aten&ccedil;&atilde;o para uma triste e dura realidade &ndash; a poss&iacute;vel seca do rio Piracicaba.</p> <p> Henrique Lobo &eacute; ec&oacute;logo, engenheiro agr&ocirc;nomo, sanitarista e ambiental e membro do comit&ecirc; da Bacia Hidrogr&aacute;fica do Rio Doce e Diretor do Instituto Terra e rela&ccedil;&otilde;es institucionais da Estrada de Ferro Vit&oacute;ria a Minas. Segundo ele, que tem acompanhado h&aacute; anos a situa&ccedil;&atilde;o que a bacia do Piracicaba, ela enfrenta o empobrecimento do solo, desmatamentos e perda da Mata Atl&acirc;ntica e conseq&uuml;entemente as secas das nascentes que abastecem a bacia.</p> <p> Outro especialista que j&aacute; vem alertando sobre os riscos de uma cat&aacute;strofe h&iacute;drica em Minas, principalmente na Bacia do Rio Doce, &eacute; o engenheiro ambiental Cl&aacute;udio Bueno Guerra.</p> <p> Cl&aacute;udio Guerra &eacute; consultor da &aacute;rea de Engenharia Ambiental e da Qualidade, especializado em Engenharia da Qualidade na Inglaterra (1978) e Alemanha (1981) e p&oacute;s-graduado em Engenharia Ambiental no UNESCO- IHE (Instituto de Educa&ccedil;&atilde;o para a &Aacute;gua), em Delft, Holanda, um dos principais centros de excel&ecirc;ncia na &aacute;rea de recursos h&iacute;dricos no mundo.</p> <p> Tamb&eacute;m durante Audi&ecirc;ncia P&uacute;blica sobre a situa&ccedil;&atilde;o do rio Piracicaba, promovida pelo legislativo rio piracicabense, Cl&aacute;udio Guerra chamou a aten&ccedil;&atilde;o pelo descaso com que todos vem tratando os recursos h&iacute;dricos da regi&atilde;o e questionou: &ldquo;Quanto vale um rio?. E se o rio secar? &ldquo;.</p> <p> Cl&aacute;udio Guerra, que foi respons&aacute;vel pelo projeto &ldquo;Expedi&ccedil;&atilde;o Piracicaba &ndash; 300 Anos Depois&rdquo;, que deu origem ao Comit&ecirc; da Bacia do Piracicaba, conhece profundamente o hist&oacute;rico de agress&otilde;es ao longo dos anos que a bacia sofreu, bem como solu&ccedil;&otilde;es vi&aacute;veis para sua recupera&ccedil;&atilde;o &ndash; que segundo ele seria longa.</p> <p> <strong>Triste cena</strong></p> <p> O Bom Dia esteve registrando a situa&ccedil;&atilde;o atual do leito do rio Piracicaba e fez um comparativo com imagens registradas h&aacute; 10 anos.</p> <p> Em janeiro e fevereiro era comum as cheias do Piracicaba e as popula&ccedil;&otilde;es ribeirinhas j&aacute; se preparavam para as enchentes.</p> <p> H&aacute; cinco anos o baixo &iacute;ndice pluviom&eacute;trico tem deixado os n&iacute;veis dos rios baixo, onde em v&aacute;rias regi&otilde;es, pode-se atravess&aacute;-lo com &aacute;gua abaixo do joelho.</p> <p> Ao longo do rio percebe-se a destrui&ccedil;&atilde;o de sua mata ciliar, retirada na maioria das vezes para aproveitar espa&ccedil;o para pastagens.</p> <p> <strong>Munic&iacute;pios come&ccedil;am a tomar medidas emergenciais por causa da crise h&iacute;drica</strong></p> <p> Medidas emergenciais j&aacute; est&atilde;o sendo tomadas em munic&iacute;pios do interior de Minas Gerais por causa da crise h&iacute;drica que atinge o estado.</p> <p> Moradores de pelo menos 88 munic&iacute;pios que t&ecirc;m concess&atilde;o com a Copasa j&aacute; sofrem com a falta de &aacute;gua. Destes, dois j&aacute; est&atilde;o em situa&ccedil;&atilde;o de colapso, falta &aacute;gua e o racionamento j&aacute; &eacute; uma realidade. Outros 63 est&atilde;o em iminente colapso, por isso, fizeram rod&iacute;zio de fornecimento entre bairros e regi&otilde;es, e 23 apresentam problemas. Em rela&ccedil;&atilde;o &agrave;s cidades que t&ecirc;m sistemas de abastecimento aut&ocirc;nomo, 50 j&aacute; est&atilde;o em racionamento e 13 iniciaram rod&iacute;zio.</p> <p> <strong>Multas e racionamento </strong></p> <p> O Instituto Mineiro das &Aacute;guas (Igam) j&aacute; analisa o pedido da Copasa para o reconhecimento de crise de escassez h&iacute;drica. Com o decreto, o governo do estado espera tomar, em 30 dias, medidas para tentar amenizar a situa&ccedil;&atilde;o do estado. Dentre os procedimentos que ser&atilde;o tomados est&atilde;o o racionamento de &aacute;gua e a multa para o desperd&iacute;cio em 31 munic&iacute;pios da Grande BH.</p> <p> Se o decreto for aceito pelo Igam, ele ser&aacute; apreciado pela Ag&ecirc;ncia Reguladora de Servi&ccedil;os de Abastecimento de &Aacute;gua e de Esgotamento Sanit&aacute;rio do Estado de Minas Gerais (Arsae-MG), &oacute;rg&atilde;o regulador que determina como ser&atilde;o os procedimentos de economia de &aacute;gua.</p> <p> <strong>M&eacute;dio Piracicaba</strong></p> <p> Por enquanto Itabira &eacute; a &uacute;nica cidade da regi&atilde;o que j&aacute; est&aacute; racionando &aacute;gua, promovendo um rod&iacute;zio de abastecimento nos bairros.</p> <p> Entretanto, a cidades onde a Copasa &eacute; concession&aacute;ria de &aacute;gua, j&aacute; existe alerta para economia e racionaliza&ccedil;&atilde;o do uso da &aacute;gua.</p> <p> Na regi&atilde;o as cidades de Alvin&oacute;polis, Bar&atilde;o de Cocais, Bela Vista de Minas, Nova Era, Rio Piracicaba, S&atilde;o Domingos do Prata e Santa B&aacute;rbara, s&atilde;o abastecidas pela Copasa.&nbsp;</p>

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