Bom Dia - O Diário do Médio Piracicaba

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28/01/2015 10h31

A nevasca americana contada pelos brasileiros

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<p> Enquanto a popula&ccedil;&atilde;o sofre com a seca em v&aacute;rias cidades do Brasil, os brasileiros que moram nos Estados Unidos enfrentaram, nessa ter&ccedil;a-feira, 27, uma grande tempestade de neve. A situa&ccedil;&atilde;o foi t&atilde;o s&eacute;ria que os governadores de New York, New Jersey, Connecticut e Massachusetts decretaram estado de emerg&ecirc;ncia.</p> <p> Acompanhada de ventos fortes, a tempestade &ldquo;Juno&rdquo; foi considerada pelas autoridades como uma das maiores da hist&oacute;ria na regi&atilde;o e atingiu cerca de 58 milh&otilde;es de pessoas. Entre elas, muitos brasileiros, uma vez que Massachusetts (MA) &eacute; um dos estados americanos com a maior comunidade brasileira.</p> <p> Os aeroportos permaneceram fechados e houve o cancelamento de mais de sete mil v&ocirc;os. Com o estado de emerg&ecirc;ncia, escolas, lojas e v&aacute;rios servi&ccedil;os p&uacute;blicos e privados n&atilde;o funcionaram e mais de sete mil fam&iacute;lias ficaram sem energia el&eacute;trica. Os servi&ccedil;os de metr&ocirc;, trem e &ocirc;nibus foram interrompidos.</p> <p> O tr&aacute;fego de ve&iacute;culos ficou proibido nas ruas e rodovias das regi&otilde;es afetadas, com exce&ccedil;&atilde;o para aqueles considerados essenciais ou em servi&ccedil;o de emerg&ecirc;ncia. Desobedecer uma determina&ccedil;&atilde;o dessa natureza, nos EUA, pode resultar em multas que variam de 300 a 500 d&oacute;lares e o infrator pode, ainda, parar na cadeia. Com as pessoas fora das estradas, a tarefa de atender a qualquer emerg&ecirc;ncia &eacute; facilitada.</p> <p> As fam&iacute;lias foram orientadas a estocar alimentos e &aacute;gua em casa e nos ve&iacute;culos. Tudo isso porque uma grande quantidade de neve pode aprisionar pessoas nas resid&ecirc;ncias ou em seus carros, segundo alerta das autoridades.</p> <p> <strong>O olhar brasileiro</strong></p> <p> O jornalista Jehozadak Pereira vive em Massachusetts h&aacute; mais de 15 anos e, segundo ele, &ldquo;alguns imigrantes costumam dizer que os americanos s&atilde;o alarmistas. Eles n&atilde;o s&atilde;o. Aqui, qualquer autoridade que n&atilde;o tomar as medidas necess&aacute;rias pode ser acusada de neglig&ecirc;ncia e ver o seu futuro pol&iacute;tico comprometido&rdquo;, lembrou.</p> <p> Jehozadak Pereira relatou ainda, para o Bom Dia, que &ldquo;h&aacute; neve em profus&atilde;o em todos os lugares. A tarefa principal nas pr&oacute;ximas horas &eacute; tentar limpar as ruas, cal&ccedil;adas e estacionamentos para um m&iacute;nimo de comodidade at&eacute; a pr&oacute;xima neve, que espero n&atilde;o ser uma tempestade como esta&quot;, concluiu.</p> <p> <strong>Susto e confian&ccedil;a nas autoridades</strong></p> <p> A estudante de Psicologia, Regiane Queiroz, mudou-se de S&atilde;o Paulo para Nova York h&aacute; seis anos e desde o ano passado mora em Boston. &ldquo;Nunca tinha visto tanta neve assim e v&aacute;rias regi&otilde;es em estado de emerg&ecirc;ncia ao mesmo tempo. Nem o fura&ccedil;&atilde;o Sandy nos assustou tanto&rdquo;, disse. No entanto, Regiane demonstrou tranquilidade: &ldquo;eu sei que vai ficar tudo bem, porque as autoridades est&atilde;o trabalhando para que tudo se resolva r&aacute;pido e com seguran&ccedil;a&rdquo;.</p> <p> &ldquo;Mesmo sendo um temporal sem precedentes na hist&oacute;ria da regi&atilde;o, notei que as informa&ccedil;&otilde;es prestadas pelas autoridades locais e pelos servi&ccedil;os meteorol&oacute;gicos auxiliam as pessoas a se prepararem. No domingo, fizemos compras de &aacute;gua e comida, mas o nosso maior temor era a falta de energia. Como &eacute; o meu primeiro contato com a neve, fiquei muito apreensivo, mas n&atilde;o identifiquei nenhum problema. O depoimento &eacute; do turista H&eacute;lvio Fonseca, natural de Belo Horizonte, que estava em Marlbourough (MA), durante a nevasca.</p> <p> O diretor musical Jeff Bastos mudou-se de Londrina (PR) para Marlboro (MA) h&aacute; tr&ecirc;s anos. Confiante no trabalho das autoridades e seguindo todas as orienta&ccedil;&otilde;es pr&eacute;vias, ele passou o dia com a fam&iacute;lia. &ldquo;A nevasca est&aacute; forte e os carros no meu condom&iacute;nio est&atilde;o cobertos, mas n&oacute;s estamos aproveitando o momento para assistir filmes e colocar o papo em dia&rdquo;, relatou.</p> <p> <strong>Remo&ccedil;&atilde;o da neve</strong></p> <p> O passo seguinte para as fam&iacute;lias das regi&otilde;es afetadas pela tempestade ser&aacute; a remo&ccedil;&atilde;o da neve das casas e cal&ccedil;adas. Uma tarefa dif&iacute;cil. A brasileira Soraya Hall, morada de Framingham (MA), acredita que esse ser&aacute; um trabalho de oito dias e que j&aacute; foi iniciado.</p> <p> &ldquo;Estamos em casa, em seguran&ccedil;a, esperando passar a nevasca para come&ccedil;armos a limpeza e voltarmos &agrave; vida normal&rdquo;, relatou Keyla Carmo, natural de Vit&oacute;ria (ES) e que mora em Peabody (MA). &ldquo;Moramos aqui h&aacute; 18 anos e essa &eacute; a maior nevasca que presenciamos&rdquo;, concluiu.</p> <p> <strong>Cuidados com a sa&uacute;de</strong></p> <p> At&eacute; mesmo a remo&ccedil;&atilde;o da neve das cal&ccedil;adas, escadas, estacionamentos etc exige cuidados especiais e a popula&ccedil;&atilde;o est&aacute; sendo orientada para esse trabalho pelas autoridades. Isso porque a atividade exige um certo esfor&ccedil;o f&iacute;sico e pode oferecer riscos para idosos e portadores de algumas doen&ccedil;as.</p> <p> Enquanto o exerc&iacute;cio f&iacute;sico regular praticado por pelo menos 15 minutos traz benef&iacute;cios &agrave; sa&uacute;de de seu praticante, apenas 15 minutos, ou at&eacute; menos, retirando neve pode ser o suficiente para sobrecarregar o cora&ccedil;&atilde;o e provocar um ataque card&iacute;aco.</p> <p align="right"> <em>Jornalista Tereza Leite - Especial Bom Dia Online</em></p>

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