26/11/2014 14h40
Prefeitura de Itabira promove a?es de combate ? viol?ncia dom?stica
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A Prefeitura de Itabira, por meio da Secretaria Municipal de Ação Social (SMAS), iniciou atividades no município pelo fim da violência doméstica contra a mulher. As ações fazem parte da Campanha do Laço Branco, que teve início na terça-feira (25), no auditório da Câmara Municipal.</p>
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Na solenidade, estiveram presentes a secretária municipal de Ação Social, Valquíria Pascoal de Souza Duarte, representando o prefeito Damon Lázaro de Sena; a delegada de Polícia Civil, Amanda Machado Celestino (responsável pela Delegacia Especializada em Atendimento à Mulher); o representante da Polícia Militar, capitão Werner Leonardo Pereira Santos; e a representante da Comissão de Atenção às Vítimas de Violência Sexual e Doméstica de Itabira, Natércia Aguiar Barbosa. Também participaram vereadores, alunos e professores da Escola Estadual Mestre Zeca Amâncio (Eemza).</p>
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A campanha tem por objetivo sensibilizar, envolver e mobilizar os homens em ações que acabem com todas as formas de violência contra a mulher. Na cidade serão desenvolvidas diferentes estratégias como palestras, ações comunitárias e distribuição de material informativo.</p>
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Segundo Valquíria Duarte, a campanha é de grande importância. Ela ressaltou que, em breve, será empossado o Conselho Municipal da Mulher, uma conquista relevante para este público e para a cidade. “O prefeito Damon Lázaro de Sena está empenhado em reforçar e contribuir com essas políticas. Estamos abertos a sermos sempre parceiros”.</p>
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A delegada Amanda Celestino pediu que os homens não apenas utilizem o laço branco no peito, mas que façam adesão à paz de forma sincera e digam não à violência contra a mulher. “A sociedade precisa se engajar melhor e adotar uma postura mais ativa frente ao problema. Não se calem”.</p>
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Como lema, frases de mobilização também serão usadas durante a campanha. São essas: “Itabira, quem não cala, não consente”; “Homens pelo fim da Violência contra as Mulheres: Neste jogo todos ganham”; “Jamais cometer um ato de violência contra as mulheres e não fechar os olhos frente a essa violência”; “Violência contra as mulheres, aqui não”; “O valente não é violento”.</p>
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Serão realizadas intervenções junto a empresas do município, com ações nos ônibus que transportam os funcionários para o trabalho, abordando cerca de 6 mil homens e distribuindo laço branco. O mesmo ocorrerá em bares e locais com predominância masculina.</p>
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Também haverá a participação de diversos atores do Sistema de Garantia dos Direitos da Mulher, como a Superintendência da Proteção Social, Comissão de Atenção às Vítimas de Violência Sexual e Doméstica do Município, Delegacia Especializada em Atendimento à Mulher, Ministério Público e Câmara Municipal.</p>
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A mobilização com a comunidade se encerra no dia 9 de dezembro. No dia 10, das 8h às 17h, acontece na SMAS uma capacitação dos profissionais que atuam diretamente no atendimento à violência contra a mulher.</p>
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<strong>Como surgiu a campanha do Laço Branco</strong></p>
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No dia 6 de dezembro de 1989, Marc Lepine, 25 anos, invadiu uma sala de aula da Escola Politécnica, na cidade de Montreal, Canadá. Ele ordenou que os homens (aproximadamente 48) se retirassem da sala, permanecendo somente as mulheres. Gritando: “vocês são todas feministas!?”, esse homem começou a atirar enfurecidamente e assassinou 14 mulheres à queima-roupa. Em seguida, suicidou-se. O rapaz deixou uma carta na qual afirmava que havia feito aquilo porque não suportava a ideia de ver mulheres estudando engenharia, um curso tradicionalmente dirigido ao público masculino.</p>
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O crime mobilizou a opinião pública de todo o país, gerando amplo debate sobre as desigualdades entre homens e mulheres e a violência gerada por esse desequilíbrio social. Assim, um grupo de homens do Canadá decidiu se organizar para dizer que existem aqueles que cometem a violência contra a mulher, mas há também os que repudiam essa atitude. Eles elegeram o laço branco como símbolo e adotaram como lema: jamais cometer um ato violento contra as mulheres e não fechar os olhos frente a essa violência.</p>
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fotos:Divulgação</p>